segunda-feira, novembro 08, 2010
O Sensation, o megalomaníaco e o amadorismo
Quando meus amigos do sul e sudeste me perguntam como é Rio Branco, a capital do tão tão distante Acre, eu respondo sempre do mesmo modo: é uma cidade grande em miniatura. De fato, a concepção que muitos tem do que é o Acre é bastante errada. E eu tenho um prazer muito grande em desconstruir a imagem errada e mostrar que sim, existe muita coisa boa de se fazer aqui, e um mundo novo a se descobrir. O que não acaba sendo incomum é como muitas dessas pessoas que acabam conhecendo o Acre criem um certo fascínio, principalmente sobre a velha história de: um local distante e desconhecido onde tanto é possível.
Porém, é exatamente em sua busca por se tornar algo grande com atitudes fora de contexto que Rio Branco mais peca, principalmente numa das áreas que mais movimenta dinheiro no estado: entretenimento.
Recentemente, Rio Branco teve realizada a sua primeira edição da internacionalmente badalada Skol Sensation. Para que você que não sabe, a Skol Sensation teve sua 1ª edição realizada em 2009 em São Paulo. Esse ano foi sucesso sem tamanho, lotou o já grande Anhembi com 40 mil pessoas vestidas de branco, um exército de DJ’s internacionais, 7 horas de festa e um sistema de atendimento eficiente e pouco tumultuado.
Então, por que realizar uma Skol Sensation Acre? Fácil, sucesso garantido sobre um nome tão poderoso, embora também chamada aqui de White Sensation. A festa reuniu quase 2 mil pessoas (consideradas a nata de Rio Branco devido ao valor do ingresso), além de movimentar bastante o comércio de roupas, com lojas estampando peças brancas em suas vitrines. Tudo para ser um sucesso se não houvesse uma forte tradição em desorganização de festas que teima em persistir em Rio Branco.
Motivo de piada para o país inteiro, a festa da Skol Sensation Acre teve sua cerveja consumida antes das 3h da madrugada. Com o hábito acreano de se começar uma festa apenas depois da meia noite, junto ao fato de que a bebida é o essencial combustível de um evento desse porte, o resultado não poderia ser mais desastroso. Houve tumulto, revolta, e um bar foi quebrado pelos participantes. Para muitos, pagaram um alto valor por apenas 3 horas de festa.
Era de se imaginar que com o preço do ingresso como estava (Antecipados: Inteira R$50, Meia R$25, Camarote R$80, sem direito a nenhuma consumação) que o amadorismo não fosse imperar e Rio Branco teria uma mega festa de respeito. Um erro. E um grande desrespeito dos organizadores de festas no Acre que gostam de se usar de conceitos megalomaníacos para criar situações como essas, subestimando a capacidade do público. Resultado, muitas pessoas frustradas, irritadas e uma falação negativa sem tamanho.
O que se aprende na publicidade é que a melhor propaganda é a boca a boca, a pior também. E como xingar no Twitter é o esporte do ano, poucos assuntos foram mais comentados nas últimas 48 horas que esse. Indo para o Orkut também.
Já há público em Rio Branco para os mais diversos eventos. E muitos já perceberam isso e investem (geralmente de forma errada). Os organizadores da Skol Sensation estão rindo a toa. O lucro obtido deve ter sido assombroso (talvez o mesmo do famigerado Baile Vermelho e Preto, porque o pessoal gosta de cores pelo jeito), e com certeza outra edição será realizada ano que vem, maior, porém sem nenhuma garantia de menos problemática. A falta de exigência do público acreano que em sua maioria gosta de ostentar como se todos fossem paulistas, condizendo com os fatos ocorridos, também não ajuda.
Resta esperar se a agenda de eventos acreanos continuará a crescer em festas mas não em qualidade. As grandes festas de fim de ano e reveillon estão próximas, prometendo mundos e fundos (vejam só, por exemplo, em Rio Branco festa que anuncia ter banheiro químico já é considerada com mega estrutura).
Em tempo: com o nome oficial pouco divulgado de White Sensation, seria a Skol Sensation acreana realmente um evento oficial da chancela Skol?
quinta-feira, setembro 02, 2010
Arrastão estudantil.
Aconteceu hoje, quinta-feira(02) na Universidade Federal do Acre, por volta das 11 horas da manhã, o que, há algum tempo, vinha sendo pensado e anunciado, por boa parte dos estudantes - a interceptação, por apenas 30 minutos, de forma pacífica, diga-se de passagem, em frente á guarita da Instituição Federal. Os motivos ? A incansável falta de professores, a multa no valor de R$ 1,00(por dia) em caso de não devolução de livros nos dias estipulados, entrada constante de políciais militares na Universidade, estrutura física precária, entre outros.
Porém, antes de a manifestação atingir o seu ápice, grupos foram espalhados por toda a universidade, no intuito da distribuição de panfletos, com o itinerário do manifesto. No entanto, o trabalho de conscientização por meios dos papeis, não surtiu o efeito desejado esperado pelo os organizadores, fazendo com que os mesmo, tomassem novas medidas.
A idéia. Inovar é preciso.
Com um número insuficiente de alunos no local da concentração, uma nova e excelente medida foi tomada. ‘’ O arrastão’’. Os estudantes que já se encontravam no ponto de partida, saíram em direção aos blocos de aula, entoando ‘’gritos’’ e entrando nas salas, com um único objetivo – convocar os alunos, para aquela manifestação, que por muito tempo, ficará registrado em nossas mentes.
Dessa vez o efeito fora imediato. Cerca de 250 alunos, organizaram-se e dirigiram-se a ExpoUfac. Mesmo diante das represálias, como por exemplo, o fato dos microfones terem sido escondidos, o manifesto foi um sucesso, com ‘’chamadas’’ contra o descaso dos ‘’caciques’’ da Universidade e discursos por parte de alguns estudantes que subiram ao palco e manifestaram seus pensamentos.
Em seguida, talvez, o mais valente e corajoso ato da manifestação. A interceptação, em frete à guarita, no estilo ‘’cordão humano’’, por 30 minutos. Causando a desorientação de algumas pessoas ligadas a reitoria, chegando ao ponto, de existir ameaça com relação a uma suposta ligação para a Polícia Federal.
Em tempo: A Polícia Militar esteve presente na manifestação. Para que? Vai saber...
Porém, antes de a manifestação atingir o seu ápice, grupos foram espalhados por toda a universidade, no intuito da distribuição de panfletos, com o itinerário do manifesto. No entanto, o trabalho de conscientização por meios dos papeis, não surtiu o efeito desejado esperado pelo os organizadores, fazendo com que os mesmo, tomassem novas medidas.
A idéia. Inovar é preciso.
Com um número insuficiente de alunos no local da concentração, uma nova e excelente medida foi tomada. ‘’ O arrastão’’. Os estudantes que já se encontravam no ponto de partida, saíram em direção aos blocos de aula, entoando ‘’gritos’’ e entrando nas salas, com um único objetivo – convocar os alunos, para aquela manifestação, que por muito tempo, ficará registrado em nossas mentes.
Dessa vez o efeito fora imediato. Cerca de 250 alunos, organizaram-se e dirigiram-se a ExpoUfac. Mesmo diante das represálias, como por exemplo, o fato dos microfones terem sido escondidos, o manifesto foi um sucesso, com ‘’chamadas’’ contra o descaso dos ‘’caciques’’ da Universidade e discursos por parte de alguns estudantes que subiram ao palco e manifestaram seus pensamentos.
Em seguida, talvez, o mais valente e corajoso ato da manifestação. A interceptação, em frete à guarita, no estilo ‘’cordão humano’’, por 30 minutos. Causando a desorientação de algumas pessoas ligadas a reitoria, chegando ao ponto, de existir ameaça com relação a uma suposta ligação para a Polícia Federal.
Em tempo: A Polícia Militar esteve presente na manifestação. Para que? Vai saber...
terça-feira, julho 06, 2010
Playlist Grito Acreano #1
Que tal mostrar o que estamos escutando? Conhecer novas bandas, novas músicas de bandas já conhecidas ou até mesmo relembrar aquele hit que marcou o tempo. Essa é a ideia dessa coluna que sairá toda terça-feira aqui no Grito Acreano, participe, colabore e sinta a vontade para enviar sua sugestão.
Cold War Kids - We used to vacation
OK Go - End Love
Metric - Sick Muse
Muse - Starlight
Franz Ferdinand - Ulysses
Agora é só apertar o play!
Cold War Kids - We used to vacation
OK Go - End Love
Metric - Sick Muse
Muse - Starlight
Franz Ferdinand - Ulysses
Agora é só apertar o play!
segunda-feira, julho 05, 2010
Impressões Festival Casarão - Parte 2
*Este texto estava previsto para ser postado no sábado. Mas no último fim de semana, alguns bairros sofreram uma queda de rede, e eu passei o sábado e domingo inteiros sem internet. Então, aí vai a segunda parte da resenha. Grato.
O terceiro dia de festival começou novamente as 15:30 com uma oficina proveitosa de audiovisual, ministrada pelo cinegrafista da amazon Sat, Orlando Junior. Com experiência e rodagem por vários festivais independentes, Orlando mostrou um pouco do seu trabalho, mostrou alguns video clipes que produziu e deu dicas para a galera interessada no trampo de
áudio visual.
Na noite do dia 18, o festival mudou de local, e passou a rolar na casa noturna Kabana`s, que é um enorme galpão cuja arquitetura assemelha-se a à parte interna da nossa conhecida Mamão Café (onde aconteceram as duas primeiras edições do Festival Varadouro).
A primeira banda a se apresentar no terceiro dia foi a improvisada Soda Acústica.
Algumas baixas marcaram o terceiro dia de festival, pois as bandas Cabocriolo (AM), The Name (SP) e a caseira Coveiros, não conseguiram comparecer ao evento. Tendo três baixas em um mesmo dia de festival, a produção correu atrás de algumas bandas para suprir os horários, mas apenas a banda Soda Acústica compareceu.
O improviso foi muito bem recebido, o Soda Acústica é uma banda que merece mais atenção, pois além de ser uma banda ativa na cena, tem um som relaxante, coerente, interessante e muito bem feito. Uma banda que as vezes soa limpa e simples, mas pode soar também pesada e complexa. Músicas compactas e melodias bem trabalhadas, outra boa surpresa no festival.
O terceiro dia de festival começou novamente as 15:30 com uma oficina proveitosa de audiovisual, ministrada pelo cinegrafista da amazon Sat, Orlando Junior. Com experiência e rodagem por vários festivais independentes, Orlando mostrou um pouco do seu trabalho, mostrou alguns video clipes que produziu e deu dicas para a galera interessada no trampo de
áudio visual.
Na noite do dia 18, o festival mudou de local, e passou a rolar na casa noturna Kabana`s, que é um enorme galpão cuja arquitetura assemelha-se a à parte interna da nossa conhecida Mamão Café (onde aconteceram as duas primeiras edições do Festival Varadouro).
A primeira banda a se apresentar no terceiro dia foi a improvisada Soda Acústica.
Algumas baixas marcaram o terceiro dia de festival, pois as bandas Cabocriolo (AM), The Name (SP) e a caseira Coveiros, não conseguiram comparecer ao evento. Tendo três baixas em um mesmo dia de festival, a produção correu atrás de algumas bandas para suprir os horários, mas apenas a banda Soda Acústica compareceu.
O improviso foi muito bem recebido, o Soda Acústica é uma banda que merece mais atenção, pois além de ser uma banda ativa na cena, tem um som relaxante, coerente, interessante e muito bem feito. Uma banda que as vezes soa limpa e simples, mas pode soar também pesada e complexa. Músicas compactas e melodias bem trabalhadas, outra boa surpresa no festival.
Logo depois da “boa surpresa improvisada”, sobe ao palco principal a banda Theoria das Cordas. A primeira impressão que tive era de uma banda com um som pesado, já que o aspecto Heavy Metal dos guitarristas era muito presente. Pena, que minhas impressões nem sempre são concluídas. A banda tenta ser tudo de uma vez, mas acaba conseguindo ser nada, uma grande mistura que não funcionou. Nada a reclamar dos músicos e nem da execução, a não ser a atuação do vocalista, muito esdrúxula, chegava a incomodar. Dois guitarristas Head bangers, que com certeza se dariam bem melhor numa banda de Heavy Metal.
De volta ao “palco 2” a terceira banda da noite era a acreana Survive!
Sempre com o show pesado, a Survive já tem um público formado em Porto Velho, era impressionante ver os fãs da banda cantando as músicas, se debatento em rodas, vibrando, aplaudindo e enlouquecendo a cada música. Uma verdadeira aula de presença de palco, os “Survivors” não pararam de bater cabeça durante toda a apresentação.
Um pouco antes do show dos caras, conversei com o vocalista Max Dean, que tinha um desabafo a fazer:
De volta ao “palco 2” a terceira banda da noite era a acreana Survive!
Sempre com o show pesado, a Survive já tem um público formado em Porto Velho, era impressionante ver os fãs da banda cantando as músicas, se debatento em rodas, vibrando, aplaudindo e enlouquecendo a cada música. Uma verdadeira aula de presença de palco, os “Survivors” não pararam de bater cabeça durante toda a apresentação.
Um pouco antes do show dos caras, conversei com o vocalista Max Dean, que tinha um desabafo a fazer:
“- Esta é a segunda vez que a banda vem ao Festival Casarão escalada para tocar no palco principal, e em cima da hora, nos passam para o palco secundário. Parabéns para a organização.” (Max Dean)
Infelizmente com as baixas das bandas, o esquema de escalação teve que ser mudado.
Subindo ao palco principal, estava uma das grandes atrações da noite. Se tratava da Comunidade Nin-Jitsu (RS). A banda firmada na cena Rio Grandense é especialista no seu Rock Eletro-batidão. A Comunidade tem um show animadíssimo, muito competente e dançante, que em muito lembra o funk carioca. A grande diferença está nas letras, sarcásticas e irreverentes. Embalado pelo grande rit “Ah, eu tô sem erva!”, o público dançou e curtiu muito o som dos caras. Belo show.
No palco secundário subia a “Prata da casa”, Hey hey hey!
Com um som direto, bem rock’n’roll, sem frescura nenhuma, a banda fez um dos shows mais elogiados da noite. Mesmo estando de nova formação, os caras fizeram um show seguro e o novo baixista Ramon segurou a onda. Faltam bandas como essa, que soa arrastada, objetiva e sonoramente bem resolvida. Essa foi a Hey hey hey!
O ultimo show da noite ficou por conta da cearense Cidadão Instigado (CE).
Não tinha visto o show da banda aqui em Rio Branco, o que só percebi ter sido uma pena, quando os vi em Porto Velho. Uma bela de uma banda, com um baita de um som psicodélico, muito influenciado pelas bandas psicodélicas das décadas de 70 e 80, principalmente Pink Floyd. A extensão no final de cada música, eram muito bem feitas, e ao contrario do que acontece muito porai, não chegavam a enjoar e fazer-nos pensar “Ta bom, acaba logo com isso.” E sim “Nossa, como isso é bom!”.
O show ainda guardava uma participação especial de Edgard Scandurra, que junto com o Cidadão, tocou clássicos de sua época de Ira!
O interessante foram as loucuras eletrônicas de Scandurra, após o show do cidadão. A pena, é que muita gente foi embora antes de começar o verdadeiro show de Scandurra, por pensar que a festa tinha acabado. Uma falta de comunicação.
Edgard tocou para mais ou menos 20 pessoas, com a mesma empolgação que o faria tocar para 2 mil. Está de parabéns pela vontade de fazer esse som. Vale lembrar que as tais 20 pessoas ficara, curtiram e dançaram do começo ao fim.
No quarto e último dia da festival, não houve oficina, portanto pude dormir até um pouco mais tarde, já que a rotina de correria com oficina/passagem/show estava me deixando bem cansado.
A passagem de som foi um pouco tensa, os rapazes do Nevilton (PR) ficaram encarregados de preparar a sonora do palco B, e tiveram muito trabalho pra deixar o som nos “trinques”, mas conseguiram!
A noite de sábado começou com a banda “Jam”, que também participou da passagem de som. Chegamos um pouco atrasados e não vi a apresentação dos caras, porém, o que percebi na passagem de som foram 4 jovens rapazes, fãs de Red Hot Chilli Peppers, muito talentosos.
Em seguida: Sub Pop de Vilhena. Uma banda muito legal sonoramente, segue a tendência Indie. Visualmente parece meio forçada, como se cada integrante estivesse numa “vibe” diferente. Músicas pegajosas (no bom sentido). Embora o vocalista semitone as vezes, toca muito bem a guitarra, e compensa na força de vontade. Destaque para o cover “Quem sabe” dos Hermanos.
A Rhox (MT), que faz parte do circuito fora-do-eixo, através do Espaço Cubo de Cuiabá, subiu ao palco com muita confiança. Os músicos pareceram relaxados e dispostos a quebrarem tudo. Show seguro, pesado e cheio de presença com o vocalista Andrézão. Superando os problemas com a afinação do baixo, os músicos fizeram um show agradável e pesado. Boa banda.
Os “Capelinos (TO)” foram a quarta baixa do Festival. Então o quarto show ficou a cargo da “Strep”. A banda fez sua segunda apresentação no festival, tendo tocado também no segundo dia. O show foi praticamente o mesmo, trocando apenas os covers. Mantenho a mesma opinião da primeira resenha. Desta vez, destaque para o cover “All my life” do Foo Fighters.
Logo após a Strep, vem a banda representante do Coletivo C.A.O.S. Ultimato.
A destruição do Nu Metal da Ultimato começou a todo vapor. A banda liderada por Diego Bentes, fez mais um de seus shows fortes e energéticos, e desta vez, com uma certa desenvoltura do Baixista Gracildo Junior, que normalmente empunha o baixo de forma estática, desta vez, estava sentindo realmente o feed back do público, e respondendo. A presença de palco de Bruno José, guitarrista, e a técnica de Rodolfo Bártolo, baterista, já são famosas pela cidade.
No palco B, subia o trio de Ji-paraná, Di Marco.
Banda que já tem uma rodagem por toda Rondônia, e uma certa experiência. Fizeram um show seguro, porém, a técnica dos músicos é algo que precisa ser melhor trabalhada. A banda fez um show bem planejado, parece que tudo foi pensado, para que o repertório fosse casado da melhor maneira possível, inclusive uma “eskete” com uma música dos nossos queridos Porongas “tudo ao contrário”.
Enfim, chegada a hora dos Superguidis (RS). Para mim, a banda mais esperada da noite, apresentou músicas de seus três discos. Confesso que não prestei muita atenção na parte técnica dos músicos, pois estava pulando e cantando todas as canções. Porém, Superguidis já é uma banda consolidada na cena independente com uma grande rodagem de shows, creio que não seja necessária uma análise técnica. Assim como não será necessária também, analisar tecnicamente as próximas duas bandas,
O Nevilton (PR) tem hoje, um dos melhores shows independentes, e isso ficou comprovado com a reação do público. Foi bem perceptível pessoas de várias idades no público curtindo muito o som dos caras. Destaque para o rit “Bolo Espacial”. Com certeza estou ansioso para quem sabe, assistir um próximo show dos caras. Recomendo muito essa banda.
E para fechar com chave de ouro a melhor das noites do Festival Casarão, nada mais, nada menos do que Móveis Coloniais de Acaju (DF). Um show digno de encerramento, sempre com a principal característica dos shows do MCA, energia, correria de um lado pro outro, e ótimas canções com destaque para a voz suave, simples e grave de André Gonzáles. A clássica roda de Copacabana, com direito a Stage Dive de Xande Bursztyn, que toca o Trombone.
O saldo do Festival Casarão foi positivíssimo. Ótimas bandas, nível de apresentações, no mínimo alto. Alguns pecados cometidos pela organização, porém, nada que tenha tirado o brilhantismo do evento, que além de ser uma alternativa para a boa música, tem o papel de fomentar a cultura e incentivar a produção de música autoral no estado de Rondônia.
Até a próxima.
Infelizmente com as baixas das bandas, o esquema de escalação teve que ser mudado.
Subindo ao palco principal, estava uma das grandes atrações da noite. Se tratava da Comunidade Nin-Jitsu (RS). A banda firmada na cena Rio Grandense é especialista no seu Rock Eletro-batidão. A Comunidade tem um show animadíssimo, muito competente e dançante, que em muito lembra o funk carioca. A grande diferença está nas letras, sarcásticas e irreverentes. Embalado pelo grande rit “Ah, eu tô sem erva!”, o público dançou e curtiu muito o som dos caras. Belo show.
No palco secundário subia a “Prata da casa”, Hey hey hey!
Com um som direto, bem rock’n’roll, sem frescura nenhuma, a banda fez um dos shows mais elogiados da noite. Mesmo estando de nova formação, os caras fizeram um show seguro e o novo baixista Ramon segurou a onda. Faltam bandas como essa, que soa arrastada, objetiva e sonoramente bem resolvida. Essa foi a Hey hey hey!
O ultimo show da noite ficou por conta da cearense Cidadão Instigado (CE).
Não tinha visto o show da banda aqui em Rio Branco, o que só percebi ter sido uma pena, quando os vi em Porto Velho. Uma bela de uma banda, com um baita de um som psicodélico, muito influenciado pelas bandas psicodélicas das décadas de 70 e 80, principalmente Pink Floyd. A extensão no final de cada música, eram muito bem feitas, e ao contrario do que acontece muito porai, não chegavam a enjoar e fazer-nos pensar “Ta bom, acaba logo com isso.” E sim “Nossa, como isso é bom!”.
O show ainda guardava uma participação especial de Edgard Scandurra, que junto com o Cidadão, tocou clássicos de sua época de Ira!
O interessante foram as loucuras eletrônicas de Scandurra, após o show do cidadão. A pena, é que muita gente foi embora antes de começar o verdadeiro show de Scandurra, por pensar que a festa tinha acabado. Uma falta de comunicação.
Edgard tocou para mais ou menos 20 pessoas, com a mesma empolgação que o faria tocar para 2 mil. Está de parabéns pela vontade de fazer esse som. Vale lembrar que as tais 20 pessoas ficara, curtiram e dançaram do começo ao fim.
No quarto e último dia da festival, não houve oficina, portanto pude dormir até um pouco mais tarde, já que a rotina de correria com oficina/passagem/show estava me deixando bem cansado.
A passagem de som foi um pouco tensa, os rapazes do Nevilton (PR) ficaram encarregados de preparar a sonora do palco B, e tiveram muito trabalho pra deixar o som nos “trinques”, mas conseguiram!
A noite de sábado começou com a banda “Jam”, que também participou da passagem de som. Chegamos um pouco atrasados e não vi a apresentação dos caras, porém, o que percebi na passagem de som foram 4 jovens rapazes, fãs de Red Hot Chilli Peppers, muito talentosos.
Em seguida: Sub Pop de Vilhena. Uma banda muito legal sonoramente, segue a tendência Indie. Visualmente parece meio forçada, como se cada integrante estivesse numa “vibe” diferente. Músicas pegajosas (no bom sentido). Embora o vocalista semitone as vezes, toca muito bem a guitarra, e compensa na força de vontade. Destaque para o cover “Quem sabe” dos Hermanos.
A Rhox (MT), que faz parte do circuito fora-do-eixo, através do Espaço Cubo de Cuiabá, subiu ao palco com muita confiança. Os músicos pareceram relaxados e dispostos a quebrarem tudo. Show seguro, pesado e cheio de presença com o vocalista Andrézão. Superando os problemas com a afinação do baixo, os músicos fizeram um show agradável e pesado. Boa banda.
Os “Capelinos (TO)” foram a quarta baixa do Festival. Então o quarto show ficou a cargo da “Strep”. A banda fez sua segunda apresentação no festival, tendo tocado também no segundo dia. O show foi praticamente o mesmo, trocando apenas os covers. Mantenho a mesma opinião da primeira resenha. Desta vez, destaque para o cover “All my life” do Foo Fighters.
Logo após a Strep, vem a banda representante do Coletivo C.A.O.S. Ultimato.
A destruição do Nu Metal da Ultimato começou a todo vapor. A banda liderada por Diego Bentes, fez mais um de seus shows fortes e energéticos, e desta vez, com uma certa desenvoltura do Baixista Gracildo Junior, que normalmente empunha o baixo de forma estática, desta vez, estava sentindo realmente o feed back do público, e respondendo. A presença de palco de Bruno José, guitarrista, e a técnica de Rodolfo Bártolo, baterista, já são famosas pela cidade.
No palco B, subia o trio de Ji-paraná, Di Marco.
Banda que já tem uma rodagem por toda Rondônia, e uma certa experiência. Fizeram um show seguro, porém, a técnica dos músicos é algo que precisa ser melhor trabalhada. A banda fez um show bem planejado, parece que tudo foi pensado, para que o repertório fosse casado da melhor maneira possível, inclusive uma “eskete” com uma música dos nossos queridos Porongas “tudo ao contrário”.
Enfim, chegada a hora dos Superguidis (RS). Para mim, a banda mais esperada da noite, apresentou músicas de seus três discos. Confesso que não prestei muita atenção na parte técnica dos músicos, pois estava pulando e cantando todas as canções. Porém, Superguidis já é uma banda consolidada na cena independente com uma grande rodagem de shows, creio que não seja necessária uma análise técnica. Assim como não será necessária também, analisar tecnicamente as próximas duas bandas,
O Nevilton (PR) tem hoje, um dos melhores shows independentes, e isso ficou comprovado com a reação do público. Foi bem perceptível pessoas de várias idades no público curtindo muito o som dos caras. Destaque para o rit “Bolo Espacial”. Com certeza estou ansioso para quem sabe, assistir um próximo show dos caras. Recomendo muito essa banda.
E para fechar com chave de ouro a melhor das noites do Festival Casarão, nada mais, nada menos do que Móveis Coloniais de Acaju (DF). Um show digno de encerramento, sempre com a principal característica dos shows do MCA, energia, correria de um lado pro outro, e ótimas canções com destaque para a voz suave, simples e grave de André Gonzáles. A clássica roda de Copacabana, com direito a Stage Dive de Xande Bursztyn, que toca o Trombone.
O saldo do Festival Casarão foi positivíssimo. Ótimas bandas, nível de apresentações, no mínimo alto. Alguns pecados cometidos pela organização, porém, nada que tenha tirado o brilhantismo do evento, que além de ser uma alternativa para a boa música, tem o papel de fomentar a cultura e incentivar a produção de música autoral no estado de Rondônia.
Até a próxima.
quarta-feira, junho 30, 2010
Impressões Festival Casarão 2010 Parte 1.
Fui “convidado” por Vinicius Lemos, organizador do Festival Casarão, em Rondônia, para participar da cobertura do evento que aconteceu de 16 a 19 deste mês.
Enfrentei aproximadamente 8 horas de viagem para chegar até Porto Velho, cidade ribeirinha, para esta missão que tentarei cumprir com extrema imparcialidade. Tentarei.
Fiquei hospedado na casa do músico e amigo Thiago “TJ” Maziero, que faz parte do coletivo “PVH CAOS”, um movimento muito massa de bandas unidas para produção cultural.
A galera da PVH Caos comanda uma Web Radio, homônima, transmitiu todo o festival ao vivo.
Além de estarem no trampo da Web Radio, a galera da Caos, também esté envolvida em trampos como produção e sonorização, e eu, como amigo, estive também presente nas passagens de som.
Bom, vamos ao que interessa. Vale lembrar, que como músico, minha análise sobre as bandas, será um tanto quanto técnica.
A primeira noite do evento aconteceu no “Pirata`s Pub” um local extremamente agradável, com um ambiente apto para receber shows mais tranquilos. Ponto para a organização do evento. Porem, na passagem de som, os primeiros problemas começaram a aparecer, inclusive uma falta de comunicação quanto ao aluguel da bateria. Ponto negativo para a organização do evento.
A banda que abriu o evento se chama “Versalle”.
Foto: Raony Ferreira
Foto: Raony Ferreira
Enfrentei aproximadamente 8 horas de viagem para chegar até Porto Velho, cidade ribeirinha, para esta missão que tentarei cumprir com extrema imparcialidade. Tentarei.
Fiquei hospedado na casa do músico e amigo Thiago “TJ” Maziero, que faz parte do coletivo “PVH CAOS”, um movimento muito massa de bandas unidas para produção cultural.
A galera da PVH Caos comanda uma Web Radio, homônima, transmitiu todo o festival ao vivo.
Além de estarem no trampo da Web Radio, a galera da Caos, também esté envolvida em trampos como produção e sonorização, e eu, como amigo, estive também presente nas passagens de som.
Bom, vamos ao que interessa. Vale lembrar, que como músico, minha análise sobre as bandas, será um tanto quanto técnica.
A primeira noite do evento aconteceu no “Pirata`s Pub” um local extremamente agradável, com um ambiente apto para receber shows mais tranquilos. Ponto para a organização do evento. Porem, na passagem de som, os primeiros problemas começaram a aparecer, inclusive uma falta de comunicação quanto ao aluguel da bateria. Ponto negativo para a organização do evento.
A banda que abriu o evento se chama “Versalle”.
Foto: Raony Ferreira
O que se espera de uma banda caseira que abre um evento importante como o Casarão, é uma banda nova, jovem e muitas vezes inexperiente (leia-se ruim). Porém, desta vez foi diferente. Confesso que quando vi os garotos no palco, tive pensamentos como “Lai-vem” (coisa bem acreana mesmo). A partir dos primeiros acordes, a banda provou que eu estava enganado, mostrando audácia ao falar no microfone: “Galera, vamos chegar mais perto”. Coisa de gente grande. A banda não se deixou abater pelo nervosismo e mostrou um repertório recheado de músicas autorais (destaque para a ótima canção "Atrás da solidão"), mas mandaram também covers de Queens of the Stone Age e Placebo, bem executados. Vocais afinados e por muitas vezes dobrados.
Senti uma insegurança no baterista Igor, que parecia não estar bem ensaiado, atravessando em algumas músicas. Algo que pode ser melhorado com ensaios. As musicas seguiam influencias de bandas como: Interpol, Kings of Leon e bandas no estilo Britpop. A banda tem em torno de 8 meses de vida, e numa conversa com o guitarrista Rômulo, foi revelada uma vontade imensa de fazer um som nas terras de Chico. Quem sabe?!
A Versalle correspondeu ao nível do evento, mas o mais esperado da noite era um tal de Ricardo Koctus.
Foto: Raony FerreiraRicardo, nas horas vagas atua como baixista de uma banda chamada Pato Fu, conhecem? Koctus é um exemplo de simplicidade e de artista que se adapta as condições oferecidas e estrutura proposta. A banda que o acompanha, “Os impagáveis”, não pode acompanhá-lo, então a caseira "Semáforo 89", ficou encarregada de fazer o som com o cara.
Em uma conversa informal com Ricardo, descobri que ele e Santiago (Baixista da Semáforo 89) já se conheciam a mais de uma década. Então, Santiago angariou a sua banda, e ofereceu-a para acompanhar o show de Koctus, papel que exerceu com competência e uma dose de improviso, já que a banda só pode ensaiar duas vezes, contando com a passagem de som.
Em uma conversa informal com Ricardo, descobri que ele e Santiago (Baixista da Semáforo 89) já se conheciam a mais de uma década. Então, Santiago angariou a sua banda, e ofereceu-a para acompanhar o show de Koctus, papel que exerceu com competência e uma dose de improviso, já que a banda só pode ensaiar duas vezes, contando com a passagem de som.
O Repertório de Koctus foi recheado de musicas autorais e interpretações do rei do rock, Elvis Presley. Apesar de um público pequeno – também, pudera quarta feira de madrugada – os presentes se fizeram realmente presentes, pedindo músicas e dançando a cada faixa.
O segundo dia de festival começaria com uma oficina de novas mídias, teoricamente, as 14:00h. Porem, contratempo vai, contratempo vem, a oficina começou cerca de 15:30. Um bate papo descontraído sobre a importância das novas mídias na divulgação de bandas e eventos independentes.
O segundo dia foi um pouco mais corrido do que o primeiro, já que o evento aconteceu em dois lugares diferentes, com três palcos.
O segundo dia de festival começaria com uma oficina de novas mídias, teoricamente, as 14:00h. Porem, contratempo vai, contratempo vem, a oficina começou cerca de 15:30. Um bate papo descontraído sobre a importância das novas mídias na divulgação de bandas e eventos independentes.
O segundo dia foi um pouco mais corrido do que o primeiro, já que o evento aconteceu em dois lugares diferentes, com três palcos.
Os primeiros shows aconteceram na praça do Mercado cultural de Porto Velho, onde se apresentaram bandas de heavy metal. Devo confessar que perdi os dois primeiros shows de metal, pois estava no Pirata`s pub dando um auxílio na passagem de som dos shows da noite. As bandas Hipnose e Devyron que me desculpem.
Simultaneamente aos shows de metal na praça em frente ao Mercado, aconteciam alguns shows, dentro do Mercado. Cheguei na apresentação da galera do “Expresso Imperial”, que conta com Henrique Riça na batera, Ramon no baixo e Marcelo na guitarra.
Foto: Raony FerreiraSimultaneamente aos shows de metal na praça em frente ao Mercado, aconteciam alguns shows, dentro do Mercado. Cheguei na apresentação da galera do “Expresso Imperial”, que conta com Henrique Riça na batera, Ramon no baixo e Marcelo na guitarra.
O Expresso Imperial é uma banda instrumental que tem apenas 6 meses de formação, porem, o batera Henrique reside em Ji-Paraná (município de Rondônia). Sendo assim, a banda pouco pode ensaiar, tampouco tocar.
Fiquei surpreso ao saber que este foi apenas o quarto show da banda, que se apresentou muito bem e com muita segurança. Parecia uma banda que já tocava junto a alguns anos.
O som do Expresso passeia em ritmos nacionais como Samba, Baião, e as vezes arriscam até um frevo. O lado experimental da banda fica claro com a mistura dos estilos, que também tem influencias da musica caipira Americana, e folk rock, mas fazem isso de um jeito bem rondoniense. Eu classificaria a banda como um Jazz Brasileiro. Destaque para o baterista
Henrique Riça.
Henrique Riça.
Foto: Raony Ferreira
Enquanto isso, do lado de fora, a banda “NEC” mostrava um som brutal e pesado. Pesado até o limite da estrutura de som que foi montada para as bandas de metal tocarem. As bandas que se apresentaram no palco da praça, foram prejudicadas pelas péssimas condições do som proposto. A NEC, além de ter sido prejudicada pelo som, foi também pela falta de experiência dos músicos. Estes sofriam do velho mau das bandas iniciantes de metal, que acham de sujeira e velocidade (sem conseguir ser veloz) é o que dão peso às musicas.
Guitarra “abelhuda”, baixo sem definição, e um baterista muito fraco técnicamente, atravessando e perdendo o tempo das musicas por diversas vezes. É inegável a qualidade do vocalista quanto esforço e presença de palco, porem ainda e preciso uma técnica de canto extremo.
Foto: Raony FerreiraDe volta ao Mercado, subia ao palco a minha conterrânea Caldo de Piaba. Banda de Saulinho Machado, Arthur Miúda e Eduardo Di Deus. A Caldo vem de uma extensa turnê pelo Brasil, segundo o próprio guitarrista, a banda já tocou mais de cinquenta vezes só esse ano, fato que se refletiu em cima do palco. Uma banda segura que prendeu a atenção do publico do começo ao fim. Com um som que tem a cara da nova cena independente, e com certeza caiu no gosto da galera por onde passou. Créditos ao parceiro George Naylor que deu uma força na iluminação dos caras. Avante, caldo!
Mais uma vez do lado de fora, subia ao palco a “Fucking good band, man!” Bedroyt. Marcada pela irreverência de seu Vocalista/Guitarrista Gustavo Erse, a “Bedroyt” reúne um ótimo repertorio para quem curte um heavy metal tradicional, sem frescura. Coisa de macho. Porem, com as limitações do som, devo dizer que a banda não conseguiu superar e infelizmente, não fez
um bom show. O publico que outrora se debatia nas rodas punk, estava estático e prestando atenção em outras atividades. Entretanto, ainda tinha um nicho que curtiu o “Fucking” metal tradicional dos “Fucking” Bedroyts.
Mais uma vez do lado de fora, subia ao palco a “Fucking good band, man!” Bedroyt. Marcada pela irreverência de seu Vocalista/Guitarrista Gustavo Erse, a “Bedroyt” reúne um ótimo repertorio para quem curte um heavy metal tradicional, sem frescura. Coisa de macho. Porem, com as limitações do som, devo dizer que a banda não conseguiu superar e infelizmente, não fez
um bom show. O publico que outrora se debatia nas rodas punk, estava estático e prestando atenção em outras atividades. Entretanto, ainda tinha um nicho que curtiu o “Fucking” metal tradicional dos “Fucking” Bedroyts.
Foto: Raony Ferreira
Os Do Amor (RJ) iniciavam as atividades no palco interno do Mercado. Eram a banda mais esperada pelo publico mais “leve”. A Pluralidade, foi uma marca registrada no espaço interno do Mercado, com três bandas que gostam de passear por vários estilos da musica brasileira, mas o Do Amor ia além. Uma banda muito experiente, cujos músicos também tocam e outras “gigs”, conseguem dominar o palco e fazer o publico dançar. Foto: Raony Ferreira
Uma diferença que foi bem perceptível perante ao ultimo show que vi da banda, foram os riffs pesados desferidos pelos músicos. A banda esta mais rock`n`roll, com mais influencias pesadas. Não chegam a soar realmente pesado, não é essa a proposta da banda, mas esboçam uma vontade de soar mais agressivo. Ótimo show.
Destaque para o cover da musica “Lindo lago do amor” de Gonzaguinha.
Agora era a vez da banda mais esperada pelo público mais “pesado” da noite.
Destaque para o cover da musica “Lindo lago do amor” de Gonzaguinha.
Agora era a vez da banda mais esperada pelo público mais “pesado” da noite.
A banda Mugo (GO) que estava escalada para tocar do lado de fora do Mercado, percebeu as fracas condições e optaram por tocar do lado de dentro. O mais interessante foi que a banda conseguiu manter o público que estava do lado de dentro, e trazer a galera do metal que estava do lado de fora. Com uma execução muito competente, os caras colocaram o público para fechar uma roda punk e bater cabeça.
Ponto negativo para a banda no quesito presença de palco, já que apenas o vocalista Pedro sentia realmente a vibração do show. Os outros integrantes da banda estavam meio presos e estáticos, mesmo tocando um metal extremo. Ponto positivo na linhagem das músicas, que não deixaram que caísse na mesmice, sem perder os instinto e a essência metal da banda.
Foto: Raony Ferreira
Infelizmente não vi os shows das duas primeiras bandas, mas como um aspirante a jornalista responsável que sou (hurrum) conversei com um amigo para saber a opinião do mesmo, sobre as bandas:
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O som estava muito ruim, aconteceram alguns problemas com a SEMA (secretaria do meio ambiente) e isso prejudicou bastante o show das primeiras bandas. (Raoni, 24 anos, Músico/Fotografo).
Saindo do Mercado, fomos direto para o pirata`s pub, onde ainda tinham mais dois shows para acontecer.
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O som estava muito ruim, aconteceram alguns problemas com a SEMA (secretaria do meio ambiente) e isso prejudicou bastante o show das primeiras bandas. (Raoni, 24 anos, Músico/Fotografo).
Saindo do Mercado, fomos direto para o pirata`s pub, onde ainda tinham mais dois shows para acontecer.
Desta vez, ao contrario de quarta-feira, o Pirata`s estava com um público bom.
Foto: Raony Ferreira
A primeira banda da segunda etapa foi a caseira Strep. A banda que nasceu como Sedna, hoje reside em São Paulo e tiveram que ter o nome mudado para Strep (É o nome que se dá à cordinha que prende uma prancha de surf ao pé do surfista).
Os caras pareciam ter um público já formado, porem, era um público diferente ao que estamos acostumados a ver nos festivais independentes. O som Pop Rock/comercial da banda arrancou aplausos da mulherada. Técnicamente falando, é uma boa banda, que tem um ótimo baterista. Conversando com o baixista Phablo, discutimos sobre o público alvo da banda. Phablo me revelou que a banda trabalha para um público feminino e teen, algo que devo concordar. Foi um show bem recebido por alguns, mas nem tanto por outros. Mas uma coisa é certa, os caras têm e fazem com qualidade aquilo que se propõem a fazer.
Foto: Raony Ferreira
Finalizado o show da Strep, foi a vez do Autoramas (RJ) RRRRRRRRRRock!
Apresentando em “Pvh” o seu mais novo show “desplugado” os autoramas arrancaram aplausos, danças e pedidos até o fim. Tocando clássicos da banda, versões da velha guarda e também uma inesperada versão dos Raimundos “I saw you saying”. O que pouca gente sabe, é que essa música tem a co-autoria de Gabriel Thomaz, vocalista da banda. Os autoramas deixaram o palco ovacionados pelo público bastante presente. Destaque para Bacalhau, baterista da banda. RRRRRRRRock!
Apresentando em “Pvh” o seu mais novo show “desplugado” os autoramas arrancaram aplausos, danças e pedidos até o fim. Tocando clássicos da banda, versões da velha guarda e também uma inesperada versão dos Raimundos “I saw you saying”. O que pouca gente sabe, é que essa música tem a co-autoria de Gabriel Thomaz, vocalista da banda. Os autoramas deixaram o palco ovacionados pelo público bastante presente. Destaque para Bacalhau, baterista da banda. RRRRRRRRock!
Todas as fotos foram gentilmente cedidas por Raony Ferreira: www.flickr.com/raonyferreira
quarta-feira, abril 28, 2010
Para pensar e refletir
Carta aberta aos músicos e artistas
por João Parahyba
Projeto Música Brasil: “Carta aberta aos músicos e artistas”
“Caros companheiros artistas e músicos do Brasil,
Estamos num momento histórico de mobilização onde todos, ou quase todos estão lutando pela sobrevivência e manutenção da nossa música. Nos últimos dias tenho refletido sobre tudo que passamos nesses últimos meses, anos e décadas, e me veio na cabeça. Quem são os verdadeiros sujeitos disso tudo que está acontecendo na música brasileira, ontem, hoje e amanhã?!
Somos Nós! Artistas! Músicos e autores! Que fazemos desta arte a nossa vida, e no que diz respeito a estilos, gêneros e ritmos. Somos únicos! Sem nós, não existe música…. CD, DVD, Fonograma, rádio, show na televisão, mostra, festival, baile, casamento, carnaval e São João. Não existe nada!
Apesar de respeitar todos que estão participando deste debate, as entidades, os jovens produtores da nova geração, que hoje tem uma organização e discurso forte em prol de uma política cultural mais justa neste país, não vejo os interesses do artista e do músico com equilíbrio nesta balança entre os produtores de festivais, empresários da música, entre outros. Nosso problema é imediato: vivemos do nosso trabalho!
Ao ler o relatório da Rede Música Brasil (leia aqui), percebi que os projetos de maior valor contemplam os produtores de shows e festivais, empresários artísticos, pontos de rede e pontos de cultura, mas não diretamente a sobrevivência do artista. Com a queda brutal do mercado musical como CULTURA, hoje COMMODITIES, com a história desta política de show de graça, etc. e tal não existe subsistência, sobrevivência e sustentabilidade em toda cadeia. Estamos acabando com a iniciativa privada desde país, e ficando escravos dos editais. O funil das gravadoras e empresários artísticos do passado está hoje na máquina pública. Assim nunca construiremos um mercado cultural sustentável e verdadeiro
E honestamente, depois de 40 anos de carreira e de ter tocado no mundo todo, não venham me dizer que festival e mostra de música é única e exclusivamente uma vitrine para quem está começando ou para quem está um pouco sumido da mídia, ou ainda, uma forma de formar público novo. Pois isso é o óbvio. Mas isso também hoje é uma vitrine para o nome do festival, para os produtores e entidades organizadores, para o marketing das grandes empresas e principalmente para o governo. E esses proponentes muitas vezes obtêm fonte de renda que mantêm toda a estrutura de suas empresas através desses editais públicos, estaduais, municipais e federais. Principalmente com dinheiro público e quase 100% sem investimento privado, digo dos pequenos empresários, os proponentes, não das grandes empresas que utilizam esses editais e leis para fazer somente marketing, e não cultura.
Vejam: quase todos os festivais e shows já têm apoio do seu município, do seu estado, (conquista deles é verdade) e muitos da grande iniciativa privada, e quase todos, com a desculpa da promoção e da formação de público não pagam cachê aos artistas e músicos convidados “é divulgação Etc. e tal”, mas não justifica, pois ganha pão, é ganha pão. “Não peçam para eu dar de raça a única coisa que tenho para vender, minha música, minha arte”. (Cacilda Becker)
Isso é jabá institucionalizado, igual às rádios que tanto reclamamos há décadas. Quer tocar aqui é assim, você paga para estar aqui. Absurdooo! E se reclamar não entra mais na rádio, TV e/ou no circuito dos festivais, como temos exemplos de vários amigos artistas que foram excluídos das rádios e dos festivais por se manifestarem contra o jabá e/ou não pagamento de cachês nos festivais pelo Brasil afora. Isso hoje, como há 30 anos vem acontecendo.
Estamos criando outro monstro!?
Gostaria de saber da Funarte e do Minc o seguinte: em todos estes editais, nos trabalhos artísticos e musicais estão previstos o pagamento dos nossos cachês?!
Olhem os valores dos projetos enviados no relatório final da Reunião do Colegiado de Música, CNPC e Rede Musica Brasil:
Edital de Passagens: R$ 5 milhões (Mais dinheiro para levar o artista convidado para tocar nos festivais nacionais e internacionais… lindo! Um custo a menos principalmente para os Festivais Nacionais que já tem o estado, o município, a iniciativa privada, e agora o governo federal, mas cadê o cachê?)
Edital de Festivais: R$ 7 milhões (Mais “dinheiros” para produção dos Festivais Nacionais, Lindo! Vamos melhorar a produção dos festivais, mas cadê o cachê?)
Bacia do São Francisco: R$ 4 milhões (Lindo! Vamos lá! Mas os projetos não têm que ser nacionais? E os outros estados do nordeste, cadê a bacia do Guaíba no sul, bacia do Tietê no do sudeste, Pantanal no Centro Oeste e a Bacia Amazônica no norte?)
Clareira: R$ 2,4 milhão – Lindo! Mas também não é nacional!!?
Banco de Artistas: R$ 1,5 milhão – Lindo! Mas 200 artistas divididos por 27 estados, 7,4 artistas por estado. É isso.?!
Edital de rádios Arpub: R$ 500 mil - Lindo! Mas elas vão pagar direitos autorais ao ECAD?
Congresso: R$ 1,5 milhão – Lindo!
Capacitação + Exportação: R$ 1,9 milhão – Lindo!
Banco de Dados: R$ 1 milhão – Lindo!
Redes de Música: R$ 6 milhões – De novo pontos de cultura. Já não tem dinheiro para isso no Minc? Já temos redes, e mais redes formatadas pelos estados e municípios… isso poderia se reverter em algo mais urgente para a nossa cultura, como formação de músicos, formação de orquestras etc. e tal.
Acredito que ainda é tempo e é imprescindível a classe artística e musical se manifestar nestes editais de R$ 7 milhões, R$ 5 milhões, R$ 6 milhões, e que este dinheiro seja utilizado também para pagar os artistas , músicos e autores nestes festivais, mostras, shows, workshops, já que o resto, os festivais já estão contemplados, e já estão muito bem estruturados.
E, antes de mais nada e independente de qualquer coisa, precisamos que os artistas estejam nas curadorias, nas escolhas dos critérios, junto aos proponentes, de como, e para quem vai este dinheiro, e colocar todos segmentos da nossa música para serem prestigiados por estes editais, tais como: música Erudita, MPB, Instrumental,…e por ai vai.
Abs,
João Parahyba”
*******
Carta publicada na lista de discussão Rede Musica Brasil e liberada pelo autor para sua publicação no Scream & Yell.
*******
João Parahyba começou sua carreira aos 18 anos, na boate Jogral, em São Paulo. Como percussionista contratado da casa acompanhou artistas como Cartola, Clementina de Jesus, e participou de históricas jam-sessions com Hermeto Pascoal, Earl Hines e Michel Legrand. Uma dessas canjas tornou-se frequente: Jorge Benjor no violão, João na timba, Nereu Gargalo no Pandeiro e Fritz Escovão na cuíca. Nascia o Trio Mocoto formado para acompanhar Benjor no Festival Internacional da Canção de 1970. De 1970 a 75 o Trio Mocotó viajou pela Europa com Benjor, participou de gravaçoes como “Pais Tropical”, “Que Maravilha”, “Samba de Orly”, do LP “Força Bruta”, acompanhou Vinicius e Toquinho no show “Encontro” e lançou dois LPs com o Trio Mocotó.
Em 1981 foi para os Estados Unidos estudar composição e arranjo no Berklee College of Music (Boston). De volta ao Brasil iniciou uma sólida trajetoria como instrumentista acompanhando Ivan Lins e César Camargo Mariano. A partir de 1990 se envolveu também com produção e foi parceiro de Mitar Subotic, o SUBA, produzindo projetos independentes e participando da maior parte de seus trabalhos com Arnaldo Antunes, Bebel Gilberto e Edson Cordeiro, entre outros. Em 2000 reuniu o Trio Mocotó e começou a colaborar com artistas da cena eletrônica como DJ Marky, Patife, M4J, Anvil FX. Em 2004, com o Trio Mocotó lançando um novo disco, saiu em turnê por toda Europa. 2007 foi o ano do Trio Atlântico (com Pascal Lefeuvre & Carlinhos Antunes), que excursionou pela França e Espanha. Em 2008, comemorando 40 anos de profissao João Parahyba formou a banda Komanche’s Groove Band e o Quarteto Parahyba Jazz.
por João Parahyba
Projeto Música Brasil: “Carta aberta aos músicos e artistas”
“Caros companheiros artistas e músicos do Brasil,
Estamos num momento histórico de mobilização onde todos, ou quase todos estão lutando pela sobrevivência e manutenção da nossa música. Nos últimos dias tenho refletido sobre tudo que passamos nesses últimos meses, anos e décadas, e me veio na cabeça. Quem são os verdadeiros sujeitos disso tudo que está acontecendo na música brasileira, ontem, hoje e amanhã?!
Somos Nós! Artistas! Músicos e autores! Que fazemos desta arte a nossa vida, e no que diz respeito a estilos, gêneros e ritmos. Somos únicos! Sem nós, não existe música…. CD, DVD, Fonograma, rádio, show na televisão, mostra, festival, baile, casamento, carnaval e São João. Não existe nada!
Apesar de respeitar todos que estão participando deste debate, as entidades, os jovens produtores da nova geração, que hoje tem uma organização e discurso forte em prol de uma política cultural mais justa neste país, não vejo os interesses do artista e do músico com equilíbrio nesta balança entre os produtores de festivais, empresários da música, entre outros. Nosso problema é imediato: vivemos do nosso trabalho!
Ao ler o relatório da Rede Música Brasil (leia aqui), percebi que os projetos de maior valor contemplam os produtores de shows e festivais, empresários artísticos, pontos de rede e pontos de cultura, mas não diretamente a sobrevivência do artista. Com a queda brutal do mercado musical como CULTURA, hoje COMMODITIES, com a história desta política de show de graça, etc. e tal não existe subsistência, sobrevivência e sustentabilidade em toda cadeia. Estamos acabando com a iniciativa privada desde país, e ficando escravos dos editais. O funil das gravadoras e empresários artísticos do passado está hoje na máquina pública. Assim nunca construiremos um mercado cultural sustentável e verdadeiro
E honestamente, depois de 40 anos de carreira e de ter tocado no mundo todo, não venham me dizer que festival e mostra de música é única e exclusivamente uma vitrine para quem está começando ou para quem está um pouco sumido da mídia, ou ainda, uma forma de formar público novo. Pois isso é o óbvio. Mas isso também hoje é uma vitrine para o nome do festival, para os produtores e entidades organizadores, para o marketing das grandes empresas e principalmente para o governo. E esses proponentes muitas vezes obtêm fonte de renda que mantêm toda a estrutura de suas empresas através desses editais públicos, estaduais, municipais e federais. Principalmente com dinheiro público e quase 100% sem investimento privado, digo dos pequenos empresários, os proponentes, não das grandes empresas que utilizam esses editais e leis para fazer somente marketing, e não cultura.
Vejam: quase todos os festivais e shows já têm apoio do seu município, do seu estado, (conquista deles é verdade) e muitos da grande iniciativa privada, e quase todos, com a desculpa da promoção e da formação de público não pagam cachê aos artistas e músicos convidados “é divulgação Etc. e tal”, mas não justifica, pois ganha pão, é ganha pão. “Não peçam para eu dar de raça a única coisa que tenho para vender, minha música, minha arte”. (Cacilda Becker)
Isso é jabá institucionalizado, igual às rádios que tanto reclamamos há décadas. Quer tocar aqui é assim, você paga para estar aqui. Absurdooo! E se reclamar não entra mais na rádio, TV e/ou no circuito dos festivais, como temos exemplos de vários amigos artistas que foram excluídos das rádios e dos festivais por se manifestarem contra o jabá e/ou não pagamento de cachês nos festivais pelo Brasil afora. Isso hoje, como há 30 anos vem acontecendo.
Estamos criando outro monstro!?
Gostaria de saber da Funarte e do Minc o seguinte: em todos estes editais, nos trabalhos artísticos e musicais estão previstos o pagamento dos nossos cachês?!
Olhem os valores dos projetos enviados no relatório final da Reunião do Colegiado de Música, CNPC e Rede Musica Brasil:
Edital de Passagens: R$ 5 milhões (Mais dinheiro para levar o artista convidado para tocar nos festivais nacionais e internacionais… lindo! Um custo a menos principalmente para os Festivais Nacionais que já tem o estado, o município, a iniciativa privada, e agora o governo federal, mas cadê o cachê?)
Edital de Festivais: R$ 7 milhões (Mais “dinheiros” para produção dos Festivais Nacionais, Lindo! Vamos melhorar a produção dos festivais, mas cadê o cachê?)
Bacia do São Francisco: R$ 4 milhões (Lindo! Vamos lá! Mas os projetos não têm que ser nacionais? E os outros estados do nordeste, cadê a bacia do Guaíba no sul, bacia do Tietê no do sudeste, Pantanal no Centro Oeste e a Bacia Amazônica no norte?)
Clareira: R$ 2,4 milhão – Lindo! Mas também não é nacional!!?
Banco de Artistas: R$ 1,5 milhão – Lindo! Mas 200 artistas divididos por 27 estados, 7,4 artistas por estado. É isso.?!
Edital de rádios Arpub: R$ 500 mil - Lindo! Mas elas vão pagar direitos autorais ao ECAD?
Congresso: R$ 1,5 milhão – Lindo!
Capacitação + Exportação: R$ 1,9 milhão – Lindo!
Banco de Dados: R$ 1 milhão – Lindo!
Redes de Música: R$ 6 milhões – De novo pontos de cultura. Já não tem dinheiro para isso no Minc? Já temos redes, e mais redes formatadas pelos estados e municípios… isso poderia se reverter em algo mais urgente para a nossa cultura, como formação de músicos, formação de orquestras etc. e tal.
Acredito que ainda é tempo e é imprescindível a classe artística e musical se manifestar nestes editais de R$ 7 milhões, R$ 5 milhões, R$ 6 milhões, e que este dinheiro seja utilizado também para pagar os artistas , músicos e autores nestes festivais, mostras, shows, workshops, já que o resto, os festivais já estão contemplados, e já estão muito bem estruturados.
E, antes de mais nada e independente de qualquer coisa, precisamos que os artistas estejam nas curadorias, nas escolhas dos critérios, junto aos proponentes, de como, e para quem vai este dinheiro, e colocar todos segmentos da nossa música para serem prestigiados por estes editais, tais como: música Erudita, MPB, Instrumental,…e por ai vai.
Abs,
João Parahyba”
*******
Carta publicada na lista de discussão Rede Musica Brasil e liberada pelo autor para sua publicação no Scream & Yell.
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João Parahyba começou sua carreira aos 18 anos, na boate Jogral, em São Paulo. Como percussionista contratado da casa acompanhou artistas como Cartola, Clementina de Jesus, e participou de históricas jam-sessions com Hermeto Pascoal, Earl Hines e Michel Legrand. Uma dessas canjas tornou-se frequente: Jorge Benjor no violão, João na timba, Nereu Gargalo no Pandeiro e Fritz Escovão na cuíca. Nascia o Trio Mocoto formado para acompanhar Benjor no Festival Internacional da Canção de 1970. De 1970 a 75 o Trio Mocotó viajou pela Europa com Benjor, participou de gravaçoes como “Pais Tropical”, “Que Maravilha”, “Samba de Orly”, do LP “Força Bruta”, acompanhou Vinicius e Toquinho no show “Encontro” e lançou dois LPs com o Trio Mocotó.
Em 1981 foi para os Estados Unidos estudar composição e arranjo no Berklee College of Music (Boston). De volta ao Brasil iniciou uma sólida trajetoria como instrumentista acompanhando Ivan Lins e César Camargo Mariano. A partir de 1990 se envolveu também com produção e foi parceiro de Mitar Subotic, o SUBA, produzindo projetos independentes e participando da maior parte de seus trabalhos com Arnaldo Antunes, Bebel Gilberto e Edson Cordeiro, entre outros. Em 2000 reuniu o Trio Mocotó e começou a colaborar com artistas da cena eletrônica como DJ Marky, Patife, M4J, Anvil FX. Em 2004, com o Trio Mocotó lançando um novo disco, saiu em turnê por toda Europa. 2007 foi o ano do Trio Atlântico (com Pascal Lefeuvre & Carlinhos Antunes), que excursionou pela França e Espanha. Em 2008, comemorando 40 anos de profissao João Parahyba formou a banda Komanche’s Groove Band e o Quarteto Parahyba Jazz.
quarta-feira, março 10, 2010
Curtas, caso não curtas.
- #agroboi #agronorte #acrediesel #barrigaverde são lojas acreanas, mas elas vendem o que mesmo? - Da série perguntas do próximo vestibular da UFAC
- Poucas cidades do Acre tem nome dos povos das Floresta é só do povo político mesmo #rodriguesalves #manciolima #riobranco #senadorguiomard - Brasilía que tinha um nome bonito, mudaram por questões políticas e se tornou Brasiléia.
- No Acre para saber o posicionamento políticos de alguns basta fazer duas perguntas. É acreano ou acriano? E que horas são agora? #fato
- O Primeiro Distrito está para Segundo Distrito assim como Brasiléia está para Epitáciolandia - isso é tão Acre
- No Acre temos festivais de Praia, mas não somos banhados por nenhum mar - Depois dizem que nenhum acreano é megalomaniaco
- Igreja Batista do Bosque abriu filiais no Haiti e Chile. Dizem que o encontro foi #tremendoooo
- Quando algum político acreano se aposenta, ele vai para o retiro dos artistas no RJ #fato
- É preciso saber que a maioria dos acreanos vivem em BSB e no RJ temos até uma associação, eles vem aqui só pra renovar contratos e votos
- Sim votos de felicidades. É isso. vou dormir antes que apareça uma formiga na minha boca e eu cometa um suicidio. tão Acre
terça-feira, março 09, 2010
segunda-feira, março 08, 2010
Mulheres no Rock!
Vou fazer um post durante toda semana indicando uma banda rock'n roll com integrantes do sexo feminino.
Madame Saatan - http://www.myspace.com/madamesaatan
Madame Saatan - http://www.myspace.com/madamesaatan
sexta-feira, março 05, 2010
quarta-feira, março 03, 2010
CAPUCCINO JACK
Uma banda que sonha, é esse o conceito máximo relacionado ao quarteto que integra a Capuccino Jack. O começo deste ano trouxe ótimas oportunidades de trabalho com o festival Grito Rock. Em janeiro, os rapazes participaram da edição de Rio Branco e em fevereiro foram convidados para tocar em Vilhena e Cuiabá.
"Enxergamos uma oportunidade para potencializar e fortalecer a musicalidade que é feita aqui em outros estados, além de entrar em contato com outros músicos e ainda conhecer de perto o sistema de organização de festivais de outros lugares", comenta o baixista Hugo Jack.
Os capuccinos completam três anos de estrada neste mês e nada melhor para comemorar a data do que a participação numa noite apresentações de um artista de renome nacional. Por meio do circuito "A Cidade se Diverte", eles participam do show de abertura do do cantor e compositor Zeca Baleiro ao lado dos músicos da Degradê, Camundogs e Kelen Mendes e banda.
"O melhor disso tudo é a importância que esse projeto tem e fazer parte desse trabalho é uma experiência que só nos enche de orgulho. E ainda tem toda essa questão da estrutura de tocar num espaço enorme, a céu aberto e ainda com um som profissa. É o que toda banda sonha", afirma John Jack, guitarrista.
Eu conversei com os “capuccinos” sobre a experiência do Grito Rock, artistas do Acre e ainda a relação deles com as mídias. Confira:
Qual a proposta estética e sonora da banda?
Hugo Jack: O nosso processo de composição não é nada convencional. O compositor principal da banda é o André, então essa linha está mais focada no estilo de escrita dele. Já as músicas nascem num processo coletivo, em sua maioria na hora nos ensaios. Às vezes o Barrozo faz um riff, o John solta uma batida e eu entro com alguns arranjos. O que começa muitas vezes como brincadeira já terminou tantas outras como mais uma canção que entra pro nosso setlist. O produto final das músicas é a doação de cada um no processo criativo.
"Enxergamos uma oportunidade para potencializar e fortalecer a musicalidade que é feita aqui em outros estados, além de entrar em contato com outros músicos e ainda conhecer de perto o sistema de organização de festivais de outros lugares", comenta o baixista Hugo Jack.
Os capuccinos completam três anos de estrada neste mês e nada melhor para comemorar a data do que a participação numa noite apresentações de um artista de renome nacional. Por meio do circuito "A Cidade se Diverte", eles participam do show de abertura do do cantor e compositor Zeca Baleiro ao lado dos músicos da Degradê, Camundogs e Kelen Mendes e banda.
"O melhor disso tudo é a importância que esse projeto tem e fazer parte desse trabalho é uma experiência que só nos enche de orgulho. E ainda tem toda essa questão da estrutura de tocar num espaço enorme, a céu aberto e ainda com um som profissa. É o que toda banda sonha", afirma John Jack, guitarrista.
Eu conversei com os “capuccinos” sobre a experiência do Grito Rock, artistas do Acre e ainda a relação deles com as mídias. Confira:
Qual a proposta estética e sonora da banda?
Hugo Jack: O nosso processo de composição não é nada convencional. O compositor principal da banda é o André, então essa linha está mais focada no estilo de escrita dele. Já as músicas nascem num processo coletivo, em sua maioria na hora nos ensaios. Às vezes o Barrozo faz um riff, o John solta uma batida e eu entro com alguns arranjos. O que começa muitas vezes como brincadeira já terminou tantas outras como mais uma canção que entra pro nosso setlist. O produto final das músicas é a doação de cada um no processo criativo.
Como foi a participação de vocês no Grito Rock Vilhena e Cuiabá e o que é esse projeto?
Barrozo Jack: Foi uma das melhores coisas que aconteceram pra gente. O ano passado foi ótimo. Em abril, por exemplo, nós tocamos todos os finais de semana. Participamos do lançamento da coletânea Canta Tião: Um Canto à Natureza, dos festivais Chico Pop e Varadouro, tocamos pela primeira vez na UFAC, fizemos apresentações pelo circuito "A Cidade se Diverte", um deles foi no Teatro de Arena do SESC com os nossos parceiros da Camundogs. Participamos do Ao Vivo N'Aldeia e também fizemos alguns shows no Espaço Alternativo Palhukas. Foi muita coisa boa num ano só. Agora já começamos o ano com o pé direito. Essas oportunidades de Vilhena e Cuiabá foram maravilhosas, maravilhosas mesmo! As pessoas, o atendimento, as casas de show, os passeios, as brincadeiras, os contatos, enfim, tudo correu da melhor forma possível. E além de tocar pela primeira vez fora do estado, essas viagens servem pra nos unir mais como banda, pra conhecer outros músicos e ainda pra inspiração mesmo, porque nesse tempo todo você respira, sonha, dorme e acorda com música. Foi ótimo!
André Jack: Você perguntou o que é o festival... Pois é, a idéia nasceu há sete anos em Cuiabá pra dar uma alternativa diferente pra quem não é lá muito fã do carnaval. Em 2006, senão me engano, a idéia se espalhou pra outros estados, inslusive aqui no Acre. Já nesse ano foram 80 cidades e ainda outros países (Argentina, Bolívia, Peru e Uruguai). Então essa viagem serviu também pra isso... Conhecer o berço do Grito Rock, onde o festival nasceu. Vimos o modo de produção do Coletivo Vilhena Rock e do Espaço Cubo, que é uma referência no Circuito Fora do Eixo, (via pela qual a banda circulou), e ainda conhecemos a Casa Fora do Eixo em Cuiabá. Participamos de uma edição histórica do Grito Rock Cuiabá que aconteceu pela primeira vez nessa Casa. E aqui fica o agradecimento a toda equipe de Vilhena, na pessoa do Netto e do Keith, e também dos coletivos Espaço Cubo e Catraiá. Cubo pela recepção e iniciativa do festival e ao Catraia por ter nos indicado pra representar o Acre. Muito obrigado!
Nossa música acreana é plural e muito criativa. O que vocês conhecem dela?
Hugo Costa: Bom, estamos ainda num processo de aprendizado, mas podemos citar artistas mais antigos como o Da Costa, o próprio Tião Natureza e o grupo Capú. E essas são ótimas referências, porque a música acreana é diferente. O músico acreano já tem um senso estético embutido, é um cuidado redobrado com a letra, uma preocupação com a postura no palco e outros fatores. Até mesmo no rock esse conceito também existe, o rock do Acre é diferente. Tem uma sonoridade difícil de rotular que só ouvindo dá pra sentir.
As rádios com certeza ainda, em tempos de internet, são um veículo importante para divulgação da música. Qual é a relação de vocês com essa mídia?
Barrozo Jack: Pois é, ouvir a música "Você" (regravação da música do Tião Natureza) na rádio é uma sensação estranhamente prazerosa. Você cresce com o costume de ouvir a rádio, de esperar aquela música que mais gostar tocar e tudo mais. Então um dia você tá sintonizando uma estação e ouve a SUA música... É uma emoção que não tem tamanho, é impossível ouvir sem um sorriso no rosto e com muito orgulho. Mas nós estamos em dívida com essa ferramenta. Gravamos a faixa "Você" no final de 2008, já temos até duas músicas pagas mas ainda não entramos em estúdio, coisa que é um dos planos pra esse ano, aliás, pra esse semestre. E assim poder soltar o nosso som nas rádios pra, quem sabe, atingir outros públicos que não vão ao show, mas podem nos conhecer desse outro modo.
E a relação com a internet?
John Jack: É aquela coisa... Ou você acompanha a evolução da tecnologia ou fica pra trás. A nossa relação com a internet como banda ainda é muito tímida. Só temos uma música gravada e a principal maneira de divulgar o seu trabalho pela rede é através do trabalho. Como ainda não criamos vergonha na cara e gravamos (risos), continuamos um passo atrás com essa que é a ferramenta mais importante e que oferece também tantos meios pra propagar seja o que for. Mas apesar de nos relacionarmos mal com ela, é de opinião mútua que o futuro é a internet e o futuro é agora, né... Não espera.
Quais os planos para 2010?
Hugo Jack: O primeiro de todos é entrar em estúdio e gravar as músias "Regressivo" e "Leito de Procusto". Depois pensamos na Lei Estadual/Municipal de Incentivo à Cultura, Acústico em Som Maior, Banzeiro Mais Massa e Festival Chico Pop. Além de continuar com as composições e também com o nosso apoio pra promover eventos/festivais/shows, assim como já fazemos com o P&Iá, Coletivo Catraia e a Dream Cry Produções. Por hora estamos com a novíssima "Descompasso", que foi um presente do meu irmão (Adaildo Neto) e da Dani Andrade (http://www.cognome.blogspot.com/).
André Jack: Interromper um pouco porque eu tô muito empolgado com essa música (risos). Esse foi um presente muito feliz e muito importante, porque essa canção deu um gás enorme pros nossos shows e é um pouco diferente das outras que nós já fizemos, além de ter um conceito primoroso. Inclusive é a primeira vez que nós falamos o nome dela, "Descompasso", porque nas primeiras apresentações que fizemos, digamos assim lançamento... Nós a apresentamos no Grito de Rio Branco, Vilhena e Cuiabá apenas como a "música nova". Essa coisa de dar título a uma música é muito difícil e pelo que ela representa pra nós foi mais difícil ainda. Sem contar que é da Dani, que é uma amiga muito querida e eu sempre quis cantar uma composição que fosse dela... Grande escritora. Mas voltando aos planos... A palavra chave desse ano é também a capacitação com foco nos estudos e ensaios, que é o mais importante tanto na música quanto em qualquer trabalho que você se envolva. Então é isso. Agradecemos essa oportunidade de entrevista, agradecemos por esse carinho, que é recíproco, que a Rádio Aldeia sempre demonstra pelos capuccinos. Nós só temos a agradecer, mais uma vez, a todos vocês, as pessoas que ligam na rádio pedindo a nossa música, pelo público que vai aos shows, que deixa recado no orkut, que pergunta, elogia e critica. É muito difícil fazer música, conseguir espaço pra mostrar o seu som, então todo mundo que trabalha com a organização de eventos pra divulgar o que a nova música acreana tem feito é digno de todo respeito e força e, no que diz respeito a banda, vamos continuar também nessa luta. Valeu!
Este post foi postado originalmento do blog da Rádio Aldeia e foi escrito por Alex Nunes
segunda-feira, março 01, 2010
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
Fernanda Farani
@grupocapu: Deu nos jornais: Na matemática cultural do avanço digital do carnaval acreano, 8 bandas acreanas, não vale uma baiana.
De acordo com o Altino. Fernandinha é tão famosa que possui apenas 75 seguidores no Twitter
Porém quando procurei no google quem era Fernanda Farani, ele disse: Você quis dizer Fernanda Ferrari. Se nem o Google conhece... bem posso dizer que no Carnaval Digital a banda de Axé era virtual.
De acordo com o Altino. Fernandinha é tão famosa que possui apenas 75 seguidores no Twitter
Porém quando procurei no google quem era Fernanda Farani, ele disse: Você quis dizer Fernanda Ferrari. Se nem o Google conhece... bem posso dizer que no Carnaval Digital a banda de Axé era virtual.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Zeca Baleiro no Acre
Depois de muito tempo sem um show de qualidade na capital acriana, foi confirmado o show do Zeca Baleiro para o dia 13/03. Apesar do péssimo local, pois estacionamento da Arena da Floresta é uma sacanagem, porém tal erro pode ser evitado se a produção local conseguir criar um ambiente agradavel. Neco e P&iá Produções inovam em colocar mais de uma banda local para abertura do show que serão:
Degradê - ok, as meninas são bonitas e tal... e... só.
Kellen Mendes - Artista com um trabalho consolidado.
Capuccino Jack - Banda está com os animos renovado depois de breve turnê.
Camundogs - Sempre surprende e vamos ver se dessa vez irá conseguir.
Só escrevo mais depois do show dessa galera.
O quê: Zeca Baleiro e Circuito: A cidade se diverte.
Quando: dia 13 de março, às 21 horas.
Onde: Estacionamento do estádio Arena da Floresta.
Ingressos: Livraria Nobel, Toca do Lobo, Zinguer e Barriga Verde
Realização: Neco Produções e P&iá – Coletivo de Cultura
Apoio Cultural: Governo do Acre
Informações: 3901-1500 / 9976-2022
Degradê - ok, as meninas são bonitas e tal... e... só.
Kellen Mendes - Artista com um trabalho consolidado.
Capuccino Jack - Banda está com os animos renovado depois de breve turnê.
Camundogs - Sempre surprende e vamos ver se dessa vez irá conseguir.
Só escrevo mais depois do show dessa galera.
O quê: Zeca Baleiro e Circuito: A cidade se diverte.
Quando: dia 13 de março, às 21 horas.
Onde: Estacionamento do estádio Arena da Floresta.
Ingressos: Livraria Nobel, Toca do Lobo, Zinguer e Barriga Verde
Realização: Neco Produções e P&iá – Coletivo de Cultura
Apoio Cultural: Governo do Acre
Informações: 3901-1500 / 9976-2022
O ano começou hoje
Ok, preciso me acostumar com a idéia de que pra muita gente o ano está começando agora. Deve ser uma espécie de reveillon fora de época. Nessa hora cada qual apresenta sua justificativa:
- O ano começou agora porque já passou o carnaval.
- O ano começou agora porque só depois do carnaval é que vou pra faculdade
- O ano começou agora que só depois do carnaval é que vou para a sessão da assembléia legislativa - O sr. trabalha lá? - Sim, sou deputado.
Fato é que mesmo depois do carnaval ainda tem gente que não perde o espirito da festa e usa abadá como se fosse roupa. Vai correr no canal, veste o abadá, vai encontrar com os amigos num bar, veste abadá, vai trabalhar, veste abadá... O melhor de tudo é olhar o abadá é poder identificar se ele é pobre, ficou na pista, ou se ele é rico, ficou na ala vip.
Carnaval passou mas brasileiro gosta mesmo é de feriado. E o primeiro feriado pós carnaval será numa segunda, dia 8 de março, obrigado mulheres pelo seu dia.
- O ano começou agora porque já passou o carnaval.
- O ano começou agora porque só depois do carnaval é que vou pra faculdade
- O ano começou agora que só depois do carnaval é que vou para a sessão da assembléia legislativa - O sr. trabalha lá? - Sim, sou deputado.
Fato é que mesmo depois do carnaval ainda tem gente que não perde o espirito da festa e usa abadá como se fosse roupa. Vai correr no canal, veste o abadá, vai encontrar com os amigos num bar, veste abadá, vai trabalhar, veste abadá... O melhor de tudo é olhar o abadá é poder identificar se ele é pobre, ficou na pista, ou se ele é rico, ficou na ala vip.
Carnaval passou mas brasileiro gosta mesmo é de feriado. E o primeiro feriado pós carnaval será numa segunda, dia 8 de março, obrigado mulheres pelo seu dia.
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