Cupom em mãos, todos que estavam no show tinham o direito de votar e dar sua opinião. Muitos já chegaram com ela formada e votaram durante o show da primeira banda, a Metal Live, que logo de início mostrou dificuldades. Acorde nenhum foi capaz de encobrir ruídos de certo nervosismo dos integrantes que infelizmente, como normalmente acontece com as primeiras bandas dos festivais, enfrentaram problemas com o som. No meio do show, o vocalista manifestou que estavam sendo prejudicados por isso. E foram mesmo. Mas, acredito que mesmo com um som melhor regulado eles não teriam melhor destaque.
Logo na primeira apresentação, foi possível perceber que o festival (leia-se bandas e público), merecia um grau maior de seriedade. Não havia clima coerente com a importância do evento. Parecia simplesmente um show de metal qualquer e não uma seletiva que poderia levar uma banda nossa para a Alemanha.
Demoras no palco e problemas no som deixavam fãs, torcedores e músicos ainda mais nervosos. O metal acreano que ganhou admiração por ter tido a competência de trazer uma única seletiva para a região Norte, teve sua credibilidade balançada com essa organização (ou falta de).
Sobe então ao palco a banda cujos integrantes colocam o pé no retorno e fazem o público levantar o braço e cantar: ôôÔÔôôÔ, e depois dar socos no ar gritando: “Hei.Hei.Hei”. Era a Fire Angel mostrando um som mais “redondinho”, trazendo o tom metaleiro até então confuso no evento e com uma apresentação que dizia com todas as letras e notas que eles têm preparo suficiente para ir para São Paulo e para qualquer lugar.
Em seguida, entra a Dream Healer. A banda que, em minha opinião, é a mais difícil de falar. Dream Healer me lembra – com alegria – os tempos do Cine Teatro Recreio, quando eles subiam no palco era o momento do público se levantar e se aproximar. Era quando o show começava e terminava. Não é mais possível repetir esse discurso hoje em dia, todos concordam que é uma banda que tem nome e respeito pela trajetória, mas isso não estava nos principais critérios de avaliação. Mesmo com a formação completamente modificada (com apenas o Igor, baterista, da formação original), eles até que conseguem mostrar grande esforço e que têm público fiel, mas a noite definitivamente não era deles.
E aí sobe no palco a Survive. A banda mais nova de todas. Mostrou de cara que tem competência para concorrer em São Paulo. E o público acreditou nisso e expôs que a banda tem o direito de representar o estado. Som de peso e moderno. Cabeças balançando numa boa sintonia tanto no palco quanto no público. Uma banda de energia e responsabilidade. Foram os escolhidos, afinal.
Da Mártires eu nem lembrava bem. De início, pode ter feito um instrumental que provocou algum alerta nas bandas já consagradas. Mas não durou muito e mostrou que estava ali apenas para saciar o público ainda com sede de um som pesado.
No final, ainda teve a Harllequin, a atual banda do Mário Linhares, ex-vocalista do Dark Avenger. Mas não fiquei para assistir. Pudera, com mais de três horas de atraso e um clima um tanto broxante para quem chegou nervosíssima pelas bandas, eu não estava tão animada para esperar mais e mais.
“Uh, é Marmelada!”
Nenhuma competição é competição se depois dos resultados divulgados ninguém levantar hipóteses de marmelada. Afinal, todos queriam ir para São Paulo, conhecer a Galeria do Rock, ter a chance de ir tocar na Alemanha e muito mais. “Porque Fulano não gosta de Cicrano”. Qualquer justificativa é válida para diminuir a insatisfação. De qualquer forma, a desorganização e falta de seriedade visíveis durante o evento comprometem sim a veracidade dos resultados.
Não era possível identificar claramente os jurados, estavam todos espalhados. Em certo momento me disseram que eram três e depois que eram cinco. Quanto à seletiva para tocar no show deste sábado, na Afeletro, tive a notícia de que as bandas se inscreveram enviando material à revista Roadie Crew, que fez as escolhas. Mas logo depois me explicaram que um dos promotores do evento enviou a lista para a revista dizendo que eram aqueles que iriam se apresentar e ponto final. Senti falta de outras bandas, a Soldier, por exemplo. Se Mártires subiu no palco, por que não a Auttreidy também?
Conversas e controversas à parte. A banda que vai para São Paulo já está escolhida e pelo menos foi uma das que estavam entre os maiores palpites. Valeu a participação de todas na única seletiva da região Norte para o maior evento de Heavy Metal do mundo: W.O.A – Wacken Open Air, que acontece há 19 anos em Wacken, uma cidadezinha alemã, próximo a Hamburgo. Neste ano, a festa acontece entre os dias 31 de julho a 2 de agosto.
No Brasil, devem acontecer 14 seletivas envolvendo até 70 bandas. A final acontece no dia 10 de maio, em São Paulo. No mais, parabéns e boa sorte à Survive!
Esse é o nosso grito independente.
ResponderExcluirCom boas resenhas e imparcial, falando como tudo aconteceu... numa leitura gostosa, sem apelar para o jeito "cool" "teen" ou qualquer coisas que o valha.
Parabens pra Gissele!
Bom, creio que o Acre está sendo bem representado com a Survive e boa sorte pros meninos.
Quanto a produção, já é de praxe essa falta de organização daqueles que realizam esses eventos.
Lembro que essa banda Harlequim... já tinha dado um furo no Dia do Rock ano passado.
Se lembram?
Depois de ler o post, bateu aquele arrependimento em não ter comparecido ao evento... :(
Gi mandou muito!
Adóro!
ResponderExcluirEstaremos em SP, pq eu também vou. E você foi muito malvada!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Beijo galénha =*
acho bom entrar aqui e ter alguma coisa nova. e que venham mais atualizações!
ResponderExcluirE que todo mundo que tem convite para postar no grito acreano se sinta a vontade para coletivizar suas novidades...
ResponderExcluirEi, acho que a Auttreidy não está mais na ativa... Mas apenas acho... =X
ResponderExcluirMas valew Gisele... MASSA a resenha do evento... o/
Bom, a Auttreidy acabou sim, pelo menos essa era a última informação que tínhamos. A Soldier não participou por que o guitarrista tava viajando e não deu tempo pra gravar um novo material para mandar para a organização do evento.
ResponderExcluirA Silver Cry não participou por opção mesmo, estamos com outras idéias. Até onde eu sei precisava sim de material para participar, pois fui informado, não mandamos e não tocamos. Mas é até onde eu sei, onde eu não sei não posso falar.
Concordo com a Giselle em quase tudo, até conversamos na noite do evento, acho que os jurados deviam está sentados numa mesa visível ao público, daria mais seriedade a coisa e evitaria esses comentários, sem contar que facilitaria o trabalho do povo que queria cobrir o evento...
Ponto negativo do evento na minha opinião foi o som que estava muito ruim, prejudicando todas as bandas, principalmente as que entram por primeiro que serve de passagem de som.
No mais resultado justo sim e essa foi a competição que menos ouvi que foi marmelada, o que fortalece o resultado final, apenas ouvi questionamentos sobre a temática da banda. Mas essa é outra historia e daria uma confusão sem fim fosse levantada aqui.
Sobre o furo no dia mundial do Rock, não era a banda Harllequin e sim somente o vocalista Mário Linhares que não veio por problema de saúde o que eu acho que deve ser levado em consideração.
No mais é isso, concordo com a Giselle que é um puta evento e deve com certeza ter mais organização, divulgação etc, mas também devemos relevar que é o primeiro e que fazer evento de metal aqui em Rio Branco não é tão fácil, ou não é nada fácil, digo por experiência própria e mais, não faço parte da organização, só quero contribuir para que as informações cheguem da melhor forma para quem tiver acesso aqui.
...é ricardinho, também acho q essa qstaum dos jurados deveria ser mais explicita, tipo, eu num sabia qm era qm, naum vi apresentação de ninguém e muito menos os critérios de avaliação foram ditos e explicados, pq eu gostaria de saber pq a banda q eu qria naum ganhou, isto é, um minimo de satisfação pra uma pancada d gente q tava lá!
ResponderExcluir...mas a festa foi bem legal!