Esse é do Hélio Melo
Falar sobre o Hélio Melo sem ter nenhum embasamento acadêmico é um tanto difícil. Eu, Milena Quiroga, sou uma formanda do curso de Direito, acho que nem tenho propriedade de discutir sobre esse assunto mas como eu tenho uma história, achei que seria legal contá-la para os leitores do blog.
Minha paixão por Hélio Melo começou lá na infância, mas especificamente na casa da Tonha, ela tinha uma quadro pequenino num tom esverdeado, eu o achava incrível. Sabe como é, ele era tão simples porém continha a exata descrição que minha mãe fazia das casas de paxiúba dos seringais onde ela viveu até seus seis anos.
Aquele quadro mostrava uma clareira, um cachorro de caça, uma mulher na varandinha da casa a espera do marido e ele chegando da mata. Esse quarto esteve durante toda a minha meninice na parede da sala. Quando eu não queria conversar ou brincar com os meus primos, eu ia olhá-lo e ficava inventando histórias na minha cabeça com a tal imagem, tento imaginar como era viver na floresta. Eu cresci, sem saber o nome do pintor daquele quadro.
No final de 2006, quando os quadro do Hélio Melo foram para a Bienal de Artes de São Paulo e em todos os lugares começaram a falar sobre as suas obras (nessa mesma época eu estava entrando para esse caminho sem volta que é a cultura acreana). Achei que era hora de conhecer o tão falado artista, achei todas suas obras lindas, achei que já a conhecia de algum lugar.
Em dezembro do mesmo ano, fui para Santa Catarina visitar minha tia (a Tonha) e lá no quarto de hospedes reencontrei com o meu amigo numa parede esquecida, o pequenino quadro esverdeado estava ali. Me senti tão emocionada e boba, bem que eu sabia eu já o conhecia. Durante os 10 dias da minha viagem eu fiquei a admirar o pequenino, matando saudades da infância e admirando ainda mais o que era ser acreano.
Clique aqui para saber mais a respeito do genial Hélio Melo em entrevista à jornalista Cristina Leite na revista "outraspalavras", onde ele afirma:
"- Então, como aprendi sem professor, pode me chamar de pintor da floresta. Porque só quem viveu lá dentro é capaz de descobrir os mistérios da natureza através dos nossos irmãos índios, donos da floresta."
Hélio Melo
Pra quem não conhece, até o dia 08 de junho no Memorial dos Autonomistas a exposição "Hélio Melo um agente da arte". Esta uma oportunidade única para quem quer saber um pouco mais das obras deste grande artista floresta. Os quadros que compões esta exposição pertencem ao acervo da Fundação de Cultura Elias Mansour, Fundação Garibaldi Brasil e Sesc-Acre.
Dona Quiroga!
ResponderExcluirADOREIII!!
Você deve abrir mais os seus olhos pra gente!
=DDD
visitarei a exposição!
bjs
e por essas e outras que devemos sempre manter os olhos abertos, vivos.
ResponderExcluirE Milena para falar de arte não se faz necessario de embasamento academico... não para contar uma história legal como essa.
sobre essas coisas fico pensando se nós estamos pressenciando a evolução de uma ideologia, temos Chico Mendes, o homem da política, Hélio Melo, o homem que pintou o discurso de Chico e agora com os Los Porongas dando a cadencia sonora dessa ideologia. Para alguns definir é limitar, mas sempre acho interesante dar nome as coisas, talvez sejam esses os seres florestanicos originais.
Uau.
Falei bonito. :D
não disse: 'Pelos meus olhos'
ResponderExcluirhahaha
Quiroga News bombando!!!
ResponderExcluirdaqui a pouco irei colocar a coluna "pelo os meus olhos" como destaque do grito acreano.. ahuahuahauha
ResponderExcluirEu acho que já devia ter colocado, Neto. Coloque já! Hahaha...
ResponderExcluirPost muito bom.
inútil!
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