Em que pese o caráter unitário de nosso Sistema Municipal de Cultura, com todas suas esferas, ele não pode existir sem seus conselheiros e conselheiras. Eles e elas dão vozes e constituem uma relação complexa de construção da arquitetura do Sistema.
O nosso Sistema é um gigante nascendo. Ele está num momento frágil, pois precisa estar estruturado antes do ano que vem. O Sistema precisa de um Plano Municipal de Cultura e da re-estruturação da Fundação Garibaldi Brasil. As eleições estão batendo em nossa porta e temos que atentar para prazos.
Conselheiros e conselheiras temos que articular nossas falas em torno do Plano Municipal de Cultura, para que a peça seja escrita e encaminhada para outras instâncias governamentais. Esse Plano será o norte que nos mostrará caminhos. Alguns dizem que ele tem que ter metas para dez anos, outros para quinze e mais outros para trinta anos, mas o importante é que ele saia de nossas mentes e entre no papel.
A re-estruturação da nossa Fundação é tão importante quanto o Plano. Devemos pensar uma FGB preparada para dar conta das Artes, Patrimônio Cultural e Turismo. Além disso, ela tem que ver o que será do Esporte, se vai ter secretaria própria ou um departamento seu. Atualmente a FGB não tem verba para o seu cotidiano, pois grande parte de seus recursos foram para o Fundo Municipal de Cultura, que é gerido por Editais de fomento. Ela terá que ter um mínimo de estrutura financeira para outras finalidades, estrutura para secretariar o Sistema e outras tantas que devem ser pensadas na re-estruturação. Além dessas preocupações, teremos que ter em mente também um quadro de funcionários, oriundos de concurso, que sejam eficientes na gestão cultural do município de Rio Branco.
Conselheiros e conselheiras devemos continuar pensando a estruturação do nosso Sistema. Já escrevi noutro momento para estarmos pensando outros tipos de políticas públicas para a gestão cultural, agora é preciso articular-mos as nossas vozes para consolidarmos algo ainda mais importante: tornar o nosso Sistema uma política de Estado. Ele já é legalizado, mas precisa ir além, pois só com a nossa construção ele será uma política pública permanente, planejada e estruturada.
Pois bem amigos e amigas, temos nos debatido em muitas questões críticas. Participar do Sistema às vezes é cansativo. E como o combate pela cultura cansa, mas venhamos e convenhamos, ele tem que ser feito. O nosso Sistema só será algo permanente se participarmos, se pensarmos suas ações e se co-administrarmos a FGB. Estamos todos e todas inseridos numa realidade complexa que só existirá se for devidamente estruturada. Vamos pensar e escrever o nosso Plano, ajudar na re-estruturação da FGB e noutras tantas necessidades do nosso Sistema. Um grande abraço e até a próxima.
Daniel da Silva Klein.
Conselheiro Municipal de Cultura.
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