sábado, novembro 15, 2008

O rock do Juruá

I Cruzeiro Rock Reunion

Cruzeiro do Sul nunca teve uma "cena rockeira" de fato, sempre com meia dúzia de caras ouvindo som na casa de um e de outro e outras tentativas de shows sem alguma notoriedade.
Agora, o primeiro festival de "rock de verdade" que rolou no ultimo sábado foi surpreendente, cara eu nunca tinha visto tanta gente em um evento voltado diretamente pro rock. Tive um receio que rolasse um "fenômeno Varadouro" por conta do espaço ser grande e o público não preencher, mas entre rockeiros, curiosos e bêbados chatos, o espaço foi bem ocupado.

Banda Calicer
Quando cheguei pra ver a primeira banda ela ja tinha tocado umas duas músicas, o que não significa que eu tenha perdido alguma coisa (acho) pois os meninos até que são esforçados mas tem muito o que amadurecer. Banda evangélica que tinha a pegada que lembrava uma mistura de Eterna e Stratovarius, daí você imagina a situação com que eu me deparei ao ver o vocalista quase arrancando suas cordas vocais pra tentar alcançar algo parecido com a proposta da banda.

Jihad
A banda com mais variação de som que tem em Cruzeiro, os caras misturam Raimundos, Iron Maiden, Marilyn Manson e outras coisas que qualquer outra banda acharia desconexa, mas a Jihad desde sua primeira formação sempre teve essa vertente mais despojada no sentido de não ter compromisso com rótulo. Destaque para as composições próprias da banda que tinham uma pegada muito power e bem trabalhada.


Red Griphon
Se você gosta de Hard bem tocado, então, essa é a banda. Com influencias de Ronnie James Dio, Robert Teeper, Peter Frapton, Bon Jovi e outras bandas dessa vertente mais hard rock. Caralhoooo, quando rolou Holy Diver foi muito foda a galera cantava com muita empolgação. Outra coisa que é legal da banda a presença de palco, cara, muito bom ver as loucuras do Eliaquin (guitarra) que tocava com uma disposição e vibração que parecia que era o ultimo show da vida dele, muito foda. Muito bom o show da Red Griphon, empolgante mesmo, seria bom se rolasse mais interação das bandas de rio Branco e do Juruá.


Overdrive
A banda mudou muito desde sua primeira formação que tocava mais rock nacional. Depois de alguns anos sem ouvir o som dos caras, foi inpactante ver a mudança brutal da banda. Com uma variação de heavy e thrash metal, a Overdrive mandou ver um dos melhores shows da noite com direito a mosh e tudo mais. Os caras não regraram nem um pouco a forte influencia de Slayer que de certa forma foi bem discarada (no bom sentido). Essa banda é uma boa sugestão pro próximo Feliz Metal.


TK7dois1
Tocaram Fear Of The Dark (bem meia boca por sinal), esfriaram o público (que tava bem empolgado) e resto prefiro não falar.

Fire Angel

Cabra véi, a galera foi à loucura com a Fire, que foi a ultima a tocar e isso foi bom no sentido de eliminar os curiosos de plantão (mas o bêbados chatos ainda estavam lá). Fazia tempo que eu não via tamanha vibração por parte da banda e do público que correspondia cantando junto, fazendo mosh e curtindo pra cacete. Eu achei que a galera iria esfriar quando a Fire mandasse as músicas autorais (por conta de não conhecer), que nada, o pau comeu feio. Sou suspeito pra falar da Fire Angel por isso paro por aqui.



Italo Rocha, é colaborador do Metal Acre, Grito Acreano e Artrio.

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