domingo, março 18, 2007

Discutindo a cena

Dia 17

Ato falho dessa que vos fala, foi não agradecer no diário de ontem, ao visionário jornalista Cadu que tem sido desde sexta-feira o decifrador da Sampalândia Rocker que se instala. Cadu - Carlos Eduardo Oliveira foi ao Festival Varadouro em 2006, publicou a banda Camundogs e o Varadouro na Revista BIZZ on line, a Los Porongas na impressa e ainda encontra tempo para apresentar Sampa a produtoras de contéudo de outras cenas.
O dia já estava marcado para boas conversas sobre o fortalecimento da cadeia produtiva e o agregar de São Paulo ao Circuito.
São Paulo? Mas não era Fora do Eixo?
Sim, sim, mas Fora do Eixo do tão falado mainstream.
No começo sim a questão parecia geográfica, pois o movimento em rede tinha que começar de algum lugar e o lugar que encontrava eco estava bem longe do eixo Rio São Paulo, ou melhor, do do "gosto mercadológico" das gravadoras do eixo Rio-São Paulo.
O Movimento hoje, que agrega as bandas autorais mais promissoras do pais, vê São Paulo como ponto que oferece a logistica necessária, como por exemplo o custos das passagens e não mais como o oasis das gravadoras.
O local das discussões é o Satva Bar registrado nas fotos abaixo.
Antes de chegar ao local, recebo uma ligação do vocalista da Camundogs, que ainda se encontrava no aeroporto. A gol novamente atrasou o vôo em 3 horas.
No Satva encontro Mariana que distribuia os folder no Festival. Um pouco depois chegam os Camundogs e começamos a arrumar a banquinha do Catraia Records.
Como o local não permitia o circulo, o que se vê nas fotos são os representantes do Festivais Varadouro e Jambolada - Aarão e Talles - e o Cubo Pablo Capilé um pouco mais a frente.
Os caras da cena local e seus coletivos como o Escárnio e Osso estavam ansiosos por entender a proposta do Circuito. Dúvidas, muitas dúvidas que vão sendo discutidas e clareadas por todos os presentes.
As dificuldades em construir a cena dado a vocação mainstream da cidade são levantadas, o perfil desagregador e a percepção do "seu" se poe como grandiosas. Pede-se urgentemente que se busque e encontre o eco da cena por aqui.
Pablo Capilé resalta a integração com o norte, o Festival Varadouro sendo considerado o maior Festival de 2006. Aarão Prado fala das dificuldades enfrentadas e que a bem pouco tempo o Acre vivia "a era do cover" e com fortalecimento da cadeia produtiva, as bandas da cena tem assumidamente sua proposta autoral respeitada.
Talles, do Jambolada e da Porcas Borboletas, anuncia a parceria do Circuito Fora do Eixo com a Universidade Federal do Acre na publicação do livro desta que vos fala.
O Circuito ficará responsável pela divulgação e distribuição de "O segundo ponto das reticências" em todos os eventos integrados. "O segundo ponto das reticências" estará em todas as banquinhas e shows das cena independente do país, sendo a primeira publicação que sairá como produto do Circuito Fora do Eixo.
As discussões seguem noite a dentro. Quase que no fim, Marielle Ramires chama todos os produtores de conteúdo presentes para uma conversa amiudada.
Decide-se em coletivo que os produtores de Sampa, que já escrevem para outros veiculos comecem a mapear possíveis informativos impressos e on lines. Contextualiza-se sobre a proposta do Portal Fora do Eixo, que se propôe a ser o "google rocker especializado", onde todos os blogs e flogs e sites sejam linkados ao portal e que não se precise mais ficar perdido entre tantos comunicativos internéticos sobre a cena.
A idéia do portal é simples: quer saber o que está rolando no Circuito, sobre as bandas e o entorno da cadeia produtiva independente? Há um lugar que está tudo linkado: o portal!
O produtores pedem definição de prazo e confirmo a data de 15 dias para coloca-lo no ar. O portal Fora do Eixo está sendo construido inicialmente pelo coletivo Acre de comunicação, mais especificamente pelo grande web-designer Adaildo Neto.
Depois de ser colocado no ar, todos os produtores irão contribuir com a melhora do portal via mapeamento de demandas do próprio portal. É uma mistura de Overmundo e Google da cena rocker independente.
Enquanto as discussões rolavam Macaco Bong subiu ao palco para fazer o que sabem de melhor: deixar o público dopado de poesia instrumental.


Dia 18
A passagem de som está marcada para as 16 horas no Outs e tocam as bandas:

Zefirina Bomba (PB)
Trilobit (PR)
Camundogs (AC)
Chilli Mostarda(MT)
Local: Outs
A partir das 18:00h

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