domingo, abril 22, 2007

Cidão - Direito do Abril Pro Rock

Para quem não conhece o Cidão, ele é uma das poucas pessoas que sempre escreve sobre música a onde quer que ele vá, seja sobre o Varadouro, Goiânia Nois e agora Abril Pro Rock. Também é mais um estudante de Direito que acredita na música, pois ele é meio-empresário meio-produtor da Banda Marlton. Meu sempre querido braço direito quando se tratar de escrever sobre música, pois é talentoso e conhece bem do assunto... Para vocês, o Abril Pro Rock!

Sexta-feira 13, a noite da música "cult".

Pré-Show

Pois bem, sexta-feira era o dia pra não acontecer. Estava tudo dando errado pra eu (e meus amigos) conseguir uma van. E ainda mais, era sexta-feira 13. Pois a partir de agora é dia da sorte. Conseguimos uma van 4h antes de embarcar. Estou em João Pessoa e são duas horas de viagem até Olinda, o local do show.

Viagem tranquila, chegamos ao local do show.
E todo aquele ar de festival independente. As bandas de menor expressão com todos seus amigos e poucos fãs apoiando. Um clima bem amistoso e que dá a entender que o rock realmente une as pessoas.

Seria burrisse comparar o festival APR ao Varadouro. Mas em comparação ao Noise, é tão organizado e grandioso quanto. É ver isso e sonhar no nosso festival daqui 10 anos.

Ok, vamos ao que interessa.

Assim que eu cheguei a banda Canivetes (PE) se apresentava. Aquele som de baixo 'no talo' bem empolgante. Estilo anos 50. Sem falar da presença de palco do vocalista. Coisa de doido. E pessoalmente falando, que inveja de suas costeletas.

Logo em seguida, no palco 2, O Quarto das Cinzas (CE) apresenta a chamada "evolução da música". São vários estilos fundidos com a música eletrônica, tanto que um baterista tradicioal é trocado pelas batidas computadorizadas. A música parece bem espontânea. Fica exatamente entre o orgânico e o eletrônico.

Os Bonnies (RN) deixam bem claro a influência Rockabilly. Uma banda bastante promissora com seu rock dançante. Uma coisa que ficou sem explicação pra esse que vos escreve foi os integrantes da banda serem cobertos por um saco plástico. Vai saber...

Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta (BA) tem uma levada meio pop meio indie. Uma guitarra pegasoja (no bom sentido) e um vocal com um sotaque baiano, bem "diferente".

Nação Zumbi? 10 anos da morte de Chico Science não foi suficiente pra desmotivar os fãs do manguebeat. "Meu maracatu pesa uma tonelada...", parte alta do show. "Blunt Of Judah" deixava bem claro que tocar em casa é covardia pro resto das bandas...


Covardia foi o que fizeram com Moptop. Se já num bastasse tocar depois de Nação Zumbi, "abriram" o show dos Mutantes. Que fim deu isso? Público reduzido e sem empolgação. Apesar diso, o show foi bom e satisfez os fãs da banda carioca.

E a grande atração da noite deixou os mais velhos com saudade e os mais novos com vontade de ter nascido em outra época. Arnaldo Baptista, Sérgio Dias, Zélia Ducan, Dinho Leme & Cia, te levam pra um extase musical inexplicável. É bom poder encher o peito e falar, "Já estive num show dos Mutantes".

E assim ficou a sexta-feira 13...

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