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domingo, abril 20, 2008

Ainda sobre o Wacken Metal Batle

A expectativa dos headbangers sobre a seletiva para um dos mais reconhecidos e consagrados festivais de Heavy Metal, como único representante da região norte, foi das maiores, com esse assunto sendo a principal pauta nas rodas de conversa durante um bom tempo.

No cenário atual das bandas de heavy metal em Rio Branco, as escolhidas através de envio de material à organização do evento, representam, cada, um segmento musical dentro do estilo, entre bandas cristãs e não, entre pioneiras e recém formadas: Metal Live, Fire Angel, Survive, Dream Healer e Mártires.

E lá vinha o Wacken Metal Battle.

A lista dos jurados, além do representante da Roadie Crew, não foi divulgada nos sites e comunidades do Orkut, informação que até agora ainda não sei ao certo, por falta também de iniciativa em buscar a resposta com os envolvidos na organização.

Marcado para as 18, cheguei no local quase 21 h e ainda não tinha começado, devido um contratempo (coisas de quem não conhecia ainda o tacacá) com o jurado da Roadie Crew. Não demorou muito e ouvi os primeiros acordes de traços oitentistas da Metal Live. Sem muito brilho, apresentação foi um tanto quanto desaplumada. Ouve reclamações sobre desajustes na aparelhagem de som, mas a banda mesmo não parecia estar no seu melhor momento, passando inclusive um certo ar de amadorismo (apesar de já ter estrada). Deixou a desejar, apesar de ser interessante o ar “Metallica em tempos de Kill’all” da proposta sonora. Serviu para desfazer a dispersão e trazer o público para frente do palco, outro ponto que também poderia ser melhor, caso a divulgação tivesse sido mais trabalhada. Muitas pessoas comentaram que souberam do evento em cima da hora, por terceiros.

Isso não tirou a empolgação de quem estava lá pela música, logo entra Fire Angel, com um fôlego que surpreendeu, uma das favoritas para vencer a "Battle", segundo uma preferência que já estava dividida bem antes do dia 12. Os agudos e a presença do vocalista Joãozinho agita ainda mais as já conhecidas de uma das bandas clássicas do Heavy Metal Acreano. Sim, sempre é bom ouvir o molde tradicional do metal da Fire Angel,com aquele gostinho de tempos auréos do Maiden, mas não era fome de tradição que me parecia ter o clima do Wacken Metal Battle, seletiva Acre.

A próxima a subir ao palco foi Dream Healer. A essa altura já dava pra perceber uma preparação maior das bandas para o evento, instrumentos personalizados, visual caprichado, cartazes com o nome das bandas e, no caso da Dream Healer, até cálices fumegantes. O novo vocal da banda pareceu mais entrosado, mas ainda se sente o espaço vazio dos agudos quando se ouve as "conhecidonas" da banda. Falta de costume para mim e falta de uma voz mais solta pro vocal. Foi uma boa apresentação, a movimentação no palco empolgou, provando que o nome Dream Healer é sinônimo de Heavy Metal em todos os sentidos, mas que ainda deixa saudades de outros "carnavais".

Segue o evento e vem a Survive. O visual do pedestal de correntes chama a atenção e a presença de palco é quase tão enérgica quanto o som, novo, mas que pela técnica apurada balança a cabeça até os mais conservadores. O tal metalcore é forte e tem batida. De impacto.

A Mártires, recém surgida no cenário, foi meio que um "descanso" à ansiedade pela Harllequin, marcando a presença com um quê thrash/death, o vocal tem jeito para coisa, tende a lapidar e garantir o reconhecimento na cena.

Preparações e enrolações à parte, veio Harllequin. A apresentação não teve o "feeling" esperado, talvez o já cansaço do público depois de cinco bandas atrapalhou, muitas pessoas tinham ido embora, a qualidade da parte técnica o som não favoreceu (o que é um grande pecado se tratando de heavy metal), mas respondeu com a qualidade técnica dos integrantes, guitarra e batera virtuosos sem chatice e um vocal diferente do tom mais melódico da Dark Avenger, mantendo a afinação característica, porém intercalando com uma pegada bem mais pesada. Ainda assim, a parte mais empolgada do show foi “Dark Avenger, Dark Avenger, Dark Avengeeer". Detalhe também para simpatia dos caras da banda e do jurado da Roadie Crew, o clima de “velhos amigos” predominou total.

O resultado do embate era previsível e foi mesmo Survive a vencedora da seletiva Acre, que vai para São Paulo concorrer com as demais vencedoras nacionais dia 10 de maio, provavelmente. Justo. E a ver pelas bandas já consagradas que vão se apresentar no evento na Alemanha, mais justo ainda, pois corresponde ao tripé peso, virtuosidade e inovação.

A seletiva Wacken no Acre foi um marco grande para que se incentive os eventos de Heavy Metal e o movimento underground, sinal que há força suficiente para realizar grandes eventos, além da qualidade sonora das bandas, mesmo precisando de mais incentivo, seriedade e produção (e no caso desse evento, especificamente, uma aparelhagem de som melhor, também). Alguns contratempos técnicos eram esperados até pela equipe de organização ser reduzida, já que na verdade esse e os demais eventos ligados ao metal resultam da movimentação e força de vontade de alguns, nem tanto equipe, mas amigos com o mesmo propósito e pouquíssimo apoio. Foi um evento de resultados positivos para o cenário headbanger, principalmente se isso significar fôlego para buscar ainda mais.

E sorte para Survive em São Paulo, que tem condições de fazer uma boa representação do metal da região norte e até, nacional. Chegando ou não até a Alemanha, a banda já está indo longe, levando o metal acreano a continuar fazendo sua história aqui e além das fronteiras do estado.

Para ver os videos, aqui.

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Texto sugado completamente do blog: www.sempatente.blogspot.com escrito por Mayara Montenegro

quarta-feira, outubro 24, 2007

Segundo dia do Festival Varadouro

Marlton

Debutando no Festival Varadouro, a "jovem" banda fez uma boa apresentação. Com seu "hardcore melódico progressivo e com influências do metal", mostrou que tem uma boa presença de palco abrindo a segunda noite do festival.

Mesmo tocando cedo, um público considerável acompanhou o show. A Marlton sempre teve um público fiel e volumoso. As músicas apresentam uma evolução durante o show. A última do repertório, "Estocolmo", gravada recentemente, mostra uma evolução no sentido de amadurecimento da banda. Com mais rodagem e punch, a banda tem o potencial de ser grande.

Mr. Jungle

O velho chavão que "gosto não se discute" é o onde sempre termina uma conversa sobre um evento com dezoito bandas com propostas musicais diferentes como foi o Festival Varadouro 2007. Porém, de antemão aviso: vou discordar. O fato é que, sem querer desmerecer as demais bandas, a noite foi da Mr. Jungle.

A banda de Roraima fez aquilo que entre amigos chamamos de "rock'n roll sem frescuras", com uma presença de palco eletrizante, arranjos simples e bem feitos, letras em português e uma alegria de estar no palco – que apesar de ser fator obrigatório, é o que raramente se vê – tornando praticamente impossível não balançar a cabeça durante o show.

Mr. Jungle lembra muito as lendárias Velhas Virgens e Made in Brazil e nos faz como diz uma das suas letras "querer ser um rockstar". E esse é o espírito da coisa! Com sete anos de estrada e o lançamento do CD previsto para janeiro de 2008, a Mr. Jungle prova que música tem que ser feita antes de tudo com paixão e que apesar de todas as dificuldades é importante investir em festivais. "Acreditamos no rock'n roll. Para fazer isso, o público é o combustível de tudo", disse Manoel Vilas Boas. Na última música da noite, Manoel Vilas Boas alertou que iria tocar fogo no show. Entretanto, terei que desmenti-lo: eles tocaram fogo desde o começo.

Blush Azul

Os integrantes da Blush Azul deram, literalmente, um show. Parecia que a 'banda das meninas e do menino', como é comumente chamada, estava naquele festival pela primeira vez. Dominaram o palco como se fossem veteranos."

Ao som das primeiras notas de "Vai", uma das músicas mais conhecidas, a galera deliciou-se e contou os segundos para que começassem a cantar junto. E um show à parte quando Irlla surpreendeu a galera girando malabares no palco. Agradaram e surpreenderam. "Muito obrigada", finaliza. Vocês merecem.

Nicles

"Viva o psicodelismo, abaixo o pop"

A Nicles foi a quarta banda a pisar no palco no segundo dia do Festival Varadouro. O público ainda estava assimilando o progresso deles através da apresentação e em todas músicas de seu repertório isso foi nítido.

Suas letras introspectivas, um solo de teclado novo, o recurso do alto falante, as performances peculiares e frenéticas do Kílrio ( e ele deu um sorrisinho quando viu um no público dançando como ele ), autenticidade alcançada faz parte do que o vocalista mesmo disse: "a tentativa de aumentar a cena".

Só não foi melhor porque a dicção não é o forte e muitas vezes fica só nos balbúcios e o peso dramático (eu amo a banda, mas eis un detalhe que precisa ser considerado!). E eles saem do palco dizendo: Obrigado a todos, aos meus amigos e os inimigos também!

Ludovic

Um dos shows mais esperados por mim, não só porque iria resenhá-los, mas porque já estava curtindo o som dos caras antes do festival. "Um dos shows mais poderosos da cena independente. Som que se define sem muitas palavras", apresentou Aarão Prado. E não há muitas palavras mesmo.

Aquele lugar virou um verdadeiro hospício. Aquele exorcismo de Ludovic no palco é algo incomparável. O público urrou - afinal gritar é coisa de gente normal, e já não havia ninguém nesse estado ali. Estavam todos entorpecidos com aquele teatro sem máscaras, onde a verdade nua e crua se desenvolvia. Mandou bem. Aplausos dignamente merecidos.

Mapinguari Blues

É impossível falar da cena rock/blues acreana sem destacar a importância dessa banda para tal história. Como disse o vocalista Roni, "existe blues em qualquer lugar", e foi com a responsabilidade de provar que o blues também vive no Acre que o Mapinguari subiu ao palco e tirou o fôlego dos espectadores presentes no Festival Varadouro. Nascido há onze anos, o Mapinguari Blues apresenta um nível que não deixa a desejar a nenhum outro grande centro do país, misturando influências que vão de Steve Ray Vaughan até os arredores das águas do Igarapé Judia.

O público conhecia as letras das músicas, sempre com temáticas focadas no cotidiano do povo acreano, em especial o rio-branquense. "Ver essa ligação forte entre as pessoas que estavam aqui hoje e a banda foi a maior alegria da vida", afirma o guitarrista Charles Sampaio. Aliás, vale ressaltar que, mesmo com alguns contratempos de ordem técnica, o Mapinguari deixou o show debaixo de um coro com inúmeros pedidos de bis, ou seja, o melhor termômetro da aceitação da platéia.

No backstage do Festival Varadouro não se comentava outra coisa além da apresentação dos blueseiros acreanos. Um produtor de Manaus chegou e me disse "cara, essa banda é demais e esse guitarrista é gênio!". Esses foram os frutos semeados pela banda que no final de novembro lançará seu CD com oito músicas. Só resta aguardar com muita ansiedade.

O quarto das cinzas

"Árvores caminhando pela noite, sombra de luz. Sob as folhas palavras e silêncios, por trás da nuvem, a lua, o ar, estrelas. Essa é a sua paisagem..."

Foi com a introdução de Flora Pura que O Quarto das Cinzas descreveu a Arena da Floresta no segundo dia do Festival Varadouro e entregou a fórmula do que seguiria: "Sente o encantamento...", é exatamente o que se deve fazer num show dessa banda.

Uma sintonia fina salta do palco. Baixo, Guitarra, um lap top, o aparelho portátil que o baixista controla manualmente para fazer batidas eletrônicas (Qual o nome?) e uma vocalista que flutua, sem deixar que se defina se seu canto é mais doce ou desafiador. A batida trip hop que vai desacelerando sob um quê rock n roll e algo de místico acompanha as letras que falam de sensações. Tudo provoca.

Depois de pedir licença aos seres da Floresta, como se a energia da noite já não fosse uma total permissão, a voz de Laya Lopes segue com Anoiteço e Viciante, do EP "A chave", que realmente abriu a porta dO Quarto prum público que na maioria não conhecia a banda, mas àquela altura já estava hipnotizado e mais a vontade ainda quando o vocalista Diogo Soares, da banda acreana Los Porongas, subiu ao palco em Circulares, numa intimidade envolvente de vozes, mãos e movimentos. "Tudo que for seu" antecede a despedida, atendendo à um pedido vindo do público e mais adequado impossível: "Incontrolável".

O Quarto das Cinzas é um sopro suave no ouvido, com todo arrepio que isso causa.

Los Porongas

De novo, Porongas mostrou o que é tocar em casa. Uma energia incrível tomou conta do Estacionamento da Arena da Floresta. Nesse Festival, pela primeira vez, decidi acompanhar um pedaço do show de cima do palco. É muito forte a presença da banda e tudo que ela passa pro seu público.

A participação do Hermógenes na música da banda Capú serviu para coroar toda uma homenagem e uma difusão do espírito da música independente no nosso estado. A banda Capú foi pioneira em música autoral num tempo em que isso era inimaginário. "É muito satisafatório ver a grandeza desse evento e dessa mentalidade autoral. Ficou muito feliz.", me confessou o Hermógenes, depois do show.

Los Turbopótamos

“Viva a integração da América Latina!”

Chegaram reconhecendo o terreno, olhando pela as beiradas, tentando fazer se passar por despercebido. Apesar de todos estarem bem à vontade, não percebi neles aquela coisa rock’n’roll e até achei estranho, afinal, tinha escutado algumas musicas da banda na internet e eles tinham uma boa pegada do rock com um pouco de ska. Pensei : “esses peruanos estão escondendo o jogo!”

Dito e feito. Bastou subir no palco e arrasaram. A diferença de idiomas não foi uma barreira, pois o idioma oficial do Festival Varadouro era a música, a boa musica. E esses caras deram um show para ninguém botar defeito, com direito a bis e tudo mais. E é de se admirar pois eles pegaram o publico que já estava esgotado do show do Los Porongas e conseguiram manter a mesma linha de diversão e interação.

Muchas graças!



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J. Arthur resenhou as bandas Blush Azul e Ludovic
Miriane Braga resenhou a banda Nicles
Santiago "Cidão" resenhou as bandas Los Porongas e Marlton
Mayara Montenegro resenhou a banda Quarto das Cinzas
Helder Junior resenhou as bandas Mr. Jungle e Mapinguari Blues

Fotos por Talita Oliveira e Nattércia Damasceno

sexta-feira, agosto 03, 2007

Filomedusa no Dynamite

"Aí eu já estava na segunda cerveja, cabe comentar, estupidamente gelada e entre prosas legais e muita risada a segunda banda começou a tocar. Filomedusa que veio do Acre, que tem Daniel Zen, o tranqüilo e gente boa presidente da fundação cultural do Acre, em seu baixo. Que tem Saulinho pequenito e educado na guitarra. Que tem o preciso e caladíssimo Thiago na bateria (não vi a cor da voz desse sujeito dia nenhum do festival. Impressionante!) e que tem a Carol nos vocais. Mulher maldita!

Pra começar uma banda que coloca o baixo tão alto, mais presente e incisivo que a guitarra; ou não tem nada na cabeça ou tem um baixista muito bom. Filomedusa tem um baixista muito bom, e nem sei da cabeça deles. Frases diferentes, ousadas até, ritmos quebrados e tudo com a guitarra servindo de apoio para aquele baixão acreano indecente. Saulinho consegue fazer sua guitarra ser discreta sem ser ausente, contribuindo mais com a parte rítmica, compondo as texturas das músicas filomedusianas. Thiago toca bem pra diabo! Quanto baterista bom nesse norte.

Mas quer saber minha opinião inteira sobre a banda? Eu adorei Filomedusa! É bom pra caralho!!! Já havia algum tempo que eu não via um show e me empolgava tanto como aconteceu com o show desses acreanos batutas. E, além disso tudo que foi descrito no parágrafo anterior ainda havia Carol. Mulher desgraçada!!! Bandas que põe mulher pra cantar ou não têm nada na cabeça ou tem uma vocalista muito fantástica (e essa ironia pode me render pedrada. rs), e o Filomedusa é assim. Carol é pequena, magra, usa um vestidinho curto que insinua e esconde, botas sobem pelas pernas e ela usa de caras e bocas com habilidade teatral. É impossível não lembrar da Sammliz vendo Carol seduzir a platéia. Porque enquanto a Sammliz seduz, mas afasta, porque o som do Madame é uma porrada e o Ícaro - que sempre está ao lado - é forte pra diabo; Carol seduz e atrai porque o som do Filomedusa é insinuante, provocante, desafiador e Daniel e Saulinho são tranqüilos demais, e magrelos, vamos falar logo! rsrs

Carol é soberba. O risco que ela corre é de ficar arrogante e começar a "se achar", e só acho isso porque conversei pouquíssimo com ela. Parece ser extremamente simpática, mas nem precisa ser, porque canta daquele tanto. Que voz! Que harmonia! Que malícia! Sua voz e presença cênica extrapolam seu tamanho mignon, enchem a sala e o cavalo pendurado na parede até arregala o olho de madeira para apreciar aqueles sorrisos tantos.

E engraçado que Daniel e Saulinho usam os cabelos praticamente idênticos, uma coisa meio Devo com suas perucas emborrachadas, o que dava um visual muito divertido.

Uma banda que faz o set list (que eu tive a honra de trazer comigo) com as notas de suas músicas revela seu cuidado. Em "Batcaverna" - que é em Lá Menor - eles me fazem lembrar dos sons vanguardistas que São Paulo pariu nos anos 80 com vocais de samba de breque, bateria quebrada e precisa, guitarra criativa e o baixão marchando estranho indo e vindo. Na seqüência enfiam "O que eu sou" - que é em Dó Menor - um blusão de rasgar o coração do marido saudoso em campanha pelo norte. Ao ouvir esse blusão doído pensei em Nau tocando "Corpo Vadio", com Vange Leonel arranhando nossas memórias mais íntimas. Filomedusa faz isso. Filomedusa é muito bom! Filomedusa é muito bom!"


O texto é do Eduardo Mesquita, O Inimigo do rei, sobre o Casarão que ocorreu semana passada em Porto Velho, o está no site do Dynamite.

Foto retirada do flog da banda

sexta-feira, maio 18, 2007

O palco místico do DCE-UFAC

Quando a festa é o palco do DCE da UFAC, parece que rola uma coisa mistica no ar. Creio que aquelas paredes foram montadas com as pedras do templo de Baco ou foram abençoadas por Dionísio, pois o vinho daquele lugar nos faz literalmente entrar no clima.

Até o Jorge Anzol, lá de Sampa, sentiu saudade de tocar no palco do DCE. Pois, bem a Animus Festandi II rolou numa boa, muita bebida, boas bandas, enfim... Parabéns, galera do DCE-UFAC e pessoal do CADIR pela a organização desse evento!

As bandas que tocaram por lá foram: Sufrágio, Marlton, Blush Azul, Camundogs e Filomedusa. Farei breves comentários, para não parecer chato ou qualquer coisa do genero.

Sufrágio, contou com a participação do Dito(vocal da Marlton) na bateria, creio eu que quebrando galho. O som da banda me agradou mas como a coisa aconteceu meio as avessas não irei expressar uma opinião concreta.

Marlton, problemas técnicos atrapalharam o primeiro show da Marlton no palco DCE-UFAC. Agora, como disse o Aarão da Camundogs, a banda está batizada. Mas até agora não entendo a introdução de "Sem o despertar", ela destoa de todas as outras musicas da banda.

Blush Azul, o som estava ruim ou os instrumentos estavam mal regulados. Mas do meio para o fim a coisa melhorou. A Blush vem conquistando um publico cativo... Há quem diga que Blush parece muito com The Cardigans. Será?

Camundogs, o que falar da Camundogs? (pensando...) Tem tres músicas que precisamos destacar "O Termo", "Espelhos", "Ubóoooooommmtibiuaaaaaiii" foram duca! Mas, cadê as baladas da banda?

Não,vou falar sobre a Filomedusa, pois não pude ficar até o final pra poder ver a apresentação deles. Mas quem tiver assistido e quiser escrever algo sinta-se a vontade nos comentários. OK?

sexta-feira, maio 11, 2007

TK7dois1 elevado a 4ª potência

Do Municipio de Tarauaca, distante 400 km de Rio Branco,um grupo de jovens decide se expresar através do rock. São eles,Leandro (Batera), Milton (Contra-Baixo), Nilson (Teclados e Vocal), Randin (Guitarra), Janaina (Guitarra e Vocal), Giovanni (Guitarra e Vocal). Juntos formam a TK7dois1.

Antes de mais nada um nome como esse precisa de algumas explicações.TK - Abreviacao do nome da cidade de Tarauaca, 7dois1 - numero da residencia onde a banda ensaia. Essa foi para os curiosos de plantão.

As influencias da banda são do cenário do pop rock nacional, lembra muito LS Jack. O vocal distoa do resto da banda durante algumas musicas, o garoto Giovanni tem uma voz que parece ter saído de uma boyband. Apesar disso prefiro ouvir ele cantando do que a outra vocalista.

As guitarras fazem uso exarcebado da distorção e enfim, parece que faltou alguém pra dizer você faz isso, você faz aquilo. As letras são recheadas de frases feitas, amor e confusão que vivemos na adolescencia. Ponto alto, em uma das canções tem a participação do Aarão Prado, vocalista da Camundogs.

Como toda e qualquer banda no inicio de carrera precisa amadurecer e é muito cedo para tecer qualquer crítica em relação a banda, pelo menos pra mim, só posso dizer se é boa ou não depois que eu ouvir ao vivo. Aí, vou poder concluir minha primeira impressão. Por enquanto vamos torcer para que eles possam vir aqui fazer um show pra gente.

Para ouvir. http://www.purevolume.com/tk7dois1

terça-feira, abril 24, 2007

Cidão - Direito do Abril Pro Rock (parte II)

Sábado, a noite dos gritos rasgados.

No segundo dia, foi tudo muito calmo pra chegar ao festival. Apesar da van estar lotada de headbangers, foi tudo muito bom. Os tiozinhos eram bem simpáticos.

Já começa com Rabujos (PE), da cena hardcore underground de Recife, fala muito de problemas sociais e política. É uma banda que não deixa nada a desejar em relação às outras bandas de hardcore de maior nome.

Na sequência, Mechanics (GO) vem com aquela mania goiana de cantar em inglês. Compreensível, afinal é difícil alguem cantar metal bem em português. Um show insano e bem "true rock'n roll".


Fiddy (PE) é uma coisa bem difícil de definir. São 9 pessoas na banda. Vamos contar, dois microfones, uma bateria, um teclado, duas guitarras, um baixo e percussão. Contaram? Poisé, 8 instrumentos pra 9 pessoas. Que fazer então? Revezar. Os guitarristas revezam sempre com que está sobrando, e esse apenas dança. New Metal avacalhado. Algo do tipo Ultimato + Porcas Borboletas.

Korzus (SP), primeira grande atração da noite, levou todo mundo a balançar as cabeças com seu trash metal. Mostrou que apesar do "anonimato" (a banda tem 21 anos de estrada) tem um ótimo público fiel. Ficou meio estranho a alternação das bandas a partir

daqui. Depois de Korzus (trash metal), Dance of Days (SP) que é emocore. Pois bem, DoD se apresentou para uma pequena parcela de fãs. Poucos mas muito entusiasmados.

Já não fosse estranho misturar Korzus e DoD, Ratos de Porão dá seqüência ao festival. João Gordo continua com sua postura "irreverente". Falou dos emos, pra variar, e mandou todo mundo tomar no cú.

Udora (MG) continua o festival. A banda, que morou muito tempo nos EUA, tenta mostrar sua "nova" música em português. Algo puxado também pro emocore. Fãs mais antigos juram que a fase "americana" da banda é melhor do que a atual.

O grande show do festival (para mim) começa, provocando todos aqueles que acham que música precisa de mais de quatro acordes. Tequila Baby (RS) deixa bem claro que "punk rock is not dead". E como isso já não fosse o bastante, eles tem algo a mais.

Tem um convidado especial, Mr. Marky Ramone. A partir daí você se sente num show dos Ramones. Exagero? Nem tanto, Marky num toca no Tequila à toa não. A banda realmente lembra, e muito, os Ramones. Então agora eu digo, já fui num show do Mutantes, e num semi-show dos Ramones. Muito bom pra um fã do punk rock!

Lembram do que fizeram com o Moptop? Pois fizeram o mesmo com Carbona (SP), seu punk rock californiano não durou 30min em cima do palco. Pouca gente vendo o show. Por isso que eu acho que banda famosa em festival faz diferença na arrecadação, mas não na divulgação de bandas menores. Só vai ver quem conhece mesmo.

Pois bem, pra fechar a noite, Sepultura. Daí num preciso dizer muita coisa. Não é algo que me agrada. Mas deu muita, muita gente.Assim ficou resumido o festival. Dois dias de puro Rock. O domingo, que não estive presente, teria atrações como Mestres do Forró, Orquestra Contemporânea de Olinda e Lee "Scratch" Perry. Forró e sinfonia num festival de rock? Vai entender...

domingo, abril 22, 2007

Cidão - Direito do Abril Pro Rock

Para quem não conhece o Cidão, ele é uma das poucas pessoas que sempre escreve sobre música a onde quer que ele vá, seja sobre o Varadouro, Goiânia Nois e agora Abril Pro Rock. Também é mais um estudante de Direito que acredita na música, pois ele é meio-empresário meio-produtor da Banda Marlton. Meu sempre querido braço direito quando se tratar de escrever sobre música, pois é talentoso e conhece bem do assunto... Para vocês, o Abril Pro Rock!

Sexta-feira 13, a noite da música "cult".

Pré-Show

Pois bem, sexta-feira era o dia pra não acontecer. Estava tudo dando errado pra eu (e meus amigos) conseguir uma van. E ainda mais, era sexta-feira 13. Pois a partir de agora é dia da sorte. Conseguimos uma van 4h antes de embarcar. Estou em João Pessoa e são duas horas de viagem até Olinda, o local do show.

Viagem tranquila, chegamos ao local do show.
E todo aquele ar de festival independente. As bandas de menor expressão com todos seus amigos e poucos fãs apoiando. Um clima bem amistoso e que dá a entender que o rock realmente une as pessoas.

Seria burrisse comparar o festival APR ao Varadouro. Mas em comparação ao Noise, é tão organizado e grandioso quanto. É ver isso e sonhar no nosso festival daqui 10 anos.

Ok, vamos ao que interessa.

Assim que eu cheguei a banda Canivetes (PE) se apresentava. Aquele som de baixo 'no talo' bem empolgante. Estilo anos 50. Sem falar da presença de palco do vocalista. Coisa de doido. E pessoalmente falando, que inveja de suas costeletas.

Logo em seguida, no palco 2, O Quarto das Cinzas (CE) apresenta a chamada "evolução da música". São vários estilos fundidos com a música eletrônica, tanto que um baterista tradicioal é trocado pelas batidas computadorizadas. A música parece bem espontânea. Fica exatamente entre o orgânico e o eletrônico.

Os Bonnies (RN) deixam bem claro a influência Rockabilly. Uma banda bastante promissora com seu rock dançante. Uma coisa que ficou sem explicação pra esse que vos escreve foi os integrantes da banda serem cobertos por um saco plástico. Vai saber...

Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta (BA) tem uma levada meio pop meio indie. Uma guitarra pegasoja (no bom sentido) e um vocal com um sotaque baiano, bem "diferente".

Nação Zumbi? 10 anos da morte de Chico Science não foi suficiente pra desmotivar os fãs do manguebeat. "Meu maracatu pesa uma tonelada...", parte alta do show. "Blunt Of Judah" deixava bem claro que tocar em casa é covardia pro resto das bandas...


Covardia foi o que fizeram com Moptop. Se já num bastasse tocar depois de Nação Zumbi, "abriram" o show dos Mutantes. Que fim deu isso? Público reduzido e sem empolgação. Apesar diso, o show foi bom e satisfez os fãs da banda carioca.

E a grande atração da noite deixou os mais velhos com saudade e os mais novos com vontade de ter nascido em outra época. Arnaldo Baptista, Sérgio Dias, Zélia Ducan, Dinho Leme & Cia, te levam pra um extase musical inexplicável. É bom poder encher o peito e falar, "Já estive num show dos Mutantes".

E assim ficou a sexta-feira 13...

segunda-feira, abril 09, 2007

1° Galpão do Rock


Então se isso aqui fosse uma igreja, coisa que não é e nem quer, estaríamos diante do batizado da mais-nova-assumida-acre-fora-do-eixo: Giselle Lucena.
Giselle é uma garota-super-gente-boa-talentosa-jornalista-baixista da cena fora do eixo Acreana. Escreve sobre cultura, estuda jornalismo e toca na Blush Azul (não necessariamente nessa mesma ordem)...
Eis a resenha de estréia da Gi, que se me permitem um coments pessoal, está duraralho!!!!

Marlton


Camundogs


1º Galpão do Rock – Marlton e Camundogs

Por Giselle Lucena



Eu nunca imaginei que um bate-papo numa mesa de churrasquinho de gato pudesse resultar num compromisso de escrever uma resenha sobre a apresentação de algumas bandas durante o 1º Galpão do Rock, realizado no último domingo (8 de abril), no Galpão das Artes. Ah, eu ganhei uma carona de volta pra casa, era difícil negar.
Páscoa, último dia da semana santa mais rock´n´roll que eu já vi; papel e caneta em mãos, vamos lá pra minha primeira resenha musical, e olha só de quais bandas: Marlton e Camundogs.
Marlton: muito além do emocore
Pouco depois das 22horas, sobe ao palco do 1º Galpão do Rock, a banda Marlton. Com a saída de André, a partir desse show Dito assume uma das guitarras - sem muita dificuldade para quem escreve, compõe melodias e se diverte de verdade tocando e cantando numa roda com amigos. Os ajustes técnicos (que desde cedo atrapalhavam algumas bandas) atrasaram um pouco o início da apresentação. Mas a galera com sede de rock não hesitou em esperar.
Dito começou o show dizendo que o mais importante que a quantidade era a intensidade, e o público realmente não decepcionou. Diferente de muitas bandas, os meninos da Marlton sabem curtir o show que é deles, por isso fica difícil não gostar. Aos poucos a galera que saiu volta para ouvir as levadas que merecem definições que vão além do “emocore”, também, pudera, com um guitarrista com influências de metal, o som só podia ficar bem “Marlton”. Diferente das melodias, as letras são bem simples, diretas e sinceras.... resumindo, são bem emos! Durante o show, Dito afirma que a banda é o que restou da Afasia, tenho que discordar, pois de Afasia, Marlton já não tem mais nada. Na verdade, a banda daria uma boyband perfeita: um baixista com pinta de surfista, um guitarrista dos olhos claros, um batera fofinho e um vocalista que é uma graça – mas eles estão aí pra fazer rock e fazem com gosto!
“Os Erros”, “Disfarce” e “Escolhas” não deixam dúvidas de que são canções da mesma banda. Mas “Sthockolm” deixa claro que é uma nova produção, uma canção para expor a evolução da banda, por isso, merece destaque, digamos que seja um “emo mais revolt”. Dito está soltando a voz sem medo, o batera não hesita em demonstrar que sabe muito bem o que está fazendo ali, o baixista mantém a postura e o guitarrista sabe expor suas influências sem destoar com o resto da banda.
Na penúltima canção os garotos fizeram o público entrar numa dança diferente com “I wanna hold your hand”, dos Beatles, arrancando aplausos surpresos do público pelo bom desempenho. A música final “Sem um despertar”, com uns acordes “marcantes” (para não dizer pegajoso, mas pegajoso no bom sentido, daqueles muito bons de se ouvir), a banda deixa claro que seu forte é investir no seu diferencial: emo com influências explícitas de metal.
Camundogs: uma nova versão de uma outra geração
E assim, Marlton deixa preparado o palco para uma banda de geração totalmente diferente da sua: Camundogs. Começando com “Antes Só”, os caras já provam para o que vieram. O show mostra que Camundogs é uma banda madura, que sabe muito bem o que está fazendo e onde quer chegar, por isso, estão indo cada vez mais longe. Em “O Termo”, música nova, o público fica sem fôlego pelo vocalista, é até difícil fechar os olhos e curtir o show sem ficar prestando atenção na performance do grupo. Depois de “Espelhos”, Camundogs deixou a platéia escolher o repertório se expondo ao o risco do que acabou acontecendo: negar o pedido de uma música que não estava ensaiada – “Subterfúgio”.
Mas no meio do show, Aarão confirmou o que eu já havia suspeitado: “isso aqui não é show, é uma apresentação para amigos”, disse. Talvez sim, talvez não. O certo é que Camundogs tem domínio de palco e de público, eles ficam à vontade e deixam qualquer um com a sensação de também fazer parte do show. Isso aconteceu literalmente com Handreh (Alt+F4), na canção “12 meses” ele foi convidado para dividir os vocais com Aarão. A música foi uma despedida, eles acham que não tem mais haver com a banda e não querem mais tocá-la. Confesso, eu fiquei nervosa pelo Handréh, afinal, a responsabilidade de dividir o palco com uma banda que está quase há oito (?) anos na estrada não é pequena.
“Caro Zé” e “Todos Querem Jogar” são as minhas preferidas. Esta última - oferecida aos amigos “porongueiros” pela coragem e entusiasmo de se arriscar numa vida musical longe de casa – foi mesclada com as letras dos “Porongas”, deixando a canção num estilo bem “Porondogs”. O resultado não podia ser outro: a galera aplaudindo antes mesmo do término da canção. Com “Em Paz”, o público já achava que iria embora, mas o show terminou mesmo bem Surreal, com “Surreal”. Não posso deixar de dizer que em shows anteriores, eu via a Camundogs como duas bandas diferentes no mesmo palco, mas no show de domingo, a interação entre os integrantes e a performance geral do grupo me fez acreditar que, enfim, a Camundogs é essa, e estamos todos muito bem, obrigado.

sábado, março 17, 2007

Em busca de rock'n'roll


Passagem marcada, tudo certo.
Antes ainda, um pulo até o DCE da UFAC. No palco Filomedusa. Personalidade musical própria e arrebatadora. Filomedusa é a voz e o total dominio de palco de Carol Freitas, a guitarra exagerada (exagero de perfeição) do Saulinho, a pegada do batera Tiago-cabelos-compridos-que-quase-some-neles e o baixo nada-zen, do Daniel.
Antes dela tocou a banda das garotas e do garoto. Giselle está cada vez mais segura no baixo, e Irlla, com seu vocal diferenciado, vem pintando a cena rocker Acreana com muito Blush Azul.
A noite ainda prometia. Voo marcado para as 2 horas da manhã e saida às 4:55 h (?) Sim, há coisas que só a Gol faz por você.
Chego a Sampa no dia que ninguém quer chegar em Sampa: sexta-feira-com-chuva-brava-e-engarrafamento-de-160km!!!!
Tudo bem, quem disse que tem que ser normal? Tem é que ser bom!!!
Falo com a Mariana, uma garota super gente boa da organização do Festival Circuito Fora do Eixo que tá rolando aqui, e, pelo qual entre outras coisas, passei TRÊS HORAS NO AEROPORTO, que me confirma:
- Sim! Porcas Borboletas vai tocar !
- Ah, então Mariana, vai ser bom!
A casa de show da noite do Festival Circuito Fora do Eixo é o Studio SP, um local bem bacana.
Chegando lá, o primeiro a encontrar, na quase total surpresa foi o Macaco Bong Ney Hugo. Sim, galera, Ney Hugo voltou pra Macaco Bong, por que, cara, Macaco bong sem Ney Hugo, não é o mesmo Bong. Alguém ai no Acre discorda???
Encontro também um Vangs perdido, Hélio Flanders, da incorporada Vanguarts, a banda que encantou o Acre no Festival Varadouro 2005.
Quando já estava certa de que três horas não são nada, Capilé me leva até a Marielle. Marielle Ramires, pra quem não conhece aí, é a super produtora de conteúdo responsável pelo Grito Rock Integrado. Era ela quem ficava cobrando a gente pra fazer o blog do Grito Acreano, divulgar no orkut e etc. Sim Mari, o Grito Acreano foi-du-caralho!
Abraços nos Bongs Kaiapy e Ynaiã, respostas sobre a cena Acreana, memórias do Festival Varadouro..
A banda no palco é Valentina, de goiania. Ao meu lado um jornalista da Veja que publicou matéria sobre os caras disse que estava lá "vendo a cria", cria que conta com um placebo vocalista muito carismático, acrescento.
Mas a noite era começo, e eis que me aparece um total surpreso Talles e com ele vem chegando outros Borboletas. O poeta Danislau, um grande incentivador desta poetisa que vos fala, Enzo, Moita e Vi Vicious. TRÊS HORAS, Senhores da Gol, não é nada!!!
A performática e rock'n'roll Porcas Borboletas sobe ao palco e o palco se transforma neles. Poesia e humor rock'n'roll. Porcas Borboletas!!!
...
O que nos aguarda ainda:
Dia 17
Ciclo Fora do Eixo de seminários a partir das 14:00
e Jam sessions a partir das 18:00
Shows: Banda Droogies
Local: Satva Bar Fun House a partir das 22h
Banda: MonnoLocal: Funhouse
Dia 18Bandas: Zefirina Bomba (PB), Trilobit (PR), Camundogs (AC) e Chilli Mostarda(MT) Local: Outs
A partir das 18:00h

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Grito Rock, o enterro dos ossos.

Eram por volta das nove e meia da noite, quando cheguei no Galpão das Artes, que fica bem em frente ao calçadão da Gameleira. Pude perceber que a movimentação já se iniciava, algumas pessoas de preto e suas camisas de ode ao metal e outras que estavam por ali querendo se divertir e ouvir a boa musica acreana.

Antes rolou um teatro de rua, que só não fui assistir porque tinha que trabalhar, e a distancia admirei um feira hippie que tava rolando na gameleira, parecia que tudo tinha sido combinado. Sorte nossa ou o universo estava conspirando ao nosso favor? Não sei, mas garanto que adorei.

Quando entrei no Galpão o Darueck já estava mandando ver com a sua videotecagem musical de primeira linha. A barraca da Catraia records já estava montada. Já tinha algumas pessoas dançando e a equipe de sonorização do evento acertava os ultimos detalhes. Já estava tudo quase pronto para o inicio do evento.

E como tinha sido planejado a primeira banda entra as dez horas da noite, sem um minuto a mais ou a menos. E assim começamos a enterrar os ossos do carnaval.

Dead Flowers


Detonaram mais uma vez, agora por completo e sem chuva. A novidade ficou por conta da vocalista Desirré que estava aniversariando e teve direito inclusive a bolo no final do show. Os headbangers de plantão se animaram com o cover que rolou da banda Kittie e o guitarrista Jardel deu um show de técnica. Enfim, mais uma bela performace.

Escalpo

Punk rock grunge clássico. A banda surpreende pela energia e por cantar musicas em português. Letras que refletem um discurso pró anarquista e a favor da liberdade e do individuo livre de rótulos, tudo isso em alto e bom som. Entre uma musica e outra o vocal se perde em agradecimentos e dedicatórias. Mas, conseguiram contagiar o publico que retribuiu fazendo aquelas rodinhas e tocando o horror.

Camundogs


Esse foi o show de estréia do batera Junior Saady. Com uma formação mais enxuta, os Camundogs realizaram um belo show e nos mostraram o quanto amadureceram musicalmente. Dentro de alguns meses a banda irá lançar CD e já conta com a venda de camisas, bottons e bolsas que estavam na barraquinha da Catraia Records. Em março eles viajam para Sampa, onde vão encerrar o Festival Fora do Eixo junto com a banda Zéfirina Bomba.

Filomedusa


Carol Freitas, Daniel Zen, Saulinho e Thiago. Estes são os representantes do indie-british-rock-amazonico, não querendo rotular o trabalho da banda, mas é uma forma de evidenciar as diversas facetas que a banda assume de uma musica pra outra. O som é pura viagem. Apesar de ser uma banda recente, já têm os seus hits marcantes, o ponto alto do show foi com a musica "O que eu sou?", simplesmente duca.

Soldier


Banda representando a AMUPAC (Associação dos Musicos e Produtores Acreanos). Logo quando eles subiram no palco pude perceber que faltava algo. Onde está o baixista? Depois entedi que não fazia tanta falta, os guitarristas mandam muito bem. A Soldier é uma banda de Heavy Metal da corrente White Metal. Eles deram um show de técnica, mas o vocalista desafinou algumas vezes. Eles que foram os responsaveis pelo o encerramento do festival e ainda rolou um bis.


E já por volta da meia noite e meia se encerra o Grito Rock, o enterro dos ossos. Não podemos esquecer que esse foi um evento patrocionado pelo o Liras Lanche, Vereador Marcio Batista e Fundação Garibaldi Brasil. E foi realizado pelo selo fonográfico Catraia Records e Circuito Fora Eixo. E agora descanse em paz.

*** Escrito por Adaildo Neto *** Fotos por Gisele Lucena

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

E como foi o grito acreano?

E na segunda-feira de carnaval, eis que acontece o Grito Rock acreano, uma ação do festival integrado idealizado pelo Circuito Fora do Eixo, o Lira´s Lanche, gabinete do vereador Marcio Batista e fundação Garibaldi Brasil patrocionando e a Catraia Records realizando o evento. Tudo começou como devia. Sem atrasos. Cerca de 200 pessoas prestigiaram o evento.

Enfim, vamos logo ao que interessa.


Marlton




Eram cerca de 5 horas da tarde quando os garotos entraram no palco e botaram pra quebrar. E logo na primeira musica o amplificador da guitarra do Rodrigo resolveu não funcionar. Contratempo musical. Mas não foi o suficiente para apagar o brilho e a evolução musical da banda.
Dava pra ver que a banda estava ensaiada e que o vocalista estava inspirado em cantar todas aquelas musicas cheias de sentimentos e ainda assim não cair na mesmice que constumamos ouvir com as bandas teenagers. E afirmo mais uma vez que essa banda promete esse ano.

Calango Smith



Me surprendeu.Sim, estava ali um pseudo-hippie e uma menina com um grande óculos rosa. A baterista que se atrasou e quase prejudica a banda. O vocal do Diego que canta como o Marcelo Camelo, despretensioso porém gostoso de se ouvir. Banda tem um harmonia e uma energia leve. Tocou alguns covers e dedicou o seu show a igreja Renascer.
O fato é que a banda é boa, mas precisa de algo mais. Acho que os garotos estavam nervosos e não conseguiram dar tudo de si, porém haverão outras oportunidades de mostrar o que melhor sabem fazer.

Blush Azul



Após a chegada do Grito Rock de Vilhena, a banda das meninas e do garoto chegou para arrasar em sua cidade natal. É interessante que em tão pouco tempo amadureceram. O sentimento ficou explicito em suas musicas, até o cover de "Quem sabe" do Los Hermanos ficou tão Blush Azul.
A batera estava com uma pegada fenomenal e a banda toda acompanhou as batidas e os comandos de Kaline Rossi e realizaram um belo show. E quando perguntei sobre a viagem, eles me responderam que coisas boas virão e só precisam confirmar algumas informações. Fiquei curioso.

Dead Flowers



Fiquei surpreso e muito satisfeito com o que ouvi. A vocal da Dessiré é surpreendente, uma voz de anjo e uma voz de monstro naquela menina que toca guitarra. Ela canta em ingles, mas quem se importa. Com um som pesado e sombrio, cantar em português fica quase impossivel.
A banda está num nivel acima das demais, eles não são estreantes na cena do rock mas estão se consolidando. E no meio do show, eis que cai do céu uma tremenda chuva. Mas nem tudo vai por água baixo.


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Com uma chuva forte o Festival Grito Rock acreano se viu impossibilitado de continuar.Ainda faltavam três bandas subir no palco, Escalpo, Camundogs e Los Porongas. Mas logo se deu uma solução. Está marcado pra Sábado próximo a sua continuação. Grito Rock, o enterro dos ossos. Mais informações no decorrer da semana. Aguardem.