Na sexta-feira, várias bandas (maioria de Heavy Metal), abalaram as fundações do Juventus. De Blush Azul (foto - Vitor, guitarrista), passando por Filomedusa, à indie-rock psicodélica Nicles até, as já tradicionais, Fire Angel, Silver Cry, Dream Healer e outras mais. Apesar de alguns contratempos e a ausência do tão esperado Mário Linhares, a produção do evento fez tudo certinho e o Intermunicipal Rock ficou com muito saldo positivo.
Na opção alternativa, o "Rock das Aranhas" que a Giselle já comentou aqui. Blues, blues e mais blues...
Sábado pela manhã, uma mesa-redonda rodeada de cultura e informação muito relevante. Um personagem que saiu do independente (como todo o começo de qualquer banda) e foi até o estrelato máximo (talvez o maior de uma banda de rock brasileira), Dado Villa-Lobos. Outro que movimenta a cena independente como ninguém, um cara extremamente visionário e produtivo, do cenário cuiabano, Pablo Capilé. Um escritor, contador de histórias e produtor de conteúdo antes mesmo que se tivesse a idéia de "conteúdo", Alex Antunes. E um acreano tão visionário e engajado como o Capilé, Diogo Soares.
O debate foi regado a experiências culturais produtivas, com conceitos tantas vezes já explanados e necessários e uma possível previsão do "novo rumo" da música independente.
O debate possibilitou uma aproximação do público ao que anda acontecendo com a cena. Uma tentativa de aumentar a intimidade do "produto" com o "consumidor". E como cada um pode fazer sua parte.
"O discurso não é 'Caminhando e cantando e seguindo a canção', é 'Caminhando e cantando e carregando caixa'", disse Pablo Capilé numa alusão que cada um deve fazer sua parte, seja ela qual for. Já conseguimos romper a barreira da comunicação com a tão citada Internet. Precisamos tirar o discurso "Do it yourself" da teoria e colocar em prática.
O Acre foi citado como exemplo, motivo de orgulho, só não podemos nos acomodar para continuar a sermos citados como exemplo. Se pode se construir e consolidar uma cena alternativa no Acre, onde que não se pode? Não é desmerecer o Acre, é relevar as dificuldades geográficas e diferenças econômicas de outros centros.
Saindo da esfera política e voltando pra cultural, o show de encerramento na Concha Acústica foi simplesmente fantástico.
Nicles começa a progamação por volta das 7:30 e, como sempre, faz aquele show que se presta mais atenção do que se dança, curte, etc.
Camundogs segue a progamação apresentando o repertório do CD que está prestes a ser lançado. Músicas lentas e pesadas. Como assim? É assim mesmo. Sem muita velocidade e com um peso impressionante. Ponto alto do show: "Surreal" com a participação da Carol Freitas (Filomedusa).
Show mais esperado da noite, Los Porongas sobe no palco e começa a matar a saudade dos acreanos (frase ambígua mesmo). Com os primeiros acordes de "Lego de Palavras" o público já fez uma viagem temporal lembrando dos shows no palquinho do DCE, as apresentações no Ecos da Tribo, no Galpão das Artes e o último show, o show da despedida, no Teatrão. O lançamento do cd agregou um público antes ausente. O cd não só mostrou o Los Porongas ao Brasil, mostrou também ao resto do Acre.
Repetindo o primeiro show em São Paulo, Dado Villa-Lobos fez uma participação mais do que especial. Reviveu momentos da maior banda de rock e tocou as músicas dos Porongas. "Eu Sei" cantando por quase todo mundo. De arrepiar. O show foi extremamente emocionante para aqueles já carentes por saudades de shows dos Porongas e ainda mais emocionante pros fãs de Legião Urbana. Momento inesquecível para o público e para a banda. Não sei se Los Porongas já fizeram show pra mais gente, mas duvido muito algum público com tanta intensidade como o de ontem. "Subvertigem", "Ao Cruzeiro", "Tempo Perdido", "Mais do Mesmo", "Nada além", entre outras, nos levaram a uma viagem musical. Uma viagem onde se acredita que uma banda, de amigos nossos, de acreanos, é “A melhor banda do atual rock brasileiro", como disse o Finatti. "Não há" pra quebrar tudo e fechar o show. Voltam pra São Paulo deixando muito saudades e uma enorme expectativa pro Varadouro. Porque santo de casa faz milagre sim!
A Semana do Rock deixou bem claro que o Acre está engajado e muito compromissado com esse movimento. Em um estado onde o Secretário de Cultura vira fã como qualquer um e pula na frente do palco entoando as músicas cantadas, não se podia esperar outra coisa.
Agradecimentos a Ana helena, Thays e Thalyta França por ter cedido gentilmente as fotos para esta matéria.
Na opção alternativa, o "Rock das Aranhas" que a Giselle já comentou aqui. Blues, blues e mais blues...
Sábado pela manhã, uma mesa-redonda rodeada de cultura e informação muito relevante. Um personagem que saiu do independente (como todo o começo de qualquer banda) e foi até o estrelato máximo (talvez o maior de uma banda de rock brasileira), Dado Villa-Lobos. Outro que movimenta a cena independente como ninguém, um cara extremamente visionário e produtivo, do cenário cuiabano, Pablo Capilé. Um escritor, contador de histórias e produtor de conteúdo antes mesmo que se tivesse a idéia de "conteúdo", Alex Antunes. E um acreano tão visionário e engajado como o Capilé, Diogo Soares.
O debate foi regado a experiências culturais produtivas, com conceitos tantas vezes já explanados e necessários e uma possível previsão do "novo rumo" da música independente.
O debate possibilitou uma aproximação do público ao que anda acontecendo com a cena. Uma tentativa de aumentar a intimidade do "produto" com o "consumidor". E como cada um pode fazer sua parte.
"O discurso não é 'Caminhando e cantando e seguindo a canção', é 'Caminhando e cantando e carregando caixa'", disse Pablo Capilé numa alusão que cada um deve fazer sua parte, seja ela qual for. Já conseguimos romper a barreira da comunicação com a tão citada Internet. Precisamos tirar o discurso "Do it yourself" da teoria e colocar em prática.
O Acre foi citado como exemplo, motivo de orgulho, só não podemos nos acomodar para continuar a sermos citados como exemplo. Se pode se construir e consolidar uma cena alternativa no Acre, onde que não se pode? Não é desmerecer o Acre, é relevar as dificuldades geográficas e diferenças econômicas de outros centros.
Saindo da esfera política e voltando pra cultural, o show de encerramento na Concha Acústica foi simplesmente fantástico.
Nicles começa a progamação por volta das 7:30 e, como sempre, faz aquele show que se presta mais atenção do que se dança, curte, etc.
Camundogs segue a progamação apresentando o repertório do CD que está prestes a ser lançado. Músicas lentas e pesadas. Como assim? É assim mesmo. Sem muita velocidade e com um peso impressionante. Ponto alto do show: "Surreal" com a participação da Carol Freitas (Filomedusa).
Show mais esperado da noite, Los Porongas sobe no palco e começa a matar a saudade dos acreanos (frase ambígua mesmo). Com os primeiros acordes de "Lego de Palavras" o público já fez uma viagem temporal lembrando dos shows no palquinho do DCE, as apresentações no Ecos da Tribo, no Galpão das Artes e o último show, o show da despedida, no Teatrão. O lançamento do cd agregou um público antes ausente. O cd não só mostrou o Los Porongas ao Brasil, mostrou também ao resto do Acre.
Repetindo o primeiro show em São Paulo, Dado Villa-Lobos fez uma participação mais do que especial. Reviveu momentos da maior banda de rock e tocou as músicas dos Porongas. "Eu Sei" cantando por quase todo mundo. De arrepiar. O show foi extremamente emocionante para aqueles já carentes por saudades de shows dos Porongas e ainda mais emocionante pros fãs de Legião Urbana. Momento inesquecível para o público e para a banda. Não sei se Los Porongas já fizeram show pra mais gente, mas duvido muito algum público com tanta intensidade como o de ontem. "Subvertigem", "Ao Cruzeiro", "Tempo Perdido", "Mais do Mesmo", "Nada além", entre outras, nos levaram a uma viagem musical. Uma viagem onde se acredita que uma banda, de amigos nossos, de acreanos, é “A melhor banda do atual rock brasileiro", como disse o Finatti. "Não há" pra quebrar tudo e fechar o show. Voltam pra São Paulo deixando muito saudades e uma enorme expectativa pro Varadouro. Porque santo de casa faz milagre sim!
A Semana do Rock deixou bem claro que o Acre está engajado e muito compromissado com esse movimento. Em um estado onde o Secretário de Cultura vira fã como qualquer um e pula na frente do palco entoando as músicas cantadas, não se podia esperar outra coisa.
Agradecimentos a Ana helena, Thays e Thalyta França por ter cedido gentilmente as fotos para esta matéria.
É isso aí Cidão. O encerramento da semana do rock foi perfeita, e o teu texto uma belezura.
ResponderExcluirCidao, surreal é essa primeira foto ae, a q tu bateu!
ResponderExcluirmto doida!
urrul!
\o/
Massa o texto tamb�m gostei!!!
ResponderExcluirMais... Cid�o, santo de casa n�o faz milagre n�o!
Trabalha dobrado!
Eles arrebentaram MESMO, texto diz perfeitamente o que, quase todos sentiram :*
ResponderExcluirMe ajudem a entender uma coisa, "Semana do Rock", essa foi uma semana que começou na terça-feira e acabou no domingo, 06 (seis) dias para completar uma semana ! O sétimo dia é para descansar né ? Já ví isso em algum lugar...
ResponderExcluirEncerramento da "semana" no domingo com shows da Nicles, Camundogs, Los Porongas e Dado.
Ops, acho que me enganei pelo que lí nos jornais foi um show dos Porongas com participação das outras duas bandas, ahh, e do Dado.
Eis a dúvida: Por que suprimiram o valor da "Semana do Rock" em um único show de uma noite abrilhantada por mais duas bandas e com a presença do sempre simpático Dado ?
Daremos a César o que é de César, porque raios a imprensa insistiu em abreviar a importância do evento, a grande estrela não era para ser a iniciativa, a intensão e todas as outras bandas que participaram ?