Estudantes de artes visuais ‘animam’ livro de poetisa acreana
A produção ainda não tem nome. Mas já tem data, hora e local para ser lançada. Além disso, ela é objeto de expectativa da nova geração de produtores audiovisuais de Rio Branco, onde o que predomina é a experimentação e a coragem de ousar. Eles são amigos, são dois jovens normais e costumam viver as tradicionais rotinas dos vinte e poucos anos: fazem faculdade, curtem rock, filmes trash e não são atraídos pelas grandes produções ‘holiudianas’. Mas nem tudo é tão simples assim. Afinal, estamos falando de dois acreanos que estão prestes a lançar um novo trabalho. Eles são Ítalo Rocha e Marcelo Zuza.
A produção ainda não tem nome. Mas já tem data, hora e local para ser lançada. Além disso, ela é objeto de expectativa da nova geração de produtores audiovisuais de Rio Branco, onde o que predomina é a experimentação e a coragem de ousar. Eles são amigos, são dois jovens normais e costumam viver as tradicionais rotinas dos vinte e poucos anos: fazem faculdade, curtem rock, filmes trash e não são atraídos pelas grandes produções ‘holiudianas’. Mas nem tudo é tão simples assim. Afinal, estamos falando de dois acreanos que estão prestes a lançar um novo trabalho. Eles são Ítalo Rocha e Marcelo Zuza.
Marcelo Zuza (e) e Ítalo Rocha (d)
Mas o que eles têm de especial? Talvez não muita coisa se comparássemos a Phil Lewis, Stephen Hillenburg ou Carlos Saldanha (os cartunistas criadores de A Fuga das Galinhas, Bob Esponja e A Era do Gelo respectivamente). O fato é que eles seguem caminho, estão iniciando carreira e construindo história - e histórias. A produção mais recente da dupla ilustra o livro “O Segundo Ponto das Reticências”, da poetisa acreana Walquíria Raizer, que será lançado no próximo dia 27, durante sarau que acontece a partir das 19horas, na Tentamen, reunindo vários artistas que apresentarão trabalhos retratando os poemas da publicação, com apoio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil.
A animação das reticências
Aceito o desafio de ilustrar as rimas de Walquíria Raizer, a dupla deu início ao trabalho. “Durante a leitura de vários poemas, fui visualizando as imagens, já desenhando e esboçando o roteiro”, lembra Ítalo. “Vi que poderia render uma coisa muito interessante, então chamei o Marcelo para participar do trabalho, passei as idéias e ele já foi colocando em prática”, afirma.
Aceito o desafio de ilustrar as rimas de Walquíria Raizer, a dupla deu início ao trabalho. “Durante a leitura de vários poemas, fui visualizando as imagens, já desenhando e esboçando o roteiro”, lembra Ítalo. “Vi que poderia render uma coisa muito interessante, então chamei o Marcelo para participar do trabalho, passei as idéias e ele já foi colocando em prática”, afirma.
Segundo Ítalo, a animação não reflete um poema único, mas vários fragmentos de poemas. O vídeo terá em torno de um minuto e meio, uma duração até longa para a produção de 'cartuns'. “A gente passa vários dias desenhando, e todo esse trabalho se resume em alguns segundos de animação. Mas o resultado é muito prazeroso”, diz Marcelo Zuza. “O vídeo é bem experimental, com imagens nada muito abstratas, mas sem uma historia específica”, completa Ítalo.
Produções – A dupla já ‘animou’ uma música da banda Camundogs, fez paródia sobre programas de TV, e já participou de produções referentes a projetos de cursos e oficinas de cinema. Com a ficção “Lendas Urbanas”, foram premiados no Festival Acreano de Cinema em 2006, em primeiro lugar junto com “Amor de Gameleira”, de Fátima Cordeiro.
Produções – A dupla já ‘animou’ uma música da banda Camundogs, fez paródia sobre programas de TV, e já participou de produções referentes a projetos de cursos e oficinas de cinema. Com a ficção “Lendas Urbanas”, foram premiados no Festival Acreano de Cinema em 2006, em primeiro lugar junto com “Amor de Gameleira”, de Fátima Cordeiro.
Eles contam que não costumam seguir regras e nem se importam com restrições, não têm equipamentos próprios e normalmente utilizam a opção de vídeo de máquina fotográfica para captar as imagens. “Tem gente que só produz para participar de festival e ganhar premio, se acham os grandes veteranos da história e não evoluem”, diz Marcelo. “Novos produtores estão surgindo, e novas alternativas para expor o nosso trabalho também”, completa.
Para o parceiro Ítalo, a satisfação pessoal é o maior estímulo e o conteúdo crítico é quase sempre por acaso. “O grande incentivo vem do nosso gosto por essa arte. Tenho um sentimento de expectativa muito bom para o lançamento, fico lisonjeado em saber que tem alguém interessado no meu trabalho”, revela. “A gente produz por hobbie, as idéias surgem no nosso dia-a-dia”, diz. As produções da dupla estão disponíveis no acervo de vídeo da Usina de Comunicação e Artes João Donato e da Filmoteca Acreana.
creio que de certa forma a cultura acreana está num processo de fomentação do novos artistas, Italo e Marcelo em tão pouco tempo estão mostrando que vieram para ficar. O mais interessante é que eles são pessoas despojadas de uma auto-afirmação artística, fazem arte porque acreditam e porque simplesmente estão afim. E é assim que a arte deve ser encarada.
ResponderExcluirSou amigos dos caras e estão diretamente envolvidos com vários projetos que ainda irão despontar esse ano e no inicio do ano que vem.
Vida longa a estes jovens padawans!