quinta-feira, maio 29, 2008

Pequenas Coisenhas: "Across the Universe"

Muito. Fazia bem mais de um mês que eu ouvia falar de "Across The Universe". Graças ao acesso livre (em termos) à download de quase todo material audiovisual já publicado mundialmente, alguém baixou o bendito e espalhou as cópias (pirataria comanda). Pois. Um, dois, três, quatro assistiram. Ontem chegou minha vez.

Tentei esquecer os depoimentos engrandecedores junto com minha não predileção por musicais e comecei a assistir meio de nariz torto aos jovens protagonistas (sou preconceituosa com nova guarda), principalmente com a atriz que faz o papel principal Lucy (in the sky with diamonds), Evan Rachel Wood, a atual mulher do cantor Marilyn Manson, preferia a ex. Tá, mas voltando ao filme: desconfiada, vejo logo de cara uma cena de fotografia limpa e bonita, o mar, a areia e Jude, que inicia "Girl", num tom docinho (Backstreet Boys afinado?). Segue. Jude...Lucy...Prudence...Sadie. O filme vai desenrolando e eu já não desconfio porque não consigo fazer nada além de assistir.
Sinopse

"O filme começa em Liverpool, de onde o inglês Jude (Jim Sturgess) decide partir para os EUA em busca de seu pai. Lá, ele conhece um estudante rebelde, e se apaixona por sua irmã (Evan Rachel Wood). Esta por sua vez, acaba envolvendo com emergentes movimentos de contra-cultura, da psicodelia aos protestos contra a Guerra do Vietnã. Em meio às turbulências da época, Jude e Lucy vão passar por situações que colocam sua paixão em cheque."
É assim Across The Universe, a essência "Beatleniana" vai chegando devagar, no ritmo de uma experiência alucinógena, que inicia-se sóbrea, indecisa até, para depois te jogar em montagens fantásticas, figuras mutantes, jogo de coreografias, cores e surrealismo, remetendo a nuances utilizadas nas produções do Fab Four. A maneira como se cruzam os personagens das letras montando uma história só é meio forçado, mas quase passa despercebido. Lá pelos 40 minutos eu sentia calafrios de envolvimento em cenas como as da comunidade alternativa cheia de figuras fabulosas e as dançarinas flutuantes do "Jai guru deva, Om".

Emociona porque é chocante e lúdico ao costurar as letras da banda. As versões das músicas são bonitas, o que é difícil, se tratando de novas roupagens para clássicos quase intocáveis.
É como assistir a um passeio pelas canções, mas não espere muito pro final, talvez tenha se perdido algo por aí, no fim, porém
não consegui imaginar além, já enxugando as lágrimas que desceram nos primeiros acordes de "Don't Let Me Down" até os últimos de "All You Need Is Love".

Desnude os sacramentos que pairam sobre a 'divindade' The Beatles, clichês desanimadores sobre o elenco 'juvenil' e assista. Mesmo que eu continue vendo como uma espécie de "High School Music" temático, com uma boa qualidade plástica.

P.s.: Sim, as enfermeiras gostosonas são a Salma Hayek. Destaque para atriz T.V. Carpio, no papel da asiática Prudence.

*Cena da canção "Black Bird"

*Para quem quiser ver a Senhora Manson, em clipe do seu digníssimo rockstar.
(É, ela tem 20 anos e namora o rockeiro há tipo uns dois. Eu pegaria também. Ele, claro).

Algumas curiosidades
  • Salma Hayek, que já trabalhou com a diretora Julie Taymor em Frida (2002), pediu para participar do filme, mesmo que fosse em um papel pequeno.

  • Os nomes de todos os personagens - assim como o título do filme - foram retirados de canções dos Beatles.

  • 90% das canções foram gravadas ao vivo nos sets de filmagens, sem qualquer dublagem feita em estúdio durante a pós-produção.

  • A cena em que Evan Rachel Wood canta "If I Fell" foi gravada logo em sua 1ª tentativa.

  • Versões preliminares do roteiro previam a presença de um carcereiro chamado Sgt. Pepper, que seria seguido pela Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band. O personagem foi descartado na versão final do roteiro.

  • Durante a canção "With a Little Help From My Friends" pode ser visto um grande pôster da atriz Brigitte Bardot. Trata-se de uma referência à conhecida obsessão que John Lennon tinha pela atriz.


Colaboração de Mayara Montenegro.
Fonte: Wikipédia e blog "Coisenhas"

7 comentários:

  1. simplesmente uma poesial visual com pitadas psicodélicas e doses homeopáticas hollywoodianas...

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  2. viva os downloads de filmes haha.
    gravei esse filme mês passado pro Glauber. o carinha que faz o Jimi Hendrix é um fuleiro, engraçado!

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  3. Só eu que não assisti ainda? Onde eu consigo? Na aldeia? hahahah

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  4. rapaz... eu não tenho, mas sei quem pode conseguir.


    hehe.

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  5. Eu conheço um cara q conhece um cara...

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  6. eu consigo pra vc, Helder! ;)

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