segunda-feira, julho 14, 2008

Tudo ao contrário

(ou apenas um show “Mais do Mesmo” e a receita básica para dar certo)

Texto: Giselle Lucena
Fotos: Talita Oliveira


"Estamos esperando uma crítica ruim. Surpreendentemente, não lemos nem ouvimos nada negativo ainda", Jorge Anzol (Jornal Página 20, de 12.07.08).

O que falar do grupo musical que foi coroado como a Melhor Banda Independente da Virada Cultural de São Paulo; de CD eleito pela revista Rolling Stones como um dos 25 melhores brasileiros de 2007; que levou o nome do Acre para os palcos dos Centros Culturais do Sesc-Pompéia, do Banco do Brasil, do Teatro do Itaú Cultural; e para tantos outros lugares, revistas, jornais...? Quem vai criticar um show dos Los Porongas, a banda que tanto enche os acreanos de orgulho?

Eu, eu vou. Porque o clima que existe é exatamente aquele de que não importa o que eles façam, eles podem e nós fãs, estaremos aplaudindo e vibrando com o coração muito satisfeito. Afinal, eles são os Los Porongas, uma banda acreana que nos trouxe conquistas inéditas. Para isso, claro, eles parecem seguir a receita direitinho. Pudera, com a experiência dos eventos culturais das terras paulistas, produzir um show de qualidade em Rio Branco e arrancar elogios por aqui não deve ser muito difícil.


“Los Porongas Convida” aconteceu no último sábado (12), no Teatro Plácido de Castro, o Teatrão. Era para ser o lançamento do DVD, mas por alguns imprevistos o lançamento foi adiado. O nome do show confundiu algumas pessoas, que pensaram se tratar de um show fechado, só para convidados. Depois de ser capa de todos os jornais locais do dia e da mobilização feita pela produção e amigos, era quase certeza que seria um grande evento. O palco com duas baterias, duas guitarras, as caixas, um piano, estava tudo ok... Epa! Peraí, duas baterias e um piano? É, algumas surpresas deveriam vir.

Com mais de cinqüenta minutos de atraso e depois de receber aquela salva de palmas da platéia num estilo: “olha, nós estamos aqui esperando...”, eis que entra no palco João Eduardo, Jorge Anzol, Márcio Magrão e por último, Diogo Soares. “Suspeito de Si” foi a escolhida para abrir o show. É aquela que diz: “destino clandestino, algum motivo reticente vai se revelar em aflição...”; logo seguida por "Lego de Palavras", a primeira música a chamar atenção da mídia especializada. Aqui, cabe um elogio ao backing vocal de João Eduardo (todo mundo sabe que um bom backing vocal faz uma grande diferença, e nesta canção, fez toda a diferença). “Tudo ao Contrário”, na seqüência, é com certeza a música que mais faz o público pular. Nessa hora, o Teatrão já não tava tão “ão”, e eram poucos os que continuavam sentados.

Era a vez de “Enquanto Uns Dormem” e lá estava Glauber, guitarrista da banda Nicles, assumindo as guitarras para uma participação especial. Para não deixar ninguém dormir, quem diria, uma grande surpresa: lá estava João Eduardo, tocando o piano de cauda do Teatrão. E aproveitou bem a oportunidade, como disse Diogo, “não é todo dia que se tem um piano num show”. O repertório seguiu com “O Escudo”, dessa vez sem o som de qualquer guitarra. É que João continuou no piano.

Na seqüência, um clima “Surreal” à capela e Aarão Prado é chamado ao palco. Ele canta “Como o Sol”, que precede à “Nada Além”. E depois a gente escuta um “Uau, que legal!”, é expressão de Edunira Assef, demonstrando como é dividir o palco com os Los Porongas, num show no Teatrão lotado, com gente sentada e gente colada no palco. O show prossegue com ela e Diogo cantando “Come Together”, uma canção de Lennon e McCartney. Com direito à dança sensual e a protesto contra o que parece estar “fora da ordem” (porque um bom evento artístico ou um bom show de rock deve ter lá um viés político... é dos ingredientes da receita). Além disso, fazer com que o público faça parte do show através de dinâmicas de “ooôôOOôôÔÔooOO...”, também é um ingrediente básico.

E o show segue com doses poéticas de existencialismo, até a hora de se levantar questões históricas, porque é difícil uma homenagem aos pioneiros do rock acreano não trazer resultados positivos. Estou falando da “prezeparticipação” especial de Hermógenes (ex-Capu), talvez um dos momentos mais esperados da noite. Hermógenes, com o seu trompete, simplesmente surge por trás da platéia e começa um show à parte. Ele sobe no palco e assume aquela outra bateria. E lá estávamos nós, diante dos Los Porongas com dois bateristas. Eles tocaram Metamorfose Ambulante, de Raul Seixas, e depois S.O.S, canção de Clenilson Batista e Clevisson Batista.

Alguém pode achar que o Teatrão não é um local adequado para show de rock. Mas, se a banda preza por uma produção de qualidade e precisa cobrar entrada, vai fazer o show onde? Aliás, depois do show no DCE da Ufac, onde o Diogo ficou sem voz e o Anzol, digamos assim, não teve desempenho tão bom quanto o de costume, eles precisavam se redimir. Com certeza, o local foi uma escolha justa. Shows de rock aqui não costumam ter uma produção tão boa quanto este. Até a iluminação, o jogo de luz e seus efeitos não foram feitos assim de qualquer modo, produtores acreanos devem se atentar mais a estes detalhes.


Gente de todos os jeitos, idades, gerações e estilos... Los Porongas faz todo mundo mexer o corpo, levantar o braço ou simplesmente bater com o pé no chão numa mesma sintonia. Mas isso somente nas canções que são possíveis seguir. Assumam comigo, há músicas dos Los Porongas que não são nada fáceis de dançar e que qualquer pulinho não se encaixa nas levadas.

De acordo com o roteiro, “Espelho de Narciso” finalizaria o show. Adicionar hinos do daime é algo impossível de não arrancar elogios. Mas não acabou por aí. Os garotos relembraram os tempos de DCE da Ufac, de Concha Acústica e de Ecos da Tribo com “Vovó Alice”, uma das primeiras músicas a chamar atenção do público rio-branquense. “Homem Amarelo” também entrou (cover de O Rappa, que fez Lucas Maná ser convidado a subir no palco) e, para fechar de verdade, “Zumbi e Chico”.

É certo que relembrar, dar uma nova roupagem às músicas e contar com participações especiais oferecem tons de novidade. Mas o repertório foi basicamente o mesmo desde quando a banda se mudou para São Paulo. Já era hora de novas composições, pelo menos umazinha que fosse. Reconhecemos que lá na grande cidade metropolitana não há Mercado do Bosque, Hélio Melo ou curva do Rio Acre... Mas deve haver outras coisas, eventos culturais que muito já ensinaram a estes garotos. Portanto, “avoem” Porongas e voltem com DVD – e novas poesias, se for possível.

Receita para um bom show de rock:

Inovar é sempre muito perigoso. É difícil fugir do que dá certo e ousar. Para não arriscar, existe uma fórmula básica para ter bons elogios e ficar longe da crítica ruim:

01 - Interação com outras bandas (por meio da participação especial de outros músicos, isso demonstra o sentimento de amizade e troca de experiências, todos olham de forma positiva);

02 - Valorização de outras manifestações da cultura local (adicionar hinos do daime, por exemplo. Quem é das comunidades se sente lisonjeado, e quem não é ou não conhece acha criativo);

03 - Fazer o público participar do show (todo bom show de rock – ou espetáculo teatral – usa dinâmicas de “oOoÔ” para brincar com a platéia);

04 - Cover de grandes ícones do rock’n’roll (Raul Seixas e Beatles é infalível, todo roqueiro que se preza gosta);

05 - Protesto político/social (é preciso ter cuidado com este para não parecer muito forçado, uma banda não pode ser apenas um grupo com musiquinhas legais, tem que ter atitude!);

06 - Relembrar (tocar músicas antigas, a nostalgia tem lá o seu glamour).

9 comentários:

  1. Anônimo1:54 PM

    Oi Gisele, primeiro gostaria de parabenizar vc e toda turma do grito Acreano, é fantástico ver uma galera escrevendo sobre musica no Acre.
    Apenas me permita fazer algumas considerações a respeito do seu texto.
    Fazer um show de qualidade em Rio Branco ao contrario do que vc acha, não é tão fácil, foram anos de bandas covers como Radicais livres(banda que eu participei)Stigma, TPM, e até as importadas do interior Paulista como a horripilante D3 , pra desenvolver no publico acreano um triste desinteresse por musicas que não tocam nas rádios. Acredite, mesmo para os Porongas que já gozam de um certo reconhecimento no estado, colocar cerca de 500 pessoas no teatrão pra ouvir uma banda Acreana tocar suas musicas ainda é uma tarefa difícil.
    Quanto ao show da UFAC, respeito a sua opinião sobre o meu desempenho como baterista, o que posso te dizer é que eu toquei com a mesma entrega e paixão empregada nos mais de 60 shows que fizemos ao longo destes 14 meses longe da nossa terra, entrega e paixão estas também empregadas nos shows que eu fiz ao ao longo dos meus vinte anos de carreira no DCE, Cine Recreio, Terreirão do rock, Teatro de Arena do SESC, Xapuri, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Plácido de Castro, Praças, ruas, e até mesmo as festinhas que a gente fazía na casa do Alesandro transformadas em pequenos festivais.
    Alem da entrega e paixão do show do DCE , também tive disposição pra carregar todo o meu equipamento nas costas depois da apresentação, quando vc e o publico já tinham ido embora.
    Em relação a receita, te agradeço, mas não vou aceita la, por um motivo simples, nos nunca seguimos receita nenhuma, talvez este seja um dos motivos do sucesso?(esse termo me incomoda) dos Porongas.
    Não seguimos receitas quando nos encontramos pela primeira vez numa sala apertada do Centro Cultural do Tucumã cinco anos atrás.
    Não seguimos receitas quando resolvemos criar o Ecos da Tribo.
    Não seguimos receitas quando deixamos nossos empregos, nossa famílias, amigos e amores pra viver de musica em São Paulo.
    Portanto, seguir receitas não faz parte da postura dos Porongas.
    Queria muito que vc acreditasse na sinceridade do solo do Hermogenes, No desabafo do Diogo, Na felicidade do João em tocar o piano, na nossa satisfação em receber todos os convidados, no abraço e no choro entre dois bateristas que se admiram, por que naquela noite de sábado lá no palco do teatrão Gisele, mais uma vez os Porongas não seguiram receitas, seguiram os seus valores, seus sonhos e seus corações.
    Um bjo grande e viva a musica!
    Sempre!

    Jorge Anzol.

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  2. Anônimo2:07 PM

    Giselle, quando você perguntou ontem se eu tinha alguma crítica em relação ao show, eu respondi que não. E, lendo o seu relato e o do Helder, continuo não tendo. Eu, como fã da banda, tenho a mesma bronca de vocês: também espero ouvir músicas novas. Também acho que o repertório já deveria ter ao menos mais uma nova canção. A questão é que, sobre o show, pelo que li, realmente existem pouquíssimas críticas, talvez apenas alguns detalhes, o que é natural, já que não esperamos apresentações completamente perfeitas. O que está sendo criticado aqui, principalmente, é o repertório.

    Pra uma amiga, que nunca tinha ido à um show da banda, aquele foi um dos melhores shows que ela já assistiu. E, pra mim, supreendentemente, também. Eu, que já vi inúmeros shows da banda. Que já assisti apresentações de grandes bandas independentes nacionais e internacionais. Coloco, sinceramente, o show de sábado lado a lado com os melhores que já presenciei. Certamente minha amiga teve mais surpresas do que eu. Mas o show de sábado, ainda que a crítica sobre o repertório seja totalmente válida, foi brilhante em sua execução. E não se pode tirar o mérito de todos que o realizaram pela ausência de novas composições.

    Ah, na receita pra um bom show de rock, faltou um ingrediente essencial: a banda ser boa. Se não for, o resto pouco importa. Não nos faltam exemplos pra constatar isso.

    obs: em críticas como a da última frase, onde não cito a banda x ou y, eu uso o método da Carapuça. É válida pra quem quiser vestir - e não falta quem queira.

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  3. outro ingrediente para o sucesso é: Tenha coragem de vender a sua mãe caso ela valha de alguma coisa.
    :P

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  4. Só mesmo a Gisa pra fazer uma receita bem-humorada como essa... Heheheheh

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  5. Gisele, adorei o texto! Muito bem escrito e pontuado! Mas como sou da banda, vou ter que me manifestar...rsrsrs!
    É completamente plausível o fato dos fãs mais exigentes estarem afim de ouvir algo novo, também sou assim com as bandas que gosto. No mês passado, fiquei que nem um locou na internet atrás de ouvir as novas do Coldplay.. E olha que os caras demoraram três anos para lançá-las! Falando em longos períodos, dia desses vi um show na TV, "Titãs e Paralamas ao vivo", e lá estavam eles, entoando as mesmas canções de 25 anos de carreira. E estava lotado. E foi emocionante. E possivelmente tinham novos fãs adolescentes por ali assitindo-os pela primeira vez. Estamos falando aqui de "25 anos". Não fazem 18 meses que lançamos esse álbum, estamos num processo de mostrá-lo para um Brasil que mal sabe quem somos, não achas muito cedo para rotular tudo isso como "mais do mesmo"? Eu, que costumo ser o mais chato com relação aos shows, com a qualidade e tals, me senti num dos melhores shows que já fiz...portanto, para mim, foi longe de ser o mais do mesmo..
    Com relação às receitas, estou com o Anzol, isso é uma coisa que não faz parte do nosso jeito de ser - mesmo!
    No mês passado, estava com o Glauber no MSN, e ele tava me mostrando umas versões que ele tinha gravado em casa para "Enquanto Uns Dormem". Ouvi, lembrei dos tempos em que ele ia nos nossos ensaios, fiz um paralelo com o exímio guitarrista que ele é hoje, e me veio à cabeça: "Puxa, ele podia fazer 'Enquanto' com a gente!". E isso está longe de ser apenas "receita", a coisa bate em nossos corações e a gente vai e faz. E é assim com tudo, os shows, os improvisos, as músicas. O lance da Edunira foi idéia da minha mãe, o Hermógenes, nem precisa comentar. Sobre o Lucas, nem eu vi o Diogo chamando ele prá subir no palco, ele teve aquela idéia na hora. Estaríamos ali, na hora do show, seguindo uma receita? Acredito que não... fazemos aquilo que bate à cabeça, e ultimamente, vem dando muito certo!

    *só mais um ponto: em alguns posts, percebi um certo rancor do amigo Adaildo em suas colocações. Sinceramente, não me lembro de ter dado motivos para isso. Só queria que ele soubesse que aquela mágica que rolava no surgimento de nossas canções, que ele mesmo acompanhou nos ensaios, existe e ainda é a mesma. Todas as vezes que nos reunimos em SP para criarmos algo novo, ela estava lá presente, com a mesma força, vieram idéias tão legais como as coisas que já fizemos. A única diferença é que aqui, depois dos ensaios, voltávamos para nossas casas, e nossos carros, encontávamos nossas namoradas e no dia seguinte íamos para nossos empregos tranquilamente,
    assoviando a nova canção. Hoje, depois de um ensaio desses, pagamos
    os R$ 60,00 das duas horas gastas no estúdio, chegamos em casa e colocamos a cabeça em nossos solitários travesseiros para pensar na estratégia do dia seguinte. Prá isso sim, existe receita, mas aí já é outra história, estamos falando de sustento e sobrevivência, pois a música agora é a nossa forma de vida!

    e as canções novas virão, podem aguardar...

    João Eduardo

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  6. Anônimo2:22 AM

    Boa resposta do João. Critica pra evoluir. Recalques pra denegrir.

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  7. Anônimo9:40 AM

    queremos a Teu Pai!

    bate \o/

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  8. Puts, ultimamente tenho acompanhado alguns posts do grito, em especial(claro) os que me chamam atenção. Acho massa tbm o lance das resenhas sobre música, respeito a opinião de todos que aqui postam e que aqui comentam desde que assinem em baixo ao invés dessa galera anônima que não põe a cara à tapa, com seus comentários ridículos. Continuando... (EU) Acho tbm uma forma precipitada e pessimista de ver as coisas quando se fala de "mais do mesmo" Los Porongas é uma Banda com muita atitude, até mais do que muitas outras já consagradas... Lançaram o album selo do "grande F" à tão pouco tempo... Acho fundamental uma banda rodar com um trablho concreto (CD na mão), por um bom tempo, levando em consideração a estrutura que uma cena independente (a nossa "tal cena") que está consolidada e em busca de fortalecimento. Sei que os porongas tem músicas novas, posso afirmar pra vcs, mas não está na hora de mostrar. Assim como muitas Bandas Internacionais fazem. Circulam conforme um trabalho todo é finalizado, a mídia cria espectativa, daí vem as críticas, as resenhas e tal... tudo sobre o trabalho/conjunto/CD. Eu venho pensando assim ultimamente, não acho tão legal fazer uma música hj e no show da semana que vem já mostrar. Acho massa a iniciativa da camundogs que está com 13 músicas inéditas pronta pra gravar ou já em gravação (não sei bem esse detalhe), mas quanto a idéia, eu aprovo. Espero ver um show novo, um novo discurso e novas atitudes dando um novo ar ao trabalho. O show Porongas Convida não foi divulgado que seria algo novo e sim o termo "convida", o que seria o novo. As mesmas músicas com arranjos diferentes, improvisos, novas passagens, inspiração que eu como critico/guitarrista adimiro e me pergunto. "De onde o João tira essas idéias?". É preciso ter muita sensibilidade pra fazer igual aos porongas, não basta receita. Lembro que no dia em que conheci o diogo e comentei sobre o joão que era um bom guitarrista ele me respondeu em poucas palavras que lembro até hj: "O João tem uma alma impressionante", esses dias ouvi de quem é fã de Beatles, dizer: "O joão é um Beatles todinho, até em estilo". Fazer música com a alma tem sido o meu foco. Espero que seja assim as futuras críricas à Nicles. hahaha
    No mais, é isso quero parabenizar ao Grito acreano pelo propósito, e desejo crescimento.

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  9. AH! Tava relendo meu comentário e quero acrescentar...
    É massa a banda Lançar uma música nova... Os fãs estão sempre a espera.
    Mas ainda sou a favor do modo tradicional de divulgação de um trabalho. Incentiva o artista a se preparar pra apresentar algo novo... novas músicas-novo show-nova produção. E isso vale apena ir construindo um novo trabalho paralelo ao trabalho atual. Pensando grande, o Radiohead como uma banda grande, registra suas idéias de uma forma convencional, e quando atinge um determinado volume, se isolam pra trabalhar o novo álbum, criando espectiva no mundo todo. A quipe de produção da banda juntamente com a banda planejam após tudo pronto, a estrutura do show... Que no caso se torna um espetáculo. Claro que é um pouco longe de uma realidade pras Bandas que nascem aqui, mas sou otimista e acredito que isso pode ser feito.
    Assim acontecendo, a mídia local especialisada nesse contexto tbm muda a forma de ver as coisas... e fica até mais interessante. É bem por aí que segue meu pensamento... Agente pode ir trocando idéias ao longo dos Tópicos... mas tudo na PAz...
    Abração a todos... o/
    Jansen!

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