domingo, outubro 21, 2007

Eu, eu mesma, e algumas bandas do Varadouro*

E vou logo avisando: eu sou chata mesmo. Portanto, vou ser curta, grossa e objetiva: duas bandas me chamaram a atenção mais do que o costume, e eu vou pagar pau pra elas: Lord Crossroad (MT) e Mr. Jungle (RR).

Com a primeira, aconteceu mais ou menos assim: eu estava lá, andando, batendo um papo furado, mascando um chiclete já sem gosto... E então o show deles começa e eu penso: ‘hum, legal’! E o show continua e eu continuo de papo pro ar. Mas não demora muito pra eu aproximar do palco e prestar mais atenção. Pouco depois, eu já tinha soltado os braços, estava mexendo os ombros e batendo, discretamente, com o pé no chão no ritmo da bateria.


Já tinha escutado Lord Crossroad pela internet e já tinha me surpreendido, porque pelo nome eu esperava uma outra coisa (não me pergunte o quê). Após o show, troquei umas palavrinhas com os integrantes e ganhei um CD. Não sou lá uma ‘expert’ em definições de estilo (não defino nem o som da minha própria banda, mas vamos lá). Não sei o que os rapazes da Lord C. costumam ouvir, mas me deixaram sensação de alguma influência – mesmo que discreta – de alguma vertente do metal em certas as músicas. Influências fortíssimas de blues e hard. Em certo momento, me lembrou Chico Cezar, incluindo um grau ou algumas passagens regionalistas (nas letras e em determinadas levadas).

Mr. Jungle eu já conhecia desde o Grito Rock em Vilhena. Acho que até meu pai iria gostar e se amarrar no show deles. Rock’n’Roll com todas as letras e jeitos e estilos e ares e acentos e vírgulas e.... enfim! Mr. Jungle não é indie, não é punk, não é nenhum tipo de ‘core’. Mr. Jungle é rock com aquele tom clássico. (e blues e hard também). Não vou falar mais porque só assisti ao início do show deles, infelizmente só pude ouvi-los durante a passagem de som da Blush, que tocou em seguida.

Lord Crossroad e Mr. Jungle são bandas pra assistir ao show, comprar um CD, ouvir e lembrar no outro dia. Fazem show com firmeza, mostrando que sabem muito bem o que os levaram até ali; tocam pra eles, pro público, pro rock! Investem num trabalho que passa longe do ‘a la MTV’ que tem dominado as bandinhas atualmente. Reconheço que é muito fácil falar em investimentos num trabalho diferenciado, o difícil é encontrar realmente a autenticidade e originalidade, e no meio disso, é muito fácil também cair no caldeirão das bandas cujo show trás a impressão de que cada passo é planejado, assim como cada fio de cabelo ou cada amarrotado da roupa.

Outra banda que não vou esquecer que vi é a ‘Quarto das Cinzas’ (CE), eles levaram pro palco um clima que eu realmente não sei descrever. Quanto às bandas acreanas, eu sou suspeita pra falar, mas acredito que o Acre mostrou o que devia. E pra não dizer que não falei das flores: banda Nicles detonou! Aquele vocalista lá... Minha nossa! x)

*Isso não é resenha, nem matéria, nem crônica, nem sei o quê... É apenas um texto que eu acordei com vontade de escrevê!

(Foto 1: Lord. C., por Talita Oliveira; Foto 2: Mr. J, por Nattércia - Deda)

9 comentários:

  1. Anônimo10:06 PM

    Apesar de que gosto é que nem nariz cada um tem o seu, seus comentários minha cara,
    inerentes às duas bandas que realmente tiveram apresentações marcantes, são mais que justos, mas não poderia deixar de dar ênfase às bandas do Estado, blush por exemplo, los porongas nem precisa falar, nicles dentro da sua proposta musical, survive com todo o peso do metalcore. Enfim, longe de mim querer ser crítico musical, todavia, tive várias decepções quanto a algumas bandas de fora, contudo, o festival terminou em grande estilo com a banda dos nossos hermanos peruanos e acima de tudo com saldo positivo.

    Vida longa ao rock e que venha o varadouro 2008.

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  2. Legal o que vc escreveu, de veras tem banda que de alguma forma faz a gente mecher o pezinho e curti o som, no geral o varadouro foi bem massa, e eu fiquei até surpresa, com a apresentação de algumas bandas, quanto as bandas do Acre, foram todas com qualidade pro palco, o que gosto das bandas daqui, é que elas tem uma personalidde marcante e única...

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  3. Justamente as que eu gostei...
    Além do mais, eu adoro 'croissant' rs
    E nessa história toda e ainda não sei que identidade assumir: Nattércia ou Deda
    E ainda sou sugestível :P

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  4. Ah. Bom, eu vou me abster de comentários musicais, por enquanto. Vamos falar de coisas mais importantes pra cena independente: pra quem viu a sexy vocalista da Madame Saatan e suas poses provocantes, ver este barrigudo com essa calça bizarra no dia seguinte foi um pesadelo.

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  5. Anônimo5:49 PM

    Ou resenha ou matéria ou crônica ou esse seu "sei lá o quê", tá perfeito! Td bem 'caracterizado'. Ou quase td, né!? Afinal, só faltou o "Quarto das Cinzas"! Que, com sua licença, o 'caracterizaria' como uma banda com um 'quê' de regionalismo e um lance bem zen, bem energia positiva! Fiquei amarradão na Banda! Vida longa!

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  6. Vida longa à vocalista, né?
    \o/

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  7. Anônimo12:25 PM

    porra caralho! como a mr jungle te chamou a atenção se vc nem viu o show? porra caralho!

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  8. Eu vi o começo do show deles. E já conhecia o som da banda. E, enquanto a blush se arrumava lá no outro palco, dava de ouvir o show deles, ver e sentir a vibração da platéia..

    algumas coisas boas são fáceis de perceber q são ou foram boas.. depende da percepção..

    =)

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