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terça-feira, outubro 16, 2007

Marlton, a crença naquilo que é impossivel.


Estava pensando em escrever um texto sem utilizar o termo "TPV", mas ultimamente não tem nada que conceitue melhor todo e qualquer sentimento em relação ao Varadouro, se não a palavra "tensão". Seja ela boa ou ruim, o fato é que caiu a ficha de todo mundo que tá trabalhando pra levar isso adiante: bandas, organização, entusiastas e o que mais possa ser associado. Uma coisa é saber como funciona, outra (bem mais difícil, diga-se de passagem) é fazer funcionar corretamente.

Entrando no mundinho da minha banda, fomos convidados para tocar no Festival, mas não lembro por quem e nem onde. De vez em quando chegava alguém pra mim, falando "Ei, vocês estão no Varadouro... Né!?", mas eu não sabia se era uma pergunta ou afirmação. Então pairou a dúvida do "vamos/não vamos" por um tempinho. E um tempinho antes desse tempinho, a banda já vinha sofrendo da síndrome da estagnação e precisava de um remédio eficaz (uma bala 7Belo pra quem acertar o nome do remédio).

O chato mesmo é termos que lidar, assim como várias outras bandas, com a frustração de não poder dedicar-se única e exclusivamente à mesma, afinal, há vontade de viver de música, mas a realidade ainda difere do anseio.

O tempo é escasso, os horários vagos são reduzidos por desentendimentos e conflitos de idéias, a falta de dinheiro está sempre rindo da nossa cara e tentando carregar as oportunidades para além do nosso alcance e a irresponsabilidade e falta de vínculo, a essa altura do campeonato ainda é presente em membros da banda (e olha que lidar com gente é uma arte à parte). Então por que continuar, se tudo parece conspirar contra nós? Crença.

Um dia desses, o Aarão me falou: "Os primeiros a ter de acreditar nas músicas de vocês, são vocês mesmos". E é bem verdade: música bem executada sempre irá agradar a alguém, por mais duro que seja ensaiar, gastar grana, brigar, pensar em desistir, etc. A música pode não ter um quê de poesia, pode não mudar a vida de quem ouve, a cada frase proferida, mas uma boa execução com um sorriso no rosto faz bem a qualquer ouvido, olho e mente aberta. E o segredo disso tudo é a crença musical e a humildade de saber ouvir toda crítica construtiva como uma crítica construtiva, filtrando o que chega de real má fé.

Então, adotamos a política: não argumente, mostre. E isso deve-se em grande parte à expectativa e a vontade de "não fazer feio" em torno do Varadouro e sua magnitude musical. Magnitude esta que, infelizmente, não é tão reconhecida aqui na cidade.

É uma pena ouvir acreanos (engajados ou não à cena) se questionando sobre o conceito de Festival Varadouro, enquanto em outros estados sua importância inquestionável o torna uma referência grandiosa.

Se todos soubessem a quantidade de pessoas que têm vontade de assistir e de bandas que anseiam por uma participação, teriam pelo menos a sábia curiosidade de prestigiar a movimentação "independente" (em aspas por precisarmos de apoio, é claro) que tornou o festival o que ele é.

E graças ao que ele é hoje, o número de pessoas envolvidas vonluntariamente é maior e mais qualitativo. A força de vontade impera. E entre problemas intermináveis e soluções "meia-boca", o sentimento de que tudo, no final das contas, dará certo se confunde com o medo e a tensão (ela mesmo! lembra?) por conta de possíveis males que possam atingir o bom funcionamento do 'todo'. Mas afinal, não seria grande e nem teria graça se fosse fácil, concorda?

Rodrigo Oliveira é guitarrista da Marlton, e tira uma onda de estudante de publicidade nas horas vagas. Assim como os seus riffs de guitarras seus comentários são precisos e afinados afiados.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Momento Blush: O momento mais azul da banda.


Depois da satisfação de saber que íamos tocar no maior evento de música do Acre, o Varadouro, um dos festivais mais conceituados da região Norte, entramos verdadeiramente em uma outra vibe.

Na “pilha”, tivemos problemas com o tempo para ensaio, então passamos a ensaiar pela parte da manhã, nenhuma negatividade, apenas a vontade de se entregar por inteiro nessa faze azul que bateu na porta.

Decidimos gravar uma DEMO com nossas músicas mais novas: Amargo Perfume – Letra de Giselle Lucena e Abraços de Monstros Caídos – Poema de Walquíria Raizer, assim já poderíamos mostrar nosso trabalho e o nosso evidente amadurecimento musical no festival.

Caracterizados pelo clima Varadouro, ontem, pela parte da manhã mesmo com alguns atrasos, fizemos nosso ensaio fotográfico para a divulgação da banda no festival, feito por: Nattércia Damasceno e Talita Oliveira, na Usina das Artes João Donato, foi muito legal!

Na correria pra gravar a DEMO, saímos da Usina, almoçamos e fomos para o Big Heads Estúdio, para começar. Estávamos na companhia de José Risley, Tiagô Mello(Filomedusa), Talita Oliveira e João Eduardo(Los Porongas). Enquanto João Eduardo assume a “direção”, Kaline se prepara na bateria e 1, 2, 3...gravandô!

O que eu posso dizer é que a imagem que tínhamos de gravação em estúdio, era outra completamente diferente e que não podemos fazer comparações de qualidade. Foi nítida a harmonia e a satisfação da banda enquanto as gravações, falo por mim, que cantei com a alma e com sede de cada nota do baixo e da guitarra e com sede de cada “tupá tum tum” da bateria, tudo bem que as luzes apagadas ajudaram bastante, mas pude sentir a essência, o sentimento de realização que é indescritível; e isso eu já posso falar pela banda.

Saímos do estúdio banhados de motivação e satisfeitos com o pré-resultado, pois o trabalho ainda não está terminado.

Nós agradecemos a todos os que colaboraram, José Risley, Tiagô Mello, Talita Oliveira, Nattércia Damasceno e João Eduardo. E também agradecemos ao Adaildo Neto e ao Ítalo Rocha, que colaboraram com a Arte da capa da DEMO.

Escrito por Irla Narel, vocalista da Blush Azul, está sofrendo de TPV aguda e veio aqui dar o seu depoimento e mostrar que é possivel superar essa nova síndrome deste pequeno mundo moderno.