No segundo dia, foi tudo muito calmo pra chegar ao festival. Apesar da van estar lotada de headbangers, foi tudo muito bom. Os tiozinhos eram bem simpáticos.
Já começa com Rabujos (PE), da cena hardcore underground de Recife, fala muito de problemas sociais e política. É uma banda que não deixa nada a desejar em relação às outras bandas de hardcore de maior nome.
Na sequência, Mechanics (GO) vem com aquela mania goiana de cantar em inglês. Compreensível, afinal é difícil alguem cantar metal bem em português. Um show insano e bem "true rock'n roll".Fiddy (PE) é uma coisa bem difícil de definir. São 9 pessoas na banda. Vamos contar, dois microfones, uma bateria, um teclado, duas guitarras, um baixo e percussão. Contaram? Poisé, 8 instrumentos pra 9 pessoas. Que fazer então? Revezar. Os guitarristas revezam sempre com que está sobrando, e esse apenas dança. New Metal avacalhado. Algo do tipo Ultimato + Porcas Borboletas.
Korzus (SP), primeira grande atração da noite, levou todo mundo a balançar as cabeças com seu trash metal. Mostrou que apesar do "anonimato" (a banda tem 21 anos de estrada) tem um ótimo público fiel. Ficou meio estranho a alternação das bandas a partir
daqui. Depois de Korzus (trash metal), Dance of Days (SP) que é emocore. Pois bem, DoD se apresentou para uma pequena parcela de fãs. Poucos mas muito entusiasmados.
Já não fosse estranho misturar Korzus e DoD, Ratos de Porão dá seqüência ao festival. João Gordo continua com sua postura "irreverente". Falou dos emos, pra variar, e mandou todo mundo tomar no cú.
Udora (MG) continua o festival. A banda, que morou muito tempo nos EUA, tenta mostrar sua "nova" música em português. Algo puxado também pro emocore. Fãs mais antigos juram que a fase "americana" da banda é melhor do que a atual.
O grande show do festival (para mim) começa, provocando todos aqueles que acham que música precisa de mais de quatro acordes. Tequila Baby (RS) deixa bem claro que "punk rock is not dead". E como isso já não fosse o bastante, eles tem algo a mais.
Tem um convidado especial, Mr. Marky Ramone. A partir daí você se sente num show dos Ramones. Exagero? Nem tanto, Marky num toca no Tequila à toa não. A banda realmente lembra, e muito, os Ramones. Então agora eu digo, já fui num show do Mutantes, e num semi-show dos Ramones. Muito bom pra um fã do punk rock!
Lembram do que fizeram com o Moptop? Pois fizeram o mesmo com Carbona (SP), seu punk rock californiano não durou 30min em cima do palco. Pouca gente vendo o show. Por isso que eu acho que banda famosa em festival faz diferença na arrecadação, mas não na divulgação de bandas menores. Só vai ver quem conhece mesmo.
Pois bem, pra fechar a noite, Sepultura. Daí num preciso dizer muita coisa. Não é algo que me agrada. Mas deu muita, muita gente.Assim ficou resumido o festival. Dois dias de puro Rock. O domingo, que não estive presente, teria atrações como Mestres do Forró, Orquestra Contemporânea de Olinda e Lee "Scratch" Perry. Forró e sinfonia num festival de rock? Vai entender...