quarta-feira, dezembro 31, 2008
terça-feira, dezembro 30, 2008
Os 10 Melhores Filmes de 2008 que você NÃO assistiu
Ainda assim, o cinema não enfraqueceu em 2008. Pelo contrário, talvez seja o público que não mudou. As ramificações do cinema cresceram. Festivais internacionais grandes perderam força em detrimento de festivais de porte médio, com apresentação de produções artísticas impecáveis e idéias originais com baixo orçamento e feitos na base de muita luta e suor. No Brasil, Tropa de Elite pode ter sido o filme do ano, mas poucos são aqueles que conhecem os grandes curta-metragens, como o vencedor do festival do Youtube Project Direct, Laços, ou o vencedor do Teddy de melhor curta metragem, Tá.
Com base no cinema de qualidade que pouco repercute nas massas, trago para vocês uma lista com os 10 melhores filmes de 2008 que você NÃO assistiu. Uma forma diferente de divulgar obras cinematográficas que não devem deixar de ser assistidas pelos amantes do cinema, ou por quem simplesmente curte algo fora dos padrões assim como os conhecemos.
Obs: nem todos os filmes citados foram produzidos e lançados em seus países de origem em 2008, mas a repercussão internacional e principalmente dentro do Brasil, foi esse ano.
10º Lugar – The Science of Sleep (A Ciência do Sono)
Do mesmo diretor do aclamado Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Michel Gondry, recebeu críticas bastantes pesadas junto ao lançamento. Eu entendo, afinal, Brilho Eterno é beira a perfeição além de sucesso total, o que causou uma expectativa grande junto a The Science. A trama gira em torno de Stephane (Gael García Bernal) um jovem que sofre de um distúrbio entre realidade e fantasia, pois seus sonhos passam a se confundir e alterar sua realidade. Sua vida real é frustrante, mas em seus sonhos, ele se torna um apresentador de TV que explica como funciona sua “ciência do sono”. Stephane tenta viver um romance com Stephanie (Charlotte Gainsbourg), sua vizinha, mas ela não esta disposta a encarar alguém como ele. O filme começa complicado e com narrativa estranha, mas depois a coisa flui bem e seus diálogos se tornam ásperos e bem situados. É um filme doce, cheio de ótimos efeitos especiais, que mistura romance e conto de fadas, além de inteligência e questionamentos internos. Não chega aos pés de Brilho Eterno, mas ainda assim recomendo.
9º Lugar – Rec (Rec)
O espanhol Rec foi um dos maiores destaques mundiais do terror nos festivais internacionais. O filme pega um elemento clássico dos filmes de terror, zumbis, e mistura com A Bruxa de Blair. O resultado é um filme assombroso e assustador até para os mais acostumados com violência na tela. Angela (Manuela Velasco) é apresentadora do programa Enquanto Você Dorme, ela vai gravar uma matéria sobre o dia a dia dos bombeiros com seu cinegrafista Pablo (Pablo Rosso). Ao contrário do que se pensava, o dia a dia dos bombeiros é um saco, Ângela se frustra, até atender uma emergência num prédio, uma senhora idosa causando problemas, ao chegar lá a idosa ataca mortalmente um policial, o prédio é colocado em quarentena, todos os moradores entram em desespero e o inferno começa. Com ótimas atuações e uma trama muito interessante mesmo usando o convencional, Rec foi uma grata surpresa para fãs de filmes de terror.
8º Lugar – Savage Grace (Pecados Inocentes)
Intrigante, excitante e nauseante. As melhores palavras para definir Savage Grace. É difícil explicar sua trama. Somos bombardeados primeiramente por um classicismo cercado de bom gosto, requinte, glamour e ostentação, mas logo tudo isso se mostra palco para uma trama doentia e bizarra de uma família decadente e extremamente auto destrutiva. Bárbara (Julianne Moore em seu mais incrível desempenho) e Brooks (Stephen Dillane) são ricos e estonteantes, freqüentam a alta sociedade, mas em quatro paredes ele a despreza e ela só tem atenção para o filho Tony (Eddie Redmayne). Ao longo do tempo vão se mudando de Nova York para Paris, de Paris para os balneários espanhóis, da Espanha para a Inglaterra. Em meio a tudo isso temos traição, separação, homossexualidade, sexo a três, incesto e, claro, morte. Tudo isso baseado em uma incrível história real. Um filme de época moderno e com ótima trilha sonora.
7º Lugar – Chinjeolhan geumjassi (Lady Vingança)
Só uma coisa pra simplificar o quanto esse filme é bom: é do mesmo diretor de Old Boy. Lady Vingança finaliza a chamada trilogia da vingança (Old Boy é o segundo, Mister Vingança o primeiro). Não espere a mesma frieza horripilante do primeiro, ou a violência excessiva e cativante do segundo, Lady transforma a vingança em um conceito de valores e arte. Geum-já passou os últimos treze anos na cadeia por um crime que não cometeu, matar uma criança, ela passa esse tempo todo planejando como só uma mulher seria capaz, a vingança que realizará. Desde a arma que usará ate as pessoas que manipulará. Porém, diferente dos homens loucos por vingança e sangue, Geum-já não quer só vingança, quer redenção. A direção artística desse filme e sua fotografia são estonteantes, um show a parte vindo da Coréia do Sul. A trama, cheia de reviravoltas também é ótima. E não se engane com as cores e a beleza, a frieza e a crueldade sempre farão parte da vingança, ainda mais a vingança de uma mulher.
6º Lugar – Funny Games (Violência Gratuita)
É um remake. Quadro a quadro. Idêntico ao filme original. A única coisa que muda são os atores, um pouquinho da trilha sonora, até a casa parece a mesma. Aliás, os atores são justamente o problema, Naomi Watts (que eu não consigo ver além de King Kong), Tim Roth (decadente antes mesmo da violência começar) e Michael Pitti (insuportável, o que é bom e ruim ao mesmo tempo para seu papel de maníaco doentio com bons modos). A história é a mesma de dez anos atrás: família feliz vai pra casa de campo, o vizinho pede ovos, o vizinho espanca o vizinho, seqüestra a família dentro da própria casa e começa uma tortura física e psicológica angustiante e tenebrosa. O filme é um exercício de cinema. E uma interessante discussão do papel e dos limites da ficção, da cumplicidade do espectador. Inclusive, no final do filme, os personagens discutem textualmente sobre a ficção como um correspondente do real. Merece mais um remake daqui a 10 anos.
5º Lugar – Diary of the Deads (Diário dos Mortos)
Quem não conhece George Romero, deveria ir atrás dele na Wikipedia agora. Ele só é o responsável pelos filmes de zumbis como eles são. Tipos como Extermínio e Resident Evil são praticamente filhos bastardos dele. Diário dos Mortos faz parte de seus filhos assumidos. E ao contrário do chatinho Terra dos Mortos, Diário dos Mortos é realmente muito bom. Romero nunca utiliza zumbis para mostrar em tela sangue e carnificina sem sentido, e sim criticar a sociedade e seus valores de alienação, consumo, preconceitos e ignorância. No filme, um grupo de estudantes de cinema é informado que o mundo esta tomado por zumbis durante a gravação de uma ficção de terror no meio da floresta. No caminho para tentar se manter seguros e vivos, os jovens resolvem fazer um documentário sobre o evento. Cheio de reviravoltas e um final triste e bastante questionador como todo o filme de Romero é. Diário usa de elementos modernos e um elenco jovem e talentoso.
4º Lugar – Zombie Strippers (Zombie Strippers)
Ok, mais um filme de zumbis. Mas esse é muito diferente, galera, então presta atenção um pouquinho. Zombie Strippers é um filme tosco, roteiro doido, super anos 70. E se torna um filme muito bom exatamente por isso. Zombie se passa alguns anos no futuro, quando George W. Bush é reeleito pela 4ª vez, sua filha faz parte do supremo, os EUA tem guerra com meio mundo e com a falta de soldados, é autorizada a pesquisa para se conseguir o soldado perfeito, um soro que no fim das contas traz os mortos de volta a vida. No laboratório o vírus sai de controle, e través de um recruta, vai parar num clube de strippers ilegal (a nudez é proibida pelo Supremo), porém, o efeito nas mulheres é diferente, e as gostosas strippers do local se tornam super-strippers, mas que nem por isso deixam de desejar carne. O lugar bomba e a grana entra, mas o caos começa a imperar total. Uma grande homenagem aos grandes filmes trash de terror. Destaque para a cena do confronto entre as zumbis boazudas e os soldados.
3º Lugar – Les Chansons d’Amour (As Canções de Amor)
Eu sinceramente havia perdido as esperanças com musicais. Ate ter assistido Les Chansons d’Amour. Cristophe Honoré enfatiza de uma forma que choca por ser tão introspectiva e ao mesmo tempo real, a dor e o recomeço. Temos nesse filme a complexidade do sentimento e a forma de se lidar com a dor. Não gostaria de falar da trama de Les Chansons d’Amour, pois não importa o quanto eu a exalte, vai lhe parecer simples. Temos um triângulo amoroso de jovens (Ismael, Julie e Alice), que se desfaz com a morte de Julie, o verdadeiro amor de Ismael. Logo, o filme passa a tratar da perda amorosa. Ismael vagueia sozinho em sua dor e em sua forma própria de lidar com ela, e acredite quando eu digo, é quase impossível não mergulhar junto com Ismael (o muito talentoso Louis Garrel) em seu sofrimento, exatamente por retratar tão bem como nos sentimos a perda de um amor. Ate que o sofrimento romântico de Ismael vai de encontro a um novo personagem, que lhe mostrará um recomeço e um outro caminho, sem precisar se desprender daquilo que ele já sentiu e viveu. Com musicas de Alex Beupain, não há estardalhaço ou coreografias, as doces musicas simplesmente transformam o diálogo em poesia. Um presente da nova Nouvelle Vague.
2º Lugar – Saibogujiman kwenchana (I’m a Cyborg, But That’s Ok)
Uma das experiências mais bizarras, divertidas, românticas, emocionantes e coloridas que você pode ter com um filme. É um filme feliz, mesmo que o tons sombrios percorram suas telas de vez em quando pra alimentar a trama com elementos desconhecidos. Sim, ainda são feitos muitos filmes bons tratando sobre a felicidade. Para quem gosta de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, este é bem parecido e muito diferente ao mesmo tempo. É um Amelie Poulain feito no manicômio. No filme, Cha é uma jovem internada num hospital psiquiátrico por achar que é um cyborg, ela recusa comida, preferindo apenas recarregar suas baterias imaginárias. A jovem também usa a dentadura da avó e se comunica com todos os aparelhos eletrônicos. No hospital, conhecemos vários personagens, loucos, cada um com sua mania, mas todos atormentados pelo intrigante e anti-social Park, que se considera capaz de roubar o dom das pessoas (e o pior é que os loucos acreditam que ele rouba mesmo). Cha e Park se envolvem num romance conturbado e lindo, mas a saúde dela só piora. Com um estilo impecavelmente cativante e visualmente fantástico, I’m a Cyborg é uma obra prima coreana. Os devaneios de Cha e Park são lindos, emocionantes e sangrentos e o final, junto a revelação do objetivo do cyborg Cha na Terra, é doce e dá uma sensação de tomar banho de chuva para depois ver o sol nascer.
1º Lugar – Blood Car (Carro a Sangue)
Eu só soube da existência desse filme quando li a programação do Cine Indie Circuito desse ano, que apresenta uma série de filmes bons e ruins. Só que Blood Car não é nem bom nem ruim, é genial. Num futuro próximo, a gasolina é um bem muito caro, caminhões pararam de rodar, a economia entrou em recessão. Quem tem carro é playboy e pega toda mulher que quiser. Archie é um jovem professor do ensino infantil numa escola pública de uma cidade pequena, é vegetariano e tenta fazer seu motor experimental funcionar com ervas daninhas, porém, num acidente, descobre que seu carro funciona muito bem a sangue. Archie se torna um dos poucos a dirigir um carro, atraindo a atenção da obcecada por sexo Denise. Mas como carros movidos a sangue não andam sozinhos, eles precisam de mais sangue. As sacadas de como o capitalismo, o poder, e o sexo destroem até o mais nobre dos homens são incríveis e de se mijar de rir. A cena de Archie matando agentes do governo enquanto esta imundo de sangue e indo em seguida para um restaurante comer carne crua gritando “I am vegan”, se torna um clássico. Blood Car é também uma ótima homenagem aos filmes grindhouse, ao trash, sua produção é agradável, mas você sente isso ao longe. A cena final é impactante e hilária.
segunda-feira, dezembro 29, 2008
Los Porongas é ovacionado pelo público acreano
A Usina de Arte João Donato ficou pequena diante do público que aguardava o lançamento do primeiro DVD da banda Los Porongas, no último sábado, 20. Cadeiras lotadas, muitas pessoas sentaram no chão ou ficaram de pé, mas nada disso foi problema diante da vontade de participar do que a banda classificou não como show, mas uma festa em comemoração a mais esta conquista profissional.
Na abertura, o make in off do DVD, foi exibido, diferente dos outros, este apresentou mais que a concepção e bastidores do trabalho, mas também a história da banda que, cada vez mais, conquista espaço no cenário da música independente no Brasil. Entre os comentários, o do governador Binho Marques, que diz ver na música dos Los Porongas, uma forte identidade acreana. O DVD foi lançado por meio do projeto "Toca Brasil", do Instituto Itaú Cultural.
A banda existe desde 2003, são mais de cinco anos de estrada, muitas histórias e desafios enfrentados, o maior deles até agora: deixar a casa, família, amigos, empregos e ir para a grande São Paulo. O objetivo tem sido alcançado, que é conquistar espaço em um meio tão competitivo que é o mercado fonográfico.
(Texto: Andréa Zílio / Foto: Val Fernandes)
domingo, dezembro 28, 2008
IV Show Cantos da Cidade
É o IV Show Cantos da Cidade, que acontece amanhã, 28 de dezembro, a partir das 18horas, no Calçadão do Mercado Velho.
Mapinguari Blues, Heloy de Castro, Kelen Mendes, Blush Azul, Grupo Roda de Samba, Silver Cry, Grupo Olho de Sogra, Danah Costa, Grupo Vertente, Nova Banda, e muito mais!!
Realização: Fundação Garibaldi Brasil e Conselho Municipal de Políticas Culturais.
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Um presente de final de ano
Aguardem. Novidades em breve.
quinta-feira, dezembro 18, 2008
segunda-feira, dezembro 15, 2008
Perspectivas 2009
Blogs:
- Algum blogueiro vai ganhar um quadro e/ou programa na TV;
Twitter:
- Ninguém vai descobrir para que ele serve;
Música:
- Haverá rumores de que a Mallu Magalhães tirou a virgindade do Marcelo Camello;
TV:
- Maísa vai se consagrar;
Cinema:
- Star Trek vai ser um tremendo sucesso;
Mídia:
- Dado Dolabella não será preso;
Futebol:
- O Flamengo será campeão carioca e vai iludir milhares de torcedores;
Mundinho frágil. Tão previsível quanto impressionante."
Palestra do Lama Tibetano
Você está convidado(a) para um encontro com Dzongsar Khyentse Rinpoche,
lama do Budismo Tibetano que proferirá uma palestra sobre O Caminho do Buddha,
no Teatro da Usina de Arte João Donato, dia 19 de dezembro de 2008, às 20 horas.
Dzongsar Khyentse Rinpoche, também conhecido como Khyentse Norbu, nasceu no Butão, em 1961, e foi reconhecido por S.S. Sakya Trizin como a terceira reencarnação de Jamyang Khyentse Wangpo, fundador da linhagem Khyentse, e como a reencarnação direta de Jamyang Khyentse Chökyi Lodrö. É um proeminente tulku (lama reencarnado) associado ao Mosteiro Dzongsar, em Derge, Tibete Oriental.
Recebeu iniciações e ensinamentos dos grandes lamas de sua época, incluindo Sua Santidade o Dalai Lama. Por pertencer à tradição Khyentse, que é não-sectária (Rime), recebeu ensinamentos de mestres das quatro principais escolas do budismo tibetano. Mais tarde, ingressou na Escola de Estudos Orientais e Africanos de Londres.
Desde muito jovem trabalha ativamente pela preservação dos ensinamentos budistas no mundo inteiro, sendo conhecido pela profundidade de seus conhecimentos, pelo colorido da sua expressão e por sua irreverência. Suas atividades incluem o estabelecimento de centros do Dharma na Austrália, Estados Unidos e Extremo Oriente, apoio a praticantes, publicação de livros e ensinamentos em todo o mundo. Em 1989, Dzongsar Khyentse Rinpoche fundou o Siddharta´s Intent, uma associação budista internacional de centros sem fins lucrativos, cujo principal objetivo é a preservação dos ensinamentos budistas, bem como a ampliação da compreensão dos muitos aspectos do Buddhadharma além dos limites das culturas e tradições. Em 2001, Rinpoche fundou a Khyentse Foundation, organização não-lucrativa com o objetivo de patrocinar instituições e indivíduos engajados na prática e no estudo da sabedoria e da compaixão do Sr. Buddha.
Além de ter sido treinado com todo o rigor da tradição do budismo tibetano,
também é escritor e diretor de cinema, tendo dirigido dois filmes, The Cup e Travellers and Magicians.
USINA DE ARTE JOÃO DONATO
Av. das Acácias, nº. 1 – Distrito Industrial – Telefone: 3229.6892
sexta-feira, dezembro 12, 2008
Ação Solidária
Os Alquimistas
O Palhukas – Espaço Alternativo traz o show Era Uma Vez no Casarão com Os Alquimistas. A idéia é relembrar a atmosfera de um dos espaços culturais históricos do Acre na década de 80, o Casarão, com os músicos João Veras (percussão), Heloy de Castro (violão e voz), Hermógenes Pereira (bateria) e Clévisson Batista (baixo). Além de composições próprias, também estarão presentes no repertório da banda grandes sucessos dos Beatles, Rolling Stones, Chico Buarque, Milton Nascimento dentre outros. O evento acontece nesta sexta-feira, 12, com repetição no sábado, 13, a partir das 20 horas. Entrada franca e cerveja a R$ 2,90.
Serviço: Rua Marechal Deodoro, 1163 – Centro – Bairro José Augusto – Ao lado da Dog Center e do Palhukas – Espaço Infantil. Tel.: (68) 3224-1446
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Bass Solo - Segredos da Improvisacao - Nico Assumpcao
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sábado, dezembro 06, 2008
Os Alquimistas: Era Uma Vez no Casarão
O Palhukas's Espaço Alternativo fica na Rua Mal. Deodoro, 1163 - José Augusto (ao lado da Dog Center e do Palhuka's Espaço Infantil).
sexta-feira, dezembro 05, 2008
Espetáculo de Dança
Serviço: Teatro Plácido de Castro - Avenida Getulio Vargas - Bosque - Mais informações (68) 3212 2815/ www.ac.sesc.com.br
Os outros signos que se cuidem porque os sagitarianos estão em festa!
A pajelança acontece neste sábado, dia 6, no Costa Verde, en el restaurante de nuestros compas peruanos, localizado no bairro Cadeia Velha*, a partir das 22 horas.
Instruções básicas:
1) Leve seu corpo e sua carteira, pois serão vendidas bebidas brasileiras e petiscos peruanos no local
2) A entrada é gratuita
3) Só convide pessoas do bem
4) Venha com disposição: não será vendido arrebite!
PARCERIAS:
Cooperativa de Festas de Rio Branco
Restaurante Costa Verde
VIVA LA INTEGRACIÓN LATINO-AMERICANA!
* Para quem não sabe, o distinto estabelecimento fica na rua que beira o nosso Rio Acre, atrás do Mercado Municipal, a mesmo do Varejão Popular.
[Convite recebido por e-mail]
Ac. Music & Tec
Acontece amanhã, dia 06, o terceiro Ac. Music & Tec. O evento ocorrerá a partir das 18h, no cinema do Sesc, voltado para toda a sociedade acreana, principalmente, para aqueles interessados nas novidades que aliam música e tecnologia, expostas por vários trabalhos e palestrantes.
Um dos exemplos é a palestra do analista de sistemas, Flávio Miranda, que demonstrará um sistema que cria pautas e a partir dele é convertido a um arquivo universal, que pode ser utilizado na maioria dos aparelhos digitais.
Bazar Catraia
Serviço: Tentamen - Rua Plácido de Castro, 269 – 2º Distrito – Tel.: 3223-3680
Mais dicas do que fazer no final de semana?
Então clica aqui
Existe uma maneira de transformar o livro que você está lendo no último álbum da sua banda favorita?
Quando eu era criança ainda via pessoas lendo no ônibus, hoje, a não ser que eu pegue o UFAC em dia de prova, dificilmente alguém esta lendo algo que não sejam aquelas xérox mal batidas dos livros que vão cair. Com tantos leques da cultura pop abertos e fáceis de se conseguir, fica simplesmente difícil você parar e simplesmente ler por... prazer. A literatura sobrevive por ser uma eterna arte de reinvenção. Acho que os livros não vão acabar nunca. Exatamente por isso. O livro é um objeto clássico que está em constante mudança.
Lógico, vem a questão do dinheiro, da literatura como empresa de lucro, da lista do The New York Times, do Clube do Livro da Ophra, de Harry Potter levantar discussões se é correto trazer as crianças para o prazer da leitura mesmo que essa literatura seja considera lixo por qualquer crítico de plantão, e de obras como Crepúsculo tomarem o topo de vendas no Brasil. Aliás, é sempre interessante a lista de mais vendidos no nosso país. Quase não tem nada nacional. A literatura brasileira por si só já faz um tempo que parece ter parado no próprio tempo. Onde está a revolução que reinventa a literatura? Bem, mas essa não é a questão desse post.
Efraim Medina é um colombiano que escreveu Era Uma Vez o Amor Mas Tive que Matá-lo. A estória gira em torno de Rep, um homem que durante a vida foi diretor de filmes viajados, teve uma banda que só tocava sons esquisitos, escreveu um livro que foi lido por poucos, e que passava a maior parte do tempo com seus amigos num cais, bebendo e falando mal de García Márquez, mas nunca parecendo o que ele realmente é, um frustrado. O livro fala exatamente disso, frustrações. A estória é fantástica, mas existe uma particularidade nela, a forma que ele transmite a musica. O subtítulo do livro é: Música de Sex Pistols e Nirvana.
O desenrolar da vida de Rep é intercalado com cenas imaginadas e descritas pelo próprio Medina com uma força tão verossímil que dá até medo. A forma como Sid Vicious matou sua namorada Nancy está lá, o amor doentio entre os dois, a morte de Sid por overdose pouco tempo depois, tudo está lá, desvendando todo o mistério. Mais bizarro é a cena de um Kurt Cobain quando criança, correndo para casa debaixo de neve e com um violão nas costas. Um grupo de garotos negros o aborda, o obrigam a tocar o violão, quando ele termina um dos garotos diz: “Garoto, você toca tão bem que ainda vai morrer disso”, ou coisa parecida.
O poder da musica nas nossas vidas e a importância que nossos ídolos musicais têm na construção de nosso caráter nunca foram tão bem representadas por um autor literário.
Stephen King também adora trabalhar musica em suas obras. Ele é fã incondicional dos Ramones e há muitas referências deles em suas obras. Lembro que em Cemitério Maldito o caminhoneiro que atropela o filho do protagonista estava escutando Ramones na hora. Depois o caminhoneiro se mata. Estranho, né? Hilariamente eu não encontrei nenhuma referência de Ramones na maior obra de King, A Torre Negra (só uma camisa escrita Gabba Gabba Hey). Tem uma referência bacana, já no primeiro volume dos sete, onde um pianista de bar estilo-velho-oeste toca Hey Jude. No volume quatro há um hilário questionamento entre o feiticeiro e um traidor sobre o quanto Frank Sinatra realmente era bom. Também tem Megadeth, Velcro Fly, Bob Seger, Bob Dylan, Rolling Stones com Paint it Black.
Stephen King traz sempre todo um contexto musical em suas obras. Se tornam parte essencial, tanto no significado como no quesito de cultura pop. É aquela comunidade do Orkut: vida deveria ter trilha sonora.
Um dos livros que mais marcaram minha vida foi Hell Paris – 75016, da francesa Lolita Pille. Era um livro fantástico na época que coisas como Gossip Girl não eram moda e O Apanhador no Campo de Centeio era a única referência de uma juventude rica, sem valores, fútil, vazia e triste. Hell é uma jovem que mora no bairro mais rico de Paris, cheira pó que nem um aspirador e tem um cartão de crédito no lugar do coração. Quando conhece alguém mais monstruoso que ela, o jovem milionário Andreas, sua vida cheia de excessos toma um rumo diferente, caminhando para um final devastador. Hell faz questão de intercalar sua vida com as musicas que escuta e que fazem parte do mundo ao seu redor, há referências diretas a musica eletrônica francesa como Daft Punk (o momento que toca Aerodynamic é ótimo) e David Guetta. Tem duas músicas do Radiohead, Creep e Home & Dry. Mas quem comanda mesmo é o francês Leo Ferre com a musica Avec Le Temps.
Eu acho Bret Easton Ellis foda. Vocês devem conhecê-lo mais pelo Psicopata Americano (e sua clássica cena em que Patrick Bateman mata Paul Allen à machadadas ao som de Hip to Be Square, do H. Lewis and the News), mas também tem Abaixo de Zero, embora o que eu mais tenha gostado dele tenha sido o perturbado Glamorama, recomendo pra quem gosta do submundo da moda, da fama, das passarelas, sexo, violência extrema e... terrorismo. Afinal, modelos internacionais são ótimos terroristas. E o personagem Victor abre uma boate no começo do livro e é fã de música eletrônica.
Falando em O Apanhador, lembrei do romance de estréia de Nick McDonell. O garoto lançou Doze aos 17 anos e ele vendeu a bagatela de alguns milhões de cópias pelo mundo. O livro gira em torno da adolescência da classe alta americana, suas relações superficiais entre pais sempre ausentes e filhos querendo chamar a atenção. É muito bom. Doze é o nome de uma droga fictícia que tem um efeito perfeito, a questão é: não existe droga perfeita. O livro é cheio de letras de musicas, o pop rap de Nelly, a questão da MTV, os conflitos de geração. Talvez em Doze a musica seja um certo tipo de refúgio para fugir do vazio da vida ou deixá-la mais vazia ainda. Recomendo. O final é surpreendente.
Talvez o melhor livro que traduza o poder da musica dentro das nossas vidas seja Técnicas de Masturbação Entre Batman e Robin, outro título bizarro de Efraim Medina. A louca história de um grupo de amigos na Colômbia e do romance entre Sérgio e Mariane, que entre destruições completa de toda a mobília do apartamento e sexo pra deixar as coisas calmas de novo, só sobrava uma fita cassete, do grupo fictício 7 Topers, que embalava o coração de Mariane tanto quanto as citadas poesias de Emily Dickinson e Cesare Pavese.
Mas no fim, uma musica não é isso, a forma mais complexa e incrível de se traduzir uma poesia?
quinta-feira, dezembro 04, 2008
Relatório de acessos
Gostaria de agradecer a todos colaboradores do Grito Acreano. E que ano que vêm possamos dar continuidade a esse projeto coletivo construído a partir de várias mãos. E quem quiser mais detalhes sobre os acessos desse blog, disponibilizo um relatório mais detalhado em pdf para quem quiser tirar as provas dos nove, clique aqui.
E parabéns ao Grito Acreano!
Um papo com Laurentino Gomes
Como surgiu o projeto do livro?
O livro é na verdade uma reportagem que nunca foi publicada. A revista Veja, em 1997, teve a idéia de publicar uma série de especiais sobre a história do Brasil pra ser distribuída como brinde para os leitores, e eu fiquei encarregado de coordenar uma equipe que faria o 1808. A revista desistiu do projeto, mas eu estava envolvido com a pesquisa, por isso levei adiante. Durante dez anos pesquisei e li sobre a história do Brasil e resolvi transformar no livro, que foi apresentado na Bienal do Rio de Janeiro de 2007.
Você teve grandes surpresas com esse trabalho?
Um deles é que o livro virou best seller. É uma obra sobre a história do Brasil.
O que isso representa?
É uma questão intrigante, porque se trata de um livro sobre história do Brasil, assunto que geralmente não é procurado, apesar desta obra ter suas virtudes, linguagem jornalística, acessível, capa atraente, provocativa. Mas ele é mais que isso. O Brasil de hoje ficou complicado de entender, e as pessoas estão fazendo correto, buscando no passado o entendimento para o presente. Quem não estuda a história não conhece a si próprio. A história tem o objetivo de iluminar o passado, para entender o presente e projetar o futuro de forma mais estruturada, menos improvisada. O fato de estar vendendo bem é um sinal de maturidade da sociedade brasileira.
Tem mais surpresas?
Sim. Apesar da importância fundamental para o país, esse período retratado no livro, proporcionalmente, era desconhecido para os brasileiros. O excesso de caricatura que acompanha os personagens também é muito interessante. São pessoas bastante comuns de carne e osso. Hoje em Brasília você também encontra um monte de gente caricata. O erro é resumir esses personagens retratados na obra simplesmente à caricatura. Elas transformaram o Brasil da colônia o deixando pronto para a independência, mas não fizeram por benevolência, foram obrigados a isso.
Foram dez anos de pesquisa, o trabalho do jornalista Laurentino foi essencial...
Sim. O livro é uma grande reportagem, ganhou prêmio como grande reportagem. Foi um trabalho feito com disciplina, calma. Planejei com muita antecedência, apliquei nele o que aprendi nas redações como repórter e editor. Por isso, defino como livro-reportagem, porque é uma grande reportagem, mas a diferença é que todos os personagens estão mortos, a técnica de apuração se prendeu aos livros.
É sua primeira viagem ao Acre?
Morei em Belém, tenho uma filha que nasceu lá, e trabalhei na região durante dois anos como repórter da Veja. Conheci o Acre, inclusive, conheci pessoalmente Chico Mendes. Estou surpreso com as mudanças na região, tenho certeza que ficarei muito surpreso com o Acre.
E sua parceria com o Sempre um Papo...
É uma parceria maravilhosa, desde que lancei o livro participo do projeto. Significa uma experiência muito recompensadora. A tarefa do escritor não se esgota quando entrega os originais à editora. O mais interessante e importante vem com o contato com os leitores. É uma experiência pessoal magnífica. O livro é um objeto transformador e só conseguimos medir isso no contato com leitores. O Sempre Um Papo é o projeto que mais consegue projetar isso.
(Andréa Zílio)
quarta-feira, dezembro 03, 2008
Usina na Aldeia
Programação:
Tv Usina - Trabalhos dos Alunos - Documentários, Vídeo Clips, Poesia Interpretrada, Repórter Interativo, Matéria Jornalistica e um Curta de Ficção.
Esse trabalho é resultado da conclusão do segundo trimestre de 2007 do Curso de Cinema e Vídeo.
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Loft Lounge Bar. Sexta-Feira. 05.12.2008
E é com essa essência que na próxima sexta-feira, dia 05 de dezembro de 2008 abrimos as portas da casa exibindo às 19 hs, na nossa happy hour experimeltal, "The Pink Floyd & Syd Barret Story". Uma experinência obssessiva, mágica e compulsiva que desvenda a origem da banda que moldou a cena psicodélica britânica, tendo como foco Syd Barrett, membro fundador do Pink Floyd e principal compositor da primeira fase da banda
Depois da sessão de cultura musical, vídeos de esportes radicais, petiscos, drink's alucinantes, loiras geladas e uma discotecagem animal vão dar o tom da festa.
Para sua diversão e entretenimento dispomos de jogo de dardos e de rede WiFi.
Venha conhecer a nova opção de lazer das noites acreanas localizada na Travessa Capitão Ciriaco, 178, Aviário - atrás do Campo do Vasco.
Para maiores informações acesse: http://loftloungebarac.blogspot.com/
Texto: Alê