quarta-feira, outubro 31, 2007
Exposição "Integração Peru/Brasil"
O projeto desse intercâmbio teve início com uma exposição na cidade de Cusco/Peru, no período de 16 a 30 de abril de 2007, no Museu de Arte Contemporânea do Palácio Municipal Plaza Cuspiata. Na oportunidade, foram convidados três artistas acreanos: Luiz Carlos Gomes, Darci Seles e Ueliton Santana.
Dando continuidade a esse intercâmbio, estarão presentes em Rio Branco os artistas plásticos peruanos: Karina Loaysa Vargas, Franklin Alvarez Tunqui, Dario Jará Morante e Miguel Araoz Cartagen. Você poderá conhecer uma arte que transcende a fronteira entre esses dois paises.
O evento é realizado pelo governo do Estado do Acre, através da Fundação Elias Mansour, em parceria com o Consulado Peruano, Sesc/AC, Supermercado Araújo e Grupo Guascor.
*Agradecimentos à Deise e Luciana Abreu pelas informações cedidas.
Raízes Caboclas
O Aldeia Sesc de Artes apresenta o show do grupo Raízes Caboclas (AM), no Sonora Brasil (01/11), às 20 horas, no Teatro de Arena do Sesc.
SERVIÇO
Quando: 01 de novembro de 2007
Onde: Sesc-Centro
O espetáculo Viagem ao Centro da Terra
Diversas artes reunidas num único projeto é o conceito do Aldeia Sesc Artes, que traz representação , cinema, música, artes plásticas, dança e literatura.
O espetáculo Viagem ao Centro da Terra marca os 10 anos da Cia. de Teatro Artesanal, com um texto leve e divertido, que mantém-se fiel ao espírito de Jules Verne e aos acontecimentos do fim do século XIX (como o uso da eletricidade, as máquinas a vapor, o trem como meio de transporte, o surgimento do cinema etc), que são de grande importância para a formação cultural do mundo contemporâneo.
Fazendo uso de várias técnicas narrativas, o espetáculo mistura teatro de sombras, bonecos e projeções, para contar a história do renomado Professor Lidenbrock que, no final do século XIX, parte em uma viagem repleta de aventuras a fim de chegar ao centro da terra, acompanhado por seu sobrinho Axel e por um guia.
Nesta viagem, os personagens têm que vencer obstáculos como a sede, um grande mar subterrâneo que esconde monstros marinhos e uma floresta de cogumelos gigantes que ainda abriga seres pré-históricos. Assim como no romance, as descobertas científicas do século XIX servem para discutir a relação do homem com o mundo e fazem refletir sobre o impacto que as novas tecnologias têm sobre a humanidade.
A estética do espetáculo é inspirada nos filmes do início do cinema (1902), como os dos irmãos Lumière e Georges Méliès, considerados percussores, a exemplo do filme Viagem à Lua, a primeira ficção científica do cinema.
Uma pedida é o espetáculo Viagem ao Centro da Terra, com a CIA Artesanal (RJ), nesta sexta-feira (02), às 19 horas, no Teatro de Arena do Sesc.
SERVIÇO
Ingressos: R$ 6,00 e R$ 3,00 (comerciário e estudantes)
Fonte: www.agenciadenoticias.ac.gov.br
segunda-feira, outubro 29, 2007
Último Show "Acústico e Plugado" Camundogs
Para você que ainda não foi, essa é a última oportunidade de assistir a banda Camundogs no projeto Acústico em Som Maior com o show "Acústico e Plugado".
O evento acontecerá terça-feira dia 30/10, amanhã, às 19:00 horas no Teatro Hélio Melo.
Não perca as surpresas que estão sendo preparadas.
Pra dar mais um incentivo, a entrada será franca.
Vá conferir!
Se você deseja saber como foram as terça-feiras anteriores, aí vai uma dica, as resenhas feitas por Adaildo Neto e Milena Quiroga sobre o "Acústico e Plugado" :
Show "Acústico e Plugados" Camundogs e Uma noite especial
***Foto de Nattércia Damasceno
domingo, outubro 28, 2007
No Balanço da Catraia
O evento será realizado no dia 03/11, sábado, a partir das 20:00 horas e contará com a apresentação das bandas Capuccino Jack, Camundogs, Alienados S/A e Filomedusa - das quais duas se apresentaram recentemente no Festival Varadouro. O ingresso custará R$ 6,00 inteiro e, colocando seu nome na lista amiga, apenas R$ 4,00. Compareçam!
Fonte: http://www.coletivo-catraia.blogspot.com
sexta-feira, outubro 26, 2007
Festival Varadouro
O Festival Varadouro acabou! Mas não tudo que há por trás dele. Os shows foram ótimos, o som igualmente, a estrutura montada para um festival de rock foi surpreendente. Mas mais importante que a realização deste que é o maior festival da região norte do país, foi o pensamento de criação de um coletivo forte que visa, pós festival, consolidar a cena da música independente através de ações contínuas de estímulo dessa cadeia produtiva.
Várias “cenas” espalhadas pelo país já estão se consolidando. Cuiabá, com o Espaço Cubo, parece estar à frente da maioria. A mentalidade do “independente”, do “faça-você-mesmo”, já está mais incrustada na cabeça dos artistas.
As bandas já surgem com a mentalidade de querer tocar, criar suas músicas, querer montar estratégias de divulgação, de produção, enfim, de querer trabalhar para o processo, buscando com isso viver desse cenário tão promissor.
Oras uma cena consolidada se auto-sustenta no processo de criação, produção, divulgação e distribuição.
A cena acreana é um caso à parte no país. Nós temos o Festival Varadouro, um dos maiores festivais do país, mas não temos uma cena consolidada. A regra é que uma cena firmada e sólida, acabe “cuspindo” um grande festival. O Festival não é a “cena”, é apenas uma parte dela, é uma conseqüência dos esforços contínuos de seu desenvolvimento.
No nosso caso, o festival é a causa da cena da música independente local. Durante o período que o antecede, a cena ferve, funciona, acontece. E a maior parte dela, só durante esse período. Esse é o nosso maior problema. Temos que fazer a cena acontecer independente do Festival, fazendo-o funcionar simplesmente como uma prova vetor de mostra de uma produção pulsante e contínua, que se articula durante todo o ano. Como fazer? Trabalhando. Qualquer um pode ajudar.
O primeiro obstáculo é criar uma mentalidade junto às bandas de que a construção do processo é coletivo. Especialmente, por se tratar de um paradigma novo este do independente, algo que ainda está em formação.
Podemos perceber que alguns mecanismos são essenciais para uma cena independente de música. Uma banda tem que ensaiar, tocar e ser divulgada. Assim podemos individualizar três ferramentas que trabalham ligados umas às outras.
A primeira seria o lugar onde ensaiar, criar. Um simples estúdio de ensaio devidamente estruturado para receber as bandas, dar a oportunidade de se tornar uma banda. Fortalecer o seu trabalho.
Após essa etapa, a banda precisaria mostrar o seu trabalho, tocar. Shows, festivais, festas, apresentações. Shows periódicos sempre existiram, mas é necessário um lugar fixo para este propósito, uma casa de shows, por exemplo. Um espaço que dê lugar às bandas que tem a mentalidade do coletivo de criar a cena.
Ensaiou? Tocou? Mais eficiente que 100 pessoas vendo um show, seriam 500 lendo um texto afirmando que o show foi muito bom. A divulgação serve para difundir o produto a ser vendido, no caso, a banda.
Percebe-se que estes mecanismos estão totalmente integrados e trabalhando em conjunto. Um é conseqüência do outro e um é causa do outro. Quem toca é divulgado.
Quem for divulgado, tocará. Quem for tocar, terá de ensaiar. Essas três situações consolidam a cena. Quanto mais se toca, mais se divulga. Quanto mais se divulga, mais se agrega público. Quanto mais público, mais “cena”. Afinal, público é o combustível de qualquer mercado, produto.
A cena acreana converge para a criação destes mecanismos. Já podemos destacar dois deles funcionando em estágio inicial. O Estúdio de Ensaio do Catraia se propõe a oferecer um local onde as bandas possam ensaiar a um custo baixo. O Estúdio já tem a mentalidade da cena e sempre dá preferência àquela banda que aposta no seu trabalho autoral. A outra ferramenta é o Grito Acreano, funcionando como o centro de comunicação disposto a divulgar e informar tudo que acontece nessa “cena”. O que seria a casa de shows, não existe, mas mesmo assim, sempre vemos a nossa cena organizando festas e shows para que as bandas que integram esse circuito possam se apresentar e mostrar o seu trabalho. Funciona, mas de modo deficitário. O ideal mesmo seria uma casa de shows, com apresentações constantes para poder fervilhar a produção. E fortalecer a cena.
Essa é a meta da nossa cena, é construir esses mecanismos para intensificar a produção cultural. Fazer acontecer. Criar e segurar uma cena sólida.
quinta-feira, outubro 25, 2007
I Conferência Municipal de Cultura de Rio Branco
A I Conferência Municipal de Cultura acontece a partir das 8horas, na Secretaria Estadual de Educação. Além dos debates, serão feitas pequenas mostras da cultura de Rio Branco através de esquetes teatrais, exibição de vídeo, exposição de artes plásticas, etc.
A realização é da Prefeitura de Rio Branco, via Fundação Garibaldi Brasil – FGB, em parceria com a Fundação Elias Mansour - FEM e Conselho Estadual de Cultura – Concultura. O patrocínio é da Brasil Telecom, Banco do Brasil e Banco da Amazônia, com apoio da Secretaria de Educação e Sebrae.
Mais informações:
Acesse: http://culturarb.blogspot.com
Ligue para: 32242503 ou 32240269
Quem ainda não confirmou sua presença, vá até a Fundação Garibaldi Brasil – FGB e garanta a sua participação, quem trabalha com Cultura nessa cidade precisa ter noção desse sistema que está preste a ser implantado, CONFIRME a sua participação.
Cinema na Ufac
Mas aproveita a oportunidade para convidá-lo, para a exibição do documentário Pro Dia Nascer Feliz, direção de João Jardim. A sessão acontecerá no Anfiteatro Garibaldi Brasil- UFAC, no dia 25/10 ( quinta-feira), às 19 horas.
A projeção faz parte da programação da XIII Semana de História, que acontece de 23 a 26 deste mês. Após a sessão, o filme será comentado pelos professores Hélio Moreira, autor da dissertação de mestrado "ACRE (ANOS) DE CINEMA": UMA HISTÓRIA QUADRO-A-QUADRO DE JOVENS CINEASTAS (1972-1982) e o professor José Dourado.
Sinopse: "Pro Dia Nascer Feliz" é o segundo longa-metragem do diretor João Jardim, diretor do cultuado documentário "Janela da Alma" que, em 2002, bateu recordes de público no gênero. Através de uma investigação do relacionamento do adolescente com a escola - ambiente fundamental em sua formação - o diretor traz à tona, além de questões comuns a qualquer adolescente dentro do ambiente escolar, questões como a desigualdade social e o impacto da banalização da violência no desenvolvimento de muitos desses jovens. Duração: 88 minutos.
Agradecimentos a acadêmica de Jornalismo Juliana Machado que semanalmente manda a programação o cineclub Batelão
quarta-feira, outubro 24, 2007
Projeto cultural resgata bandas musicais de Xapuri
O projeto já foi diplomado pela Fundação de Cultura Elias Mansour e será realizado durante o mês de dezembro deste ano. Cerca de 30 músicos estão inseridos no projeto e a maioria deles já confirmou presença no evento.
fonte: Jornal O Rio Branco
Segundo dia do Festival Varadouro
Debutando no Festival Varadouro, a "jovem" banda fez uma boa apresentação. Com seu "hardcore melódico progressivo e com influências do metal", mostrou que tem uma boa presença de palco abrindo a segunda noite do festival.
Mesmo tocando cedo, um público considerável acompanhou o show. A Marlton sempre teve um público fiel e volumoso. As músicas apresentam uma evolução durante o show. A última do repertório, "Estocolmo", gravada recentemente, mostra uma evolução no sentido de amadurecimento da banda. Com mais rodagem e punch, a banda tem o potencial de ser grande.
Mr. Jungle
O velho chavão que "gosto não se discute" é o onde sempre termina uma conversa sobre um evento com dezoito bandas com propostas musicais diferentes como foi o Festival Varadouro 2007. Porém, de antemão aviso: vou discordar. O fato é que, sem querer desmerecer as demais bandas, a noite foi da Mr. Jungle.
A banda de Roraima fez aquilo que entre amigos chamamos de "rock'n roll sem frescuras", com uma presença de palco eletrizante, arranjos simples e bem feitos, letras em português e uma alegria de estar no palco – que apesar de ser fator obrigatório, é o que raramente se vê – tornando praticamente impossível não balançar a cabeça durante o show.
Mr. Jungle lembra muito as lendárias Velhas Virgens e Made in Brazil e nos faz como diz uma das suas letras "querer ser um rockstar". E esse é o espírito da coisa! Com sete anos de estrada e o lançamento do CD previsto para janeiro de 2008, a Mr. Jungle prova que música tem que ser feita antes de tudo com paixão e que apesar de todas as dificuldades é importante investir em festivais. "Acreditamos no rock'n roll. Para fazer isso, o público é o combustível de tudo", disse Manoel Vilas Boas. Na última música da noite, Manoel Vilas Boas alertou que iria tocar fogo no show. Entretanto, terei que desmenti-lo: eles tocaram fogo desde o começo.
Blush Azul
Os integrantes da Blush Azul deram, literalmente, um show. Parecia que a 'banda das meninas e do menino', como é comumente chamada, estava naquele festival pela primeira vez. Dominaram o palco como se fossem veteranos."
Ao som das primeiras notas de "Vai", uma das músicas mais conhecidas, a galera deliciou-se e contou os segundos para que começassem a cantar junto. E um show à parte quando Irlla surpreendeu a galera girando malabares no palco. Agradaram e surpreenderam. "Muito obrigada", finaliza. Vocês merecem.
Nicles
"Viva o psicodelismo, abaixo o pop"
A Nicles foi a quarta banda a pisar no palco no segundo dia do Festival Varadouro. O público ainda estava assimilando o progresso deles através da apresentação e em todas músicas de seu repertório isso foi nítido.
Suas letras introspectivas, um solo de teclado novo, o recurso do alto falante, as performances peculiares e frenéticas do Kílrio ( e ele deu um sorrisinho quando viu um no público dançando como ele ), autenticidade alcançada faz parte do que o vocalista mesmo disse: "a tentativa de aumentar a cena".
Só não foi melhor porque a dicção não é o forte e muitas vezes fica só nos balbúcios e o peso dramático (eu amo a banda, mas eis un detalhe que precisa ser considerado!). E eles saem do palco dizendo: Obrigado a todos, aos meus amigos e os inimigos também!
Ludovic
Um dos shows mais esperados por mim, não só porque iria resenhá-los, mas porque já estava curtindo o som dos caras antes do festival. "Um dos shows mais poderosos da cena independente. Som que se define sem muitas palavras", apresentou Aarão Prado. E não há muitas palavras mesmo.
Aquele lugar virou um verdadeiro hospício. Aquele exorcismo de Ludovic no palco é algo incomparável. O público urrou - afinal gritar é coisa de gente normal, e já não havia ninguém nesse estado ali. Estavam todos entorpecidos com aquele teatro sem máscaras, onde a verdade nua e crua se desenvolvia. Mandou bem. Aplausos dignamente merecidos.
Mapinguari Blues
É impossível falar da cena rock/blues acreana sem destacar a importância dessa banda para tal história. Como disse o vocalista Roni, "existe blues em qualquer lugar", e foi com a responsabilidade de provar que o blues também vive no Acre que o Mapinguari subiu ao palco e tirou o fôlego dos espectadores presentes no Festival Varadouro. Nascido há onze anos, o Mapinguari Blues apresenta um nível que não deixa a desejar a nenhum outro grande centro do país, misturando influências que vão de Steve Ray Vaughan até os arredores das águas do Igarapé Judia.
O público conhecia as letras das músicas, sempre com temáticas focadas no cotidiano do povo acreano, em especial o rio-branquense. "Ver essa ligação forte entre as pessoas que estavam aqui hoje e a banda foi a maior alegria da vida", afirma o guitarrista Charles Sampaio. Aliás, vale ressaltar que, mesmo com alguns contratempos de ordem técnica, o Mapinguari deixou o show debaixo de um coro com inúmeros pedidos de bis, ou seja, o melhor termômetro da aceitação da platéia.
No backstage do Festival Varadouro não se comentava outra coisa além da apresentação dos blueseiros acreanos. Um produtor de Manaus chegou e me disse "cara, essa banda é demais e esse guitarrista é gênio!". Esses foram os frutos semeados pela banda que no final de novembro lançará seu CD com oito músicas. Só resta aguardar com muita ansiedade.
O quarto das cinzas
"Árvores caminhando pela noite, sombra de luz. Sob as folhas palavras e silêncios, por trás da nuvem, a lua, o ar, estrelas. Essa é a sua paisagem..."
Foi com a introdução de Flora Pura que O Quarto das Cinzas descreveu a Arena da Floresta no segundo dia do Festival Varadouro e entregou a fórmula do que seguiria: "Sente o encantamento...", é exatamente o que se deve fazer num show dessa banda.
Uma sintonia fina salta do palco. Baixo, Guitarra, um lap top, o aparelho portátil que o baixista controla manualmente para fazer batidas eletrônicas (Qual o nome?) e uma vocalista que flutua, sem deixar que se defina se seu canto é mais doce ou desafiador. A batida trip hop que vai desacelerando sob um quê rock n roll e algo de místico acompanha as letras que falam de sensações. Tudo provoca.
Depois de pedir licença aos seres da Floresta, como se a energia da noite já não fosse uma total permissão, a voz de Laya Lopes segue com Anoiteço e Viciante, do EP "A chave", que realmente abriu a porta dO Quarto prum público que na maioria não conhecia a banda, mas àquela altura já estava hipnotizado e mais a vontade ainda quando o vocalista Diogo Soares, da banda acreana Los Porongas, subiu ao palco em Circulares, numa intimidade envolvente de vozes, mãos e movimentos. "Tudo que for seu" antecede a despedida, atendendo à um pedido vindo do público e mais adequado impossível: "Incontrolável".
O Quarto das Cinzas é um sopro suave no ouvido, com todo arrepio que isso causa.
Los Porongas
De novo, Porongas mostrou o que é tocar em casa. Uma energia incrível tomou conta do Estacionamento da Arena da Floresta. Nesse Festival, pela primeira vez, decidi acompanhar um pedaço do show de cima do palco. É muito forte a presença da banda e tudo que ela passa pro seu público.
A participação do Hermógenes na música da banda Capú serviu para coroar toda uma homenagem e uma difusão do espírito da música independente no nosso estado. A banda Capú foi pioneira em música autoral num tempo em que isso era inimaginário. "É muito satisafatório ver a grandeza desse evento e dessa mentalidade autoral. Ficou muito feliz.", me confessou o Hermógenes, depois do show.
Los Turbopótamos
“Viva a integração da América Latina!”
Chegaram reconhecendo o terreno, olhando pela as beiradas, tentando fazer se passar por despercebido. Apesar de todos estarem bem à vontade, não percebi neles aquela coisa rock’n’roll e até achei estranho, afinal, tinha escutado algumas musicas da banda na internet e eles tinham uma boa pegada do rock com um pouco de ska. Pensei : “esses peruanos estão escondendo o jogo!”
Dito e feito. Bastou subir no palco e arrasaram. A diferença de idiomas não foi uma barreira, pois o idioma oficial do Festival Varadouro era a música, a boa musica. E esses caras deram um show para ninguém botar defeito, com direito a bis e tudo mais. E é de se admirar pois eles pegaram o publico que já estava esgotado do show do Los Porongas e conseguiram manter a mesma linha de diversão e interação.
Muchas graças!
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J. Arthur resenhou as bandas Blush Azul e Ludovic
Miriane Braga resenhou a banda Nicles
Santiago "Cidão" resenhou as bandas Los Porongas e Marlton
Mayara Montenegro resenhou a banda Quarto das Cinzas
Helder Junior resenhou as bandas Mr. Jungle e Mapinguari Blues
Fotos por Talita Oliveira e Nattércia Damasceno
terça-feira, outubro 23, 2007
Festival Varadouro - Fotos e Resenhas da primeira noite.
Survive
Outro ponto positivo ficou por conta da presença de um grande número de fãs do estilo, para a surpresa até mesmo dos membros da Survive. "Foi incrível a participação do público de preto! Apesar de não ser um festival do nosso gênero musical, o público compareceu mesmo.", disse Josélio, guitarrista da Survive.
A estrutura de som armada pela organização do Festival foi excelente, superando um dos principais problemas enfrentados por quem toca heavy metal, graças a grande estrutura técnica que é exigida pelo tipo de música.
A Survive faz um som definido por eles mesmos como metalcore, despontando como referência do gênero no Acre. Segundo Josélio, um dos principais fatores para a rápida ascensão da Survive são disciplina e seriedade nos ensaios e a facilidade de divulgação do trabalho através da internet.
Depois da experiência do Festival Varadouro, a próxima jornada da banda será no Festival Beradeiros, em Rondônia, no próximo dia 18/11. E assim a Survive vai se consolidando no cenário independente regional.
Escalpo
Já está com um tempo que vem desenvolvendo um bom trabalho e na foi à toa que fora convidada para tocar no festival Varadouro. Botaram pra quebrar e destruíram tudo. Estou falando de uma galera lá do bairro tucumã, ninguém menos que a banda Escalpo.
Eles vêm de uma linha meio punk que se mistura com outras influencias. Todos integrantes estavam realizados, isso era notório, estava na fisionomia de cada um e nos agradecimentos do Mozart entre uma musica e outra. O baixista é um dos caras que mais tem presença de palco, bem que a banda poderia se espelhar nele na hora de se posicionar no palco, ele com certeza foi um show a parte.
Boa banda e já está na hora de trespassar as fronteiras acreanas e começar a tocar nos festivais por aí Brasil a fora.
RECATO
Com uma balada que eu definiria como "los-hermânica" eles acalmaram a platéia pulante dos outros dois shows anteriores. Trouxeram a maresia de um mar que não existe em Rondônia, uma calmaria que combinou perfeitamente com a chuva fina que ainda caía no local. Só senti falta da presença de palco. Estavam seguros, mas sem muita movimentação, o que talvez pudesse ter atingido um público maior.
Lord Crossroad
"Nós nos divertimos no palco. É emocionante ver um público como esse de hoje no Festival Varadouro! Hoje foi especial.", afirma o baixista Rodrigo, entregando o segredo para tal ligação entre platéia e banda.
A Lord Crossroad tem a consciência que, no atual cenário do rock independente, a participação das bandas no contexto de organização de eventos é fundamental. "O papel de coletivos na formação da cena independente é fundamental. Lá em Cuiabá fazemos isso. Uma banda não pode esperar as oportunidades caírem do céu. Tem que participar.", disse o vocalista Charles.
Com essa atitude ativa no meio musical e o som de qualidade que apresenta, não resta dúvida do potencial que pode chegar a excelente Lord Crossroad.
TETRIS
Um show dançante que me lembrou músicas da Jovem Guarda e algumas bandas dos anos 50 e 60 com uma pegada mais forte, mais pesada. Uma ótima banda pra quem não quer ficar parado. "É um prazer estar tocando aqui pra vocês" disse o vocalista. Foi um prazer ouví-los tocando aqui pra gente.
Filomedusa
O Filomedusa é uma banda que já se consagrou na cena acreana. Então no palco, estabeleceu-se aquele clima de um grande sarau.
O público cativo cantava, se balançava e a banda retribuía pela forma que deliciava cada música. Era nítido a satisfação. Carol, com suas performances sensacionais, foi acompanhada pelo brilhantíssimo solo de "Saulinho" e aplaudidos foram. E não é à toa que quando mencionaram que seria a última música o público disse: "Aaaaaaah..."
Saíram aos abraços do palco, carinhosos, amigos, uma equipe. Dá gosto de ver bandas acreanas.
Obs: Episódio: caras: GOS – TO – SA! (3x) Carol: Que bom que vocês acham minha voz bonita!
Logo no inicio do show quando encontrei com o Diogo Soares, vocalistas do Los Porongas, enquanto dançava junto com o público ao som de Superguidis, comentei no ouvido dele: "Essa banda vai ser o Porcas do ano passado!" Comentário surreal pra quem não viveu o varadouro do ano passado.
A cada música o publico aplaudia e pedia mais dos Superguidis, a galera cantava, pulava, se esperneava enfim foi um dos shows da noite em qual o publico mais participou e também uma das bandas que mais interagiu com o público. E quando o show acabou todo mudo pediu bis.
E pra quem não entendeu o comentário: "Essa banda vai ser o Porcas do ano passado!" Danislau Também pode lhe explicar, clique aqui.
O show foi um misto de baladas e músicas mais pesadas. Músicas inéditas como "Encruzilhada Blues" e "Jully", novas versões de "Antes só" e "Espelhos". O som foi polido, mas continua com a mesma áurea forte e presente, que se percebe no entusiasmo com que o público canta. Camundogs assumiu de vez o que é como banda.
É difícil expressar todas as sensações causadas pelo show meteórico de Madame Saatan. Uma banda que chegou cedo, foi simpática e muito requisitada no backstage, todos os integrantes fizeram um aquecimento e minutos antes se abraçaram e conversaram unidos. Palavras que, sem ouvir, já compreendi que transcediam o significado de equipe.
Entram no palco às 2 horas da manhã, última a se apresentar. Apesar da garoa e do cansaço, todos se aproximaram do palco para contemplar a magnitude da performance da banda; alguns balbuciavam suspiros, outros já gritavam e, mesmo sendo poucos que sabiam as letras, não tinha como não se contagiar com a energia vibrante de Saatan.
Eles têm visual, batidas fortes e, ainda a voz potente e aquele hibridismo... outros ritmos.Sammliz é sexy, arrancava olhares e suspiros a cada impulso de seu corpo. O guitarrista dedilhando com prazer cada nota, entre pulos e voltas, um a um formava uma dança sintônica.Depois da quarta música e aplausos, a musa ali representava falava com seu sotaque como se tivesse mesmo em casa: "Mah rapaiz, somos vizinhos!"
Segue-se e tudo foi tão intenso! Depois do show da Madame Saatan, a imagem típica da musicalidade de Belém do Pará se desfaz...
Créditos ao Coletivo Catraia - Comunicação Grito Acreano .
Survive, resenha de Helder Junior e foto de Natercia Damasceno
Escalpo, resenha de Adaildo Neto e foto de Talita Oliveira
Recato, resenha de J. Arthur e foto Natercia Damasceno
Lord Crossroad, resenha Helder Juniro e foto de Talita Oliveira
Tetris, resenha de J. Arthur e foto de Talita Oliveira
Filomedusa, resenha de Miriane Braga e foto de Natercia Damasceno
Superguidis, resenha de Adaildo Neto e foto de Talita Oliveira
Camundogs, resenha de J. "Cidão" Santiago e foto de Talita Oliveira
Madame Saatan, resenha de Miriane Braga e foto de Talita Oliveira
domingo, outubro 21, 2007
Eu, eu mesma, e algumas bandas do Varadouro*
Com a primeira, aconteceu mais ou menos assim: eu estava lá, andando, batendo um papo furado, mascando um chiclete já sem gosto... E então o show deles começa e eu penso: ‘hum, legal’! E o show continua e eu continuo de papo pro ar. Mas não demora muito pra eu aproximar do palco e prestar mais atenção. Pouco depois, eu já tinha soltado os braços, estava mexendo os ombros e batendo, discretamente, com o pé no chão no ritmo da bateria.
Já tinha escutado Lord Crossroad pela internet e já tinha me surpreendido, porque pelo nome eu esperava uma outra coisa (não me pergunte o quê). Após o show, troquei umas palavrinhas com os integrantes e ganhei um CD. Não sou lá uma ‘expert’ em definições de estilo (não defino nem o som da minha própria banda, mas vamos lá). Não sei o que os rapazes da Lord C. costumam ouvir, mas me deixaram sensação de alguma influência – mesmo que discreta – de alguma vertente do metal em certas as músicas. Influências fortíssimas de blues e hard. Em certo momento, me lembrou Chico Cezar, incluindo um grau ou algumas passagens regionalistas (nas letras e em determinadas levadas).
Mr. Jungle eu já conhecia desde o Grito Rock em Vilhena. Acho que até meu pai iria gostar e se amarrar no show deles. Rock’n’Roll com todas as letras e jeitos e estilos e ares e acentos e vírgulas e.... enfim! Mr. Jungle não é indie, não é punk, não é nenhum tipo de ‘core’. Mr. Jungle é rock com aquele tom clássico. (e blues e hard também). Não vou falar mais porque só assisti ao início do show deles, infelizmente só pude ouvi-los durante a passagem de som da Blush, que tocou em seguida.
Lord Crossroad e Mr. Jungle são bandas pra assistir ao show, comprar um CD, ouvir e lembrar no outro dia. Fazem show com firmeza, mostrando que sabem muito bem o que os levaram até ali; tocam pra eles, pro público, pro rock! Investem num trabalho que passa longe do ‘a la MTV’ que tem dominado as bandinhas atualmente. Reconheço que é muito fácil falar em investimentos num trabalho diferenciado, o difícil é encontrar realmente a autenticidade e originalidade, e no meio disso, é muito fácil também cair no caldeirão das bandas cujo show trás a impressão de que cada passo é planejado, assim como cada fio de cabelo ou cada amarrotado da roupa.
Outra banda que não vou esquecer que vi é a ‘Quarto das Cinzas’ (CE), eles levaram pro palco um clima que eu realmente não sei descrever. Quanto às bandas acreanas, eu sou suspeita pra falar, mas acredito que o Acre mostrou o que devia. E pra não dizer que não falei das flores: banda Nicles detonou! Aquele vocalista lá... Minha nossa! x)
*Isso não é resenha, nem matéria, nem crônica, nem sei o quê... É apenas um texto que eu acordei com vontade de escrevê!
(Foto 1: Lord. C., por Talita Oliveira; Foto 2: Mr. J, por Nattércia - Deda)
sexta-feira, outubro 19, 2007
Campeonatos
Há um tempo atrás, mais ou menos um ano, eu tinha feito uma pequena matéria sobre skate. Eu, junto a 90% das meninas, não sacava absolutamente nada de skate.. mas tah! Bom, para quem conhece Rio Branco, sabe que desde obras que redefiniram aspectos físicos e socias da cidade muito tem ocorrido, um exemplo disso é o Parque da Maternidade. E lá estava eu no lugar onde o pessoal treina skate, na parte central do Parque.
Haviam muitos! E eles descorreram sobre a paixão por skate, falaram de influências (até de Malhação, na época,rs), de como os grupos se firmaram, os preconceitos taxativos. Claro que estou contando tudo isso com um objetivo! Pois é e eles falaram que no interiro há outros grupos também e que havia um (do interior) que tinha ido para um campeonato e consquitado uma boa colocação. É engraçado lembrar da distância que eles contavam sobre campeonato, que só um que tinha ido para fora e conseguido algo, poxa eles demonstravam aquela vontade!
Hoje a realidade muda. Não só porque grupos se formaram, pelos treinos e obras governamentais, mas porque hoje no Varadouro está a grande oportunidade que todos aqueles meninos anseavam! No Varadouro tem espaço tantao para o público iniciante como para o amador.
Poxa, isso é um depoimento, eu reconheço a importância disso. Aliás não sou só eu, mas também vem uma revista de fora, especializada, só para cobrir o campeonato! Hoje começa... talvez ainda minimalista, entretanto é um projeto que tem tudo para tomar dimensões monumentais! Espero que o pessoal dessa tribo se sinta motivado a fazer dessa cultura um Varadouro de sucesso!
(obs: nas fotos Klaus Bohms na primeira e wagner profeta na 2º - profissionais que já estão aqui!)
Hoje
Qual a programação? (6ªf)
* 9-12h: Seminário - 30 Anos de Flora Sonora com Beto Brasiliense, Pia Vila e convidados , no Teatro do Sesc.
*14-18h: Seminário - O Novo Mapa da Música Independente na Latino-América com Israel do Valle (Rede Minas), Rodrigo Lariú (MidSummerMadness) e Pablo Capilé (Espaço Cubo), no Teatro do Sesc.
* 15- 19h: Varadouro Skate! Abertura, eliminatória iniciante, apresentação break, aquecimento amador, eliminatória amador e apresentação profissional com Klaus Bohms e Wagner Profeta, no estacionamento do Arena da Floresta.
*20- ... : Festival!! Survive, Recato, Lord Crossroad, Escalpo, Tetris, Filomedusa, Superguidis, Camundogs, Madame Saatan.
* A cada fim de show a banda deixa o palco e vai para um Bate-Papo, onde todo o público pode ter acesso para fazer perguntas, tirar fotos e assim como a imprensa.
* Os convitesssss, reforçando post abaixo: Evitem filas, pegue seu convite GRATIS na Estação do Cd (que se localiza nos Araújos), Drogaria Popular e Hoje Cosmectis!
Oficina - Parte II - Síntese
A de Fotografia, Renato Reis que vai atuar na equipe de fotografia do Varadouro fez uma apresentação 'light' para seu 2º dia e mostrou seus trabalhos e já estava bem à vontade conversando com público, falando de seu histórico, contraste em fotos e dando dicas.
Aproveitar o momento que temos e as ferramentas nos levarão à intensidade do que estamos presenciando e essa é a maior lição para o trabalho que está para fluir..
p.s: Depois disporemos no blog a apostila de fotografia!
Curtas
E nas ultima semana o Grito Acreano tomou uma decisão muito importante e que vai beneficiar a todos, iremos fazer parte do Coletivo Catraia como ferramenta integrante da comunicação desse coletivo.
Sobre o zine de poesia que iríamos fazer para distribuir no festival, sinceramente, todos os integrantes do GA estão envolvidos até o pescoço com o Festival Varadouro, nos sobra pouco tempo para dedicar a esse projeto. Mas, decidimos lançar o zine na Conferencia Municipal de Cultura, assim mostramos para os acreanos o nosso verdadeiro Grito Poético.
Vá pegar seus convites para o Festival Varadouro nos pontos de entrega e evite fila. Lembrando, que no local também estará sendo entregue os convites. Mas, evite fila. Repetindo. Evite fila.
Durante o festival será realizado um bate papo com as bandas. Então fique ligado, quando a banda sair do palco, vá correndo participar desse bate papo.
Coletivo Catraia guarde esse nome, você vai ouvir falar muito dele dentro de alguns dias.
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quinta-feira, outubro 18, 2007
De repressão à protagonista
Com o auditório lotado, a oficina tomou uma dinâmica pontualizada em situações locais e não-generalizadas, o que foi a maior ferramenta de visualização de soluções, embora exemplos de demandas nacionais e regionais foram utilizados para reafirmar a grande necessidade de estruturação da comunicação.
No primeiro momento, foi exposto a evolução da cena musical até chegar aos festivais e sobre a influência da gravadora, que em muitos momentos engessa a cultura. A partir daí, apresentou-se a Internet como nova lógica de interação cultural e o impacto causado nessa era.
Partindo da premissa de haver uma Indústria Cultural, é comum o jabá, os padrões e um modo comercial de se ver a arte. Com a Internet, abriu-se a possibilidade de baixar músicas, inaugurou a perspectiva de integração e consequente intercâmbio. E ela torna-se um infinito sem controle das hegemônicas ditadoras culturais. Entretanto, isso não foi absorvido nesse primeiro contato com a sociedade e ainda hoje se aperfeiçoa leis e uma forma correta de exploração de conteúdos.
O Espaço tem assimilado essa grande oportunidade e se estruturou como referência. Eles utilizam a doutrina da pedreira, rs.. onde cabe ao interessado 'ralar' com as pedras de seu caminho e fazer delas sua fortaleza, desmetaforizando.. rala-se , carrega sua caixa de som, ensaia muito, dedica-se e contrói sua pedreira. Com organização e posturas de trabalho firmaram pilares em suas propostas.
Foi conquistado um grande espaço no setor cultural e assim lança-se e trilha um caminho já conhecido: Banda se forma, cresce, precisa de eventos para divulgação e firmar público, divulgação, tecnologias (processo de troca), cds, futuro \o/
No debate, foi citado o exemplo de Los Porongas e sua projeção. Assim como figurou a cultura matogrossense, onde o símbolo era a onça e o caju, o caruru e o lambadão. Hoje já se tem uma cena consolidada, um quadro que não tinha sequer sinal de se estruturar! Barreiras para o "fora do eixo" foram rompidas tanto culturalmente quanto territorialmente. Já se tem um link de todo o circuito fora do eixo, algo que já se auto-afirma inclusive com um mercado crescente.
De repressão à protagonista. Agora com uma identidade cultural, não se espera mais pela sorte de ser assistido por um olheiro, mito de 10 anos atrás, difundido pelos hollywoodianos, como foi dito por Pablo: "Desmistificou-se, não é nada demais.. é fazer o simples bem feito", logo vem o know how.
Evidenciou-se no fim da oficina a atuação da Fundação Elias Mansour, do Conselho de Cultura, estruturas que estão a disposição na cidade e o que realmente se passa no Acre. Foi colocado por uma expectadora que aqui é uma terra de Mapinguaris "onde tem só um olho e tem dificuldade de olhar para os lados".
Então, o debate encerra com a grande constatação de que a música não é o fim, mas o meio! E o diagnóstico: falta o coletivo agir concretamente. Bom, caros varadourenses, me surpreendi com a oficina e taí nossas pedrinhas para o Centro de Mídia Independente, conseguiremos a pedreira?
quarta-feira, outubro 17, 2007
Expectativas de fora
Uma das bandas que são forasteiras no festival é a Ludovic, que tocará no 2º dia do Festival Varadouro – sábado. Ela faz parte da cena alternativa de São Paulo, foi formada em 2000 e já tem grande experiência com públicos e festivais.
São 2 CDs em sua discografia, ‘Servil’ e ‘Idioma Morto’, sendo os 40 min desse último fruto, principalmente, de Jair Naves (vocal), Ezekiel Underwood (guitarra), Eduardo Praça (guitarra), Fábio Sant’Anna (baixo) e Júlio Santos (batera). No site eles afirmam que as letras enfatizam o arrependimento, o peso das frustrações cotidianas e o sentimento de impotência diante da vida adulta, assim como tem muitas músicas que impactam diversos públicos.
Eis que com certeza o contato com essa irá acrescentar muito a cena local e espera-se que para eles seja também mais que uma apresentação, seja abertura de portas para integração da cena independente brasileira.
p.s: Também estão ansiosos.. membro da banda passou no perfil do orkut deixando esse comentário, rs.. parece que o TPV ataca a todos!
Para conhecer mais da banda visite:
Site Oficial: www.ludovic.com.br
Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=71481
Fotolog: http://www.fotolog.com/lludovic
Trama Virtual: http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=4375
Overdrive: http://www.mtvoverdrive.com.br (onde dá para baixar o último álbum na integra)
Para falar com a banda: ludovic@ludovic.com.br
Contatos para shows: shows@ludovic.com.br
"Eu sou aquele que vai te matar..."
Eu sempre tive medo de escrever algo que se relacionasse à música aqui no Acre, porque, afinal de contas, eu não entendo muito sobre isso. Não só aqui no Acre, no país inteiro, no mundo. Meu prazer, até o presente instante, é ouvir. Como acadêmico de Jornalismo terei que analisar, ser crítico, entender sobre o que estou falando, querendo ou não. O fato é que ontem algo me tocou.
Há algum tempo atrás, o integrante de uma banda me falou da importância que a mesma tinha pra ele. Falava com paixão, com encanto, dava pra ver o sentimento de amor enorme que ele dedicava a ela. Fui ontem, então, assistir a gravação de uma de suas músicas.
Cheguei já tarde, mais ainda faltavam gravar as duas guitarras e o vocal. Em um determinado momento, João Eduardo (guitarrista do Los Porongas), quem estava auxiliando a banda na gravação, fez um elogio ao som. Percebi aquele de quem falei anteriormente sorrindo discretamente, como quem deveria parecer modesto diante de um elogio. Não vi a reação dos outros, pois não estava prestando atenção, mas imagino que todos se sentiram orgulhosos com o que ouviram.
Eu conheço a Marlton desde sua formação anterior, quando se intitulava Afasia. Poderia, inclusive, colocar as músicas daquela época ao lado das de hoje e compará-las. Não que eu fosse entender das notas, das batidas, do timbre da voz, mas com certeza seria possível notar a grande diferença. Indo não tão longe, busco apenas o início dessa formação, a evolução que ocorreu. Não só um amadurecimento do som, mas também dos integrantes.
A música ficou linda, pelo menos até onde eu vi (acabei perdendo a parte do vocal pelo horário, mas escutei toda a parte instrumental inteira). De um jeito que mostra perfeitamente a Marlton como ela é hoje.
Ontem fiquei realizado. Realizado por eles estarem em um momento tão bom. Sinto-me parte disso, como todos os que rodeiam e sabem como é difícil conseguir destaque aqui. Deixo meus parabéns (aposto em nome de muitas outras pessoas também) pela evolução, pela dedicação e pela gravação de ontem. E aguardo ansiosamente, assim com muitos outros, pelo show de sábado. Surpreendam mais uma vez.
Jeronymo Artur, é estudante de direito e jornalismo, sofrendo de TPV, ansioso para ir pela primeira vez ao Varadouro.É só buscar o seu!
Todo mundo já sabe que a entrada para o Varadouro 2007 é totalmente grátis. Os convites, no entanto, precisam ser retirados em pontos de distribuição para serem entregues na bilheteria da Arena da Floresta, nos dias de shows (19 & 20/10).
A distribuição será feita na Drogaria Popular e na Estação do CD (nos Sup Araújo´s). O público terá até sábado (20/10) para efetuar as retiradas dos ingressos, e caso prefira, poderá fazê-lo na própria bilheteria do festival, correndo, porém, riscos de filas.
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terça-feira, outubro 16, 2007
Marlton, a crença naquilo que é impossivel.
Estava pensando em escrever um texto sem utilizar o termo "TPV", mas ultimamente não tem nada que conceitue melhor todo e qualquer sentimento em relação ao Varadouro, se não a palavra "tensão". Seja ela boa ou ruim, o fato é que caiu a ficha de todo mundo que tá trabalhando pra levar isso adiante: bandas, organização, entusiastas e o que mais possa ser associado. Uma coisa é saber como funciona, outra (bem mais difícil, diga-se de passagem) é fazer funcionar corretamente.
Entrando no mundinho da minha banda, fomos convidados para tocar no Festival, mas não lembro por quem e nem onde. De vez em quando chegava alguém pra mim, falando "Ei, vocês estão no Varadouro... Né!?", mas eu não sabia se era uma pergunta ou afirmação. Então pairou a dúvida do "vamos/não vamos" por um tempinho. E um tempinho antes desse tempinho, a banda já vinha sofrendo da síndrome da estagnação e precisava de um remédio eficaz (uma bala 7Belo pra quem acertar o nome do remédio).
O chato mesmo é termos que lidar, assim como várias outras bandas, com a frustração de não poder dedicar-se única e exclusivamente à mesma, afinal, há vontade de viver de música, mas a realidade ainda difere do anseio.
O tempo é escasso, os horários vagos são reduzidos por desentendimentos e conflitos de idéias, a falta de dinheiro está sempre rindo da nossa cara e tentando carregar as oportunidades para além do nosso alcance e a irresponsabilidade e falta de vínculo, a essa altura do campeonato ainda é presente em membros da banda (e olha que lidar com gente é uma arte à parte). Então por que continuar, se tudo parece conspirar contra nós? Crença.
Um dia desses, o Aarão me falou: "Os primeiros a ter de acreditar nas músicas de vocês, são vocês mesmos". E é bem verdade: música bem executada sempre irá agradar a alguém, por mais duro que seja ensaiar, gastar grana, brigar, pensar em desistir, etc. A música pode não ter um quê de poesia, pode não mudar a vida de quem ouve, a cada frase proferida, mas uma boa execução com um sorriso no rosto faz bem a qualquer ouvido, olho e mente aberta. E o segredo disso tudo é a crença musical e a humildade de saber ouvir toda crítica construtiva como uma crítica construtiva, filtrando o que chega de real má fé.
Então, adotamos a política: não argumente, mostre. E isso deve-se em grande parte à expectativa e a vontade de "não fazer feio" em torno do Varadouro e sua magnitude musical. Magnitude esta que, infelizmente, não é tão reconhecida aqui na cidade.
É uma pena ouvir acreanos (engajados ou não à cena) se questionando sobre o conceito de Festival Varadouro, enquanto em outros estados sua importância inquestionável o torna uma referência grandiosa.
Se todos soubessem a quantidade de pessoas que têm vontade de assistir e de bandas que anseiam por uma participação, teriam pelo menos a sábia curiosidade de prestigiar a movimentação "independente" (em aspas por precisarmos de apoio, é claro) que tornou o festival o que ele é.
E graças ao que ele é hoje, o número de pessoas envolvidas vonluntariamente é maior e mais qualitativo. A força de vontade impera. E entre problemas intermináveis e soluções "meia-boca", o sentimento de que tudo, no final das contas, dará certo se confunde com o medo e a tensão (ela mesmo! lembra?) por conta de possíveis males que possam atingir o bom funcionamento do 'todo'. Mas afinal, não seria grande e nem teria graça se fosse fácil, concorda?
Rodrigo Oliveira é guitarrista da Marlton, e tira uma onda de estudante de publicidade nas horas vagas. Assim como os seus riffs de guitarras seus comentários são precisos e
Acústico em Som Maior
E para quem está no pique do Festival, ansioso para degustar um pouco de rock, acontece hoje mais um Acústico em Som Maior com a banda Camundogs. Uma boa pedida pra relaxar nesta terça-feira pré-varadouro. Pra quem já assistiu, pode repetir a dose. Quem ainda não, é uma ótima idéia, da qual não irá se arrepender!
QUANDO: Hoje, 16/10/2007, às 19:30h.
ONDE: Theatro Hélio Melo.
VALORES: R$ 4,00 (inteira) ou R$ 2,00 (meia).
***Post feito com colaboração do Artur
Enfocando as oficinas
As oficinas prometem trazer a visualização do movimento musical por inteiro, contextualizar a atualidade da cena musical e a partir daí ver que estão envolvidos além de músicos, mas a comunicação, o audio-visual, assim como outros setores que saibam ser flexíveis e aproveitar a cultura. Assim serão pontuadas técnicas e alternativas de sustentabilidade nesse mercado. Aarão Prado, que é um dos coordenadores do festival explica: "O Circuito Fora do Eixo é uma realidade em todo o país. Ele não atende só as bandas, envolve também jornalistas, fotógrafos, roadies, enfim, toda uma cadeia produtiva inter-setorial. O crescimento desse novo mercado, que vem se consolidando a margem das grandes majors do setor, precisa de profissionais que saibam trabalhar nesta perspectiva do independente, do faça ' você mesmo', e é isso que as oficinas do Varadouro se propõem".
+ Circuito Fora do Eixo: a nova lógica da comunicação independente
Enfocará nova lógica da produção cultural no âmbito na comunicação e os novos suportes de difusão e circulação da informação na era digital serão debatidos. O tema será ministrado pela equipe do Espaço Cubo, de Cuiabá (MT), Pablo Capilé – coordenador de planejamento - e Marielle Ramires – coordenadora de comunicação, das 18 às 20 horas
+ Projeto Fora do Foco – Oficina de fotografia
Renato Reis, fotógrafo paraense que circula há dois anos pelos festivais de música independente por todo o Brasil, estará em Rio Branco com o seu projeto Fora do Foco, cujo tripé envolve ensaios fotográficos com bandas locais, cobertura do festival e ainda as oficinas de fotografia. Reis falará sobre as técnicas básicas que envolvem desde a luz ao uso do maquinário fotográfico. O horário será das 20h30 às 22h30.
__ Inscrições abertas! nos vemos lá!
obs.: QUARTA (17/10)
Mesa de Artes Integradas
Quem: Ítalo Rocha (audiovisual), Walquíria Raizer (literatura), Aarão Prado (Músico), Babu (Artes Plásticas)
Quando: A partir das 19h
Onde: Sala de Cinema do Sesc
Local de Inscrições: Sesc
Mais informações: (68) 9984-2692 - 9212-5228.
segunda-feira, outubro 15, 2007
Momento Blush: O momento mais azul da banda.
Depois da satisfação de saber que íamos tocar no maior evento de música do Acre, o Varadouro, um dos festivais mais conceituados da região Norte, entramos verdadeiramente em uma outra vibe.
Na “pilha”, tivemos problemas com o tempo para ensaio, então passamos a ensaiar pela parte da manhã, nenhuma negatividade, apenas a vontade de se entregar por inteiro nessa faze azul que bateu na porta.
Decidimos gravar uma DEMO com nossas músicas mais novas: Amargo Perfume – Letra de Giselle Lucena e Abraços de Monstros Caídos – Poema de Walquíria Raizer, assim já poderíamos mostrar nosso trabalho e o nosso evidente amadurecimento musical no festival.
Caracterizados pelo clima Varadouro, ontem, pela parte da manhã mesmo com alguns atrasos, fizemos nosso ensaio fotográfico para a divulgação da banda no festival, feito por: Nattércia Damasceno e Talita Oliveira, na Usina das Artes João Donato, foi muito legal!
Na correria pra gravar a DEMO, saímos da Usina, almoçamos e fomos para o Big Heads Estúdio, para começar. Estávamos na companhia de José Risley, Tiagô Mello(Filomedusa), Talita Oliveira e João Eduardo(Los Porongas). Enquanto João Eduardo assume a “direção”, Kaline se prepara na bateria e 1, 2, 3...gravandô!
O que eu posso dizer é que a imagem que tínhamos de gravação em estúdio, era outra completamente diferente e que não podemos fazer comparações de qualidade. Foi nítida a harmonia e a satisfação da banda enquanto as gravações, falo por mim, que cantei com a alma e com sede de cada nota do baixo e da guitarra e com sede de cada “tupá tum tum” da bateria, tudo bem que as luzes apagadas ajudaram bastante, mas pude sentir a essência, o sentimento de realização que é indescritível; e isso eu já posso falar pela banda.
Saímos do estúdio banhados de motivação e satisfeitos com o pré-resultado, pois o trabalho ainda não está terminado.
Nós agradecemos a todos os que colaboraram, José Risley, Tiagô Mello, Talita Oliveira, Nattércia Damasceno e João Eduardo. E também agradecemos ao Adaildo Neto e ao Ítalo Rocha, que colaboraram com a Arte da capa da DEMO.
Escrito por Irla Narel, vocalista da Blush Azul, está sofrendo de TPV aguda e veio aqui dar o seu depoimento e mostrar que é possivel superar essa nova síndrome deste pequeno mundo moderno.
Oficinas
Contudo, ganha destaque a realização de 2 oficinas: - Oficina de Fotografia (Projeto Fora de Foco) - Circuito Fora do Eixo: a Nova Lógica da Comunicação Independente. A primeira terá como preletor o Renato Reis (PA) e a segunda Marielles Ramires, que é representante do Espaço Cubo (MT), ambas ocorrerão nos dias 18 e 19 na Fundação Elias Mansour, às 19h.
Todos que se interessarem devem comparecer, porque além da entrada ser franca, é intenção do Varadouro promover essa prestação de serviço para com a sociedade acreana, assim como provocar a troca de conhecimento e tecnologias que tem sido o melhor segredo do sucesso da evolução do Festival.
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Conheça os trabalhos de:
_ Renato Reis: http://www.flickr.com/photos/renatus/
_ Espaço Cubo: http://www.espacocubo.blogger.com.br/
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* Oficina de Fotografia - Projeto Fora de Foco
Renato Reis (PA)
Quarta-feira (17/10) e Quinta-feira (18/10) - 19h
Local: Sesc- Centro
* Circuito Fora do Eixo: a Nova Lógica da Comunicação Independente
Marielles Ramires - Espaço Cubo (MT)
Quarta-feira (17/10) e Quinta-feira (18/10) - 19h
Local: Sesc - Centro
__ Entrada Franca!
(mas é necessário fazer sua inscrição no sesc-centro, devido a organização da oficina!)
Tensão (parte II )
O povo da publicidade batendo cabeça. Os de mídia dependurado no telefone e com agendinha na mão. Os idealizadores sofrendo com provocações: "podia ter feito mais" "em outras regiões do país se faz assim ou assado". Thays e Thalyta plantadas no orkut. Tanto é que na última vez que entrei no perfil do festival a opção adicionar amigo tinha sido desativada temporariamente
A Gisa contava: "Meus Deus, tenho as obrigações do trabalho, amanhã vamos pra estúdio gravar 2 músicas, a gente está ensaiando e no nosso ensaio consegue ouvir o pessoal da Marlton que ensaia ali perto" E ela tava com uma pastinha com desenhos para a capa do cd e assim que falei pra escrever sobre o TPV ela diz: "to trabalhando no texto.."
E quando é reunião? Logo que começa: "Gente amanhã é planfletagem" "Cadê a blusa do festival pra mim?" "Quem vai passear com a banda x?" "Alguém para ir buscar no aeroporto" "Cadê o fulano?" "Tem alguém anotando o que está sendo decidido?" "Manda por email!" (...)
Enfim, acho que não dá para descrever tudo.. e concluo que só tende a piorar! Alguém já sentindo os sintomas da TPV?
domingo, outubro 14, 2007
A quatro
E mesmo que o som da maioria das bandas não seja exatamente o que você ouça ou goste, a produção de um evento desse porte abre portas para que sejam realizados outros. Mais do que uma apresentação musical, é um momento de produção e desenvolvimento do cenário, seja qual for o som ou banda que vá tocar, o mais importante é que se esteja junto para fortalecer essa identidade, não só musical, mas principalmente, independente.
O Pré Varadouro que aconteceu no Flutuante, nessa sexta feira, mostrou bem isso, a junção da música com a comunicação. Não fiquei muito tempo, mas o que fiquei, pude sentir o vento de boas idéias e muita vontade no ar.
Festival Varadouro 2007
Sexta-feira - 19/10
Survive – 20:00
Recato (RO) – 20:30
Lord Cross Road (MT) – 21:00
Escalpo – 21:30
Tetris (AM) - 22:00
Filomedusa – 22:40
Superguidis (RS) – 23:20
Camundogs – 00:00
Madame Satan (PA) – 00:40
Sábado - 20/10
01 Marlton - 20:00
02 Mr. Jungle (RR) - 20:30
03 Blush Azul - 21:00
04 Nicles - 21:30
05 Ludovic (SP) - 22:00
06 Mapinguari Blues - 22:40
07 O Quarto das Cinzas (CE) - 23:20
08 Los Porongas - 00:00
09 Turbopotamos (PER) - 00:40
Mais informações:
http://www.festivalvaradouro.com.br
Contribuição enviada por Mayara Montenegro.
Foto por Talita Oliveira.
Tensão Pré Varadouro
Sensação que o mundo vai acabar e não vai dar pra estar pronto para o Festival. Também chamada de desordem disfórica pré-Varadouro, ou carinhosamente TPV, atinge aproximadamente 75% dos participantes. No entanto apenas 8% das participantes tem sintomas muito intensos:
1. sentimento de desesperança, pensamentos auto-depreciativos;
2. ansiedade, tensão, nervosismo, excitação;
3. fraqueza afetiva, tristeza repentina, choro fácil, sentimento de rejeição;
4. raiva ou irritabilidade persistente, aumento dos conflitos interpessoais;
5. diminuição do interesse pelas atividades habituais;
6. sensação de dificuldade de concentração;
7. cansaço, fadiga fácil, falta de energia;
8. acentuada alteração do apetite;
9. distúrbios do sono;
10. dor de cabeça;
11. dores musculares;
Causas: Muitas hipóteses tem sido feitas a respeito das causas deste distúrbio mas, atualmente, o que parece prevalecer é que sejam influências hormonais devido à mentalização das grandes expectativas do público. Parece haver uma íntima relação com os muitos ensaios e publicidade.
Tratamento: Por se tratar de uma síndrome, não existem tratamentos específicos já que os sintomas variam muito de intensidade para cada qual, mas recomenda-se poupar energia porque é a atuação no maior festival de rock da Região Norte, que terá um público de mais de 2000 pessoas, rock responsa e diversão!
__ Varadouro 2007! \o/
sábado, outubro 13, 2007
Survive no Cerveja Rock Fest
No lugar de onde assitia , de longe pois foi quase que impossível ficar próxima ao palco , pois os ''bangers'' faziam a festa.
"Esquenta, Varadouro!"
Lá pras 11:30h da noite, Alienados S/A, banda liderada por André Beleza, sobe no palco. Está com um som bem redondo, bem ensaiado, bem executado, na verdade, isso é o que realmente importa. As musicas da banda são bem melódicas, as letras românticas. Às vezes com rimas bem batidas e outras vezes mais instigantes.
"A gente já ensaia a 4 anos, mas nunca tínhamos pensado em sair da garagem. Tocávamos pra amigos mesmo. Não havia nenhum contato com essa 'cena'. Daí nesse ano a gente decidiu gravar uma demo, procurar divulgar a banda e apostar de vez no projeto autoral. A gente tá começando a acreditar e apostar nesse projeto", nos contou o vocalista, André.
No mais a banda é redonda, concisa. Precisa um pouco mais de afirmação, mas tem uma proposta e essa deve ser incentivada e provocada. Vamos torcer pela afirmação da Alienados S.A. na Cena.
Logo após Gogó de Sola começa a sua apresentação. Com uma nova formação, a banda está numa onda diferente. Jamiro no baixo, Paulinho na bateria, Rodrigo na guitarra e a inconfundível Kelen Mendes, no vocal, é claro. Começaram o show com uma execução fantástica de "Padrim Sebastião", do Pia Villa. Mais duas músicas de seu repertório autoral, simplesmente envolventes e com uma levada muito gostosa de ouvir. Outro cover sensacional, "Pagode Russo" do grande Luiz Gonzaga. Uma versão diferente e arrojada e muito bem casada a letra com a nova melodia. Muito bom ver essa nova roupagem da banda. Muito empolgante e muito competente.
Em seguida entra uma banda apagada devido as nomenclaturas taxativas sobre o seu trabalho. É isso mesmo, sempre foi uma boa banda, mas, ninguém apostava nela como uma possível banda que estava se afirmando na dita cena acreana. Ontem, ela surpreendeu. O público se entreolhava e se perguntava: “Essa é a Marlton?” Eles quebraram barreiras e mostraram que estão prontos para abrir o Festival Varadouro. "Emergente, iminente e correndo atrás do consistente", falou Rodrigo, guitarrista. sobre a cena Acreana. "A cena não existe ainda, a gente tá tentando consolidar e para isso é necessário muito trabalho, vontade e disposição. E principalmente pensar coletivamente para poder funcionar", Dito, vocalista.
A queridinha do público acreano, Filomedusa, fez um bom trabalho, mas acho que se perdeu quando tentou tocar as musicas da antiga banda Caricatus. No mais, fez um bom show. "Acho que a cena existe sim, mas ainda é muito embrionário. Nos falta muita coisa. Mas a força de vontade existe e aos poucos isso vai se transformando em um trabalho concreto", Tiagô, batera.
O Esquenta, Varadouro foi muito bom e muito produtivo. Já deu pra sacar o que vamos presenciar no final de semana, 19/20 de Outubro. Então é isso aí, Festival Varadouro, Estacionamento da Arena da Floresta, entrada franca. Vamos marcar presença galera...
post com as colaborações de Dito e Adaildo Neto
sexta-feira, outubro 12, 2007
Considerado um dos espaços mais simbólicos da cultura popular contemporânea de Rio Branco, o Flutuante sediou em meados de 2005 um dos principais projetos desta nova fase da música independente rio-branquense, o “Balanço da Catraia”, projeto capitaneado pelo Catraia Records em parceria com artistas locais, que tinha como meta fomentar a produção da música autoral local através realização shows e performances teatrais.
Para se ter uma idéia do impacto de ações como estas, de lá pra cá, diversas bandas surgiram, entre elas, Filomedusa, Marlton, Gogó de Sola e Alienados S.A - as quatro bandas escaladas para a noite de shows do Esquenta Varadouro.
Além delas, o DJ Gui dará uma mostra do que o público poderá encontrar no festival, que acontecerá nos dias 19 e 20 de outubro, no estacionamento do estádio Arena da Floresta.
O Varadouro é o mais importante festival de música independente da região norte do país, e um dos principais do calendário de produções do gênero do Brasil. Além disso, o Varadouro é um dos fundadores da Associação Brasileira de Festivais Independentes (ABRAFIN) e do Circuito Fora do Eixo. É uma realização do Catraia Records, e conta com o patrocínio do Governo do Acre, através da Fundação Elias Mansour, e ainda, da Trama Virtual e Cerveja Sol.
SERVIÇO
O QUE: Esquenta Varadouro promoverá shows de bandas e DJ local
QUANDO: Nesta sexta, dia 12 de outubro
ONDE: Bar Flutuante (Beira do Rio Bairro da Base)
VALORES: R$ 4,00 (inteira), R$ 2,00 (meia)
fonte: Comunicaduro (www.festivalvaradouro.com.br)